Pindorama, Ilha de Vera Cruz, Terra Nova, Terra dos Papagaios, Terra de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra de Santa Cruz do Brasil, Terra do Brasil... Só em 1527 começamos a chamar o amálgama colorido e cheio de possibilidades em que vivemos de uma maneira Caymmica de ser: Brasil. Simplesmente Brasil. Apenas Brasil. Adoro! Acho bonito, orgânico, forte, sonoro, intrigante. O que nasceu apenas para ser um substantivo próprio, uma espécie de carimbo para significar um pedaço gigante de terra, acabou virando uma maneira pejorativa de falarmos sobre nós mesmos como se não fossemos responsáveis por nada, como se o Brasil fosse uma espécie de simulacro onde jogamos toda nossa culpa, nossa preguiça, nosso "jeitinho", nossa falta de respeito com o próximo, nossa corrupção generalizada para debaixo de um tapete enorme onde varremos a sujeira.
Explico. Uma das origens da palavra Brasil, existem muitas, vem do celta bress, que acabou depois indo dar no inglês to bless (abençoar). Como um nome tão abençoado se tornou uma espécie de Judas em nossas bocas? Nunca antes na História desse país uma palavra foi tão malhada, crucificada e atacada por nós mesmos quanto Brasil. O que esquecemos sempre é que palavra é apenas um símbolo do que ela representa ou pode representar. É um nome, mais nada. Quem faz o país é quem mora dentro dele, somos nós os culpados pelo que há de bom e de ruim aqui. Não importa se chamamos de Brasil, de Vera Cruz, de Bulgária ou de Ugnab do Norte. Essa fórmula escapista nos trouxe e ainda nos trará muitos problemas, porque é muito mais fácil jogar a culpa num símbolo do que resolver de fato as coisas. Não adianta fugir disso. Se as ruas do Rio estão sujas é porque nós sujamos. Se o trânsito de São Paulo é insuportável é porque nós compramos carros demais e colocamos nas ruas, deveríamos andar mais de bicicleta, morar mais próximos dos nossos trabalhos etc. Por outro lado, se o Brasil está crescendo é porque estamos crescendo, estamos melhorando, estamos ficando mais educados, menos corruptos, mais conscientes. Acredito que estamos. O Brasil depende de nós, estou falando de todos nós, é comigo que estou falando também, não com "o povo brasileiro".
Se assumirmos, podemos transformar o Brasil numa Suíça melhorada. Mas ainda preferimos jogar a culpa em símbolos, dizendo que "o povo brasileiro" é burro e despreparado e que o Brasil não presta. Mas o povo em questão somos nós! Quando vamos para fora do país, representamos este mesmo povo e olham para nós como brasileiros, não como suíços ou franceses. Fico reparando sempre nisso quando vejo amigos inteligentes comentando: "Ai, não gosto de ir em tal lugar porque tem muito brasileiro. Ô, raça!" Mas a pessoa em questão não é brasileira também? Não estaria falando de si? Vai entender... Para completar, não me sinto brasileiro, americano ou francês, ou seja lá o que esses nomes queiram dizer. O que quero é fazer andar o lugar em que vivo, seja ele qual for, que tenha o nome que for. E por acaso eu moro no Brasil, por acaso ele se chama Brasil e não por acaso estou com ele e não abro.
Fonte: Rodrigo Bittencourt
Colunista, Diretor de Cinema e Músico da Banda Les Pops
Revista O Globo - jun / 2011
ECOLOGIA - Ciência Hoje
Minha terra tem palmeiras:
até quando?
O Brasil já se chamou Pindorama que, em tupi, significa "terra das palmeiras". O país tem cerca de 200 espécies dessas plantas muitas das quais só ocorrem em nosso território. No entanto, essa diversidade encontra-se ameaçada. Estudo realizado em fragmentos de mata atlântica mostra que a ausência de cotias, animais que são os principais dispersores das sementes das palmeiras, prejudica o surgimento de indivíduos jovens das plantas.
As palmeiras fornecem ao homem muitos produtos, como a piaçava, o sapê e alimentos como o palmito, o açaí e o azeite-de-dendê. Rico em açúcar e gordura, o fruto das palmeiras é também um recurso alimentar essencial para a fauna silvestre. Além de nutritivas, as palmeiras frutificam durante longo período em geral quando há escassez de outros frutos, o que faz delas um recurso-chave nas florestas.
Perda de espécies
Vários fatores podem causar a extinção de uma espécie de palmeira em um fragmento como coleta excessiva pelo homem, dificuldade de adaptação a novas condições climáticas ou perda de polinizadores ou dispersores de semente. Estudo realizado em nove fragmentos florestais no norte do estado do Rio de Janeiro - entre eles, as reservas biológicas União e Poço das Antas, os maiores remanescentes de mata atlântica de baixada no estado - constatou que as espécies de áreas sombreadas no interior da floresta e as espécies cujas sementes são dispersas por um número limitado de animais são as mais sensíveis à fragmentação. O estudo da palmeira conhecida como iri ou brejaúva ajuda a entender porque isso acontece.
A redução da abundância e diversidade de palmeiras produzirá uma série de alterações na estrutura e no funcionamento das florestas, ameaçando a sobrevivência de outros organismos. Embora algumas espécies sobrevivam em pequenos fragmentos (que têm valor para a conservação e devem ser protegidos), a efetiva preservação das palmeiras depende da manutenção de grandes áreas de floresta e de seus dispersores de sementes.
Alexandra dos Santos Pires
Universidade Federal Rural - RJ
e Mauro Galetti
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Jornal do Brasil - agosto de 2008
HINO NACIONAL
Brasileiro, ouve a música sagrada
que te evoca a grandeza da pátria!
De pé, firme, perfila-te! Atenção!
É a voz do Brasil
que te fala ao coração.
Ela te lembra que tiveste a sorte
de nascer sob o céu deste país,
onde é tudo tão belo e te sentes feliz
e que defenderás até com a própria morte!
Ela te lembra o pavilhão querido
auriverde e azul, de nobre porte, e te põe a pensar neste Brasil unido
das coxilhas do sul às caatingas do norte!
O teu hino é cantante e vivo e tem ardor,
é a voz de civismo da terra natal.
Entoa, brasileiro, com amor,
o teu canto sagrado, Hino Nacional!
Fonte: Extraído do livro "Poesias (Para as Crianças do Brasil)" de
Sólon Borges dos Reis - Ed. UPE
Foi Secretário da Educação de São Paulo
e Presidente do Centro do Professorado Paulista
EVOLUÇÃO DA BANDEIRA NACIONAL
Desde o seu descobrimento o Brasil teve as seguintes bandeiras:
1ª - De 1500 a 1580 - A Bandeira do Brasil colônia portuguesa.
2ª - De 1580 a 1645 - A Bandeira do Brasil colônia espanhola.
3ª - De 1645 a 1808 - A Bandeira do Brasil colônia principado de Portugal.
4ª - De 1808 a 1816 - A Bandeira do Brasil Sede da Família Real Portuguesa.
5ª - De 1816 a 1822 - A Bandeira do Brasil Reino Unido a Portugal e Algarves.
6ª - De 1822 a 1889 - A Bandeira do Brasil Império.
7ª - De 15 a 19 de novembro de 1889 - A Bandeira Provisória da República.
8ª - De 19 de novembro de 1889 ao dia de hoje - A Bandeira do Brasil República ou Bandeira Nacional.
Fonte: Bandeira do Brasil - Hino Nacional
Armas Nacionais - Selo Nacional
- compilação de Maria Braz
Divisão de Relações Públicas - Subdivisão de Publicações
Serviço Gráfico da Cia. Melhoramentos de São Paulo