Os mais velozes e os mais lentos do reino animal
O guepardo , o mais rápido de todos os mamíferos da terra , capaz de correr 112 quilômetros por hora pelas savanas africanas . Descansados e sonolentos , os potentes músculos das pernas e das costas relaxados , os dois guepardos , macho e fêmea , passam o tempo tomando sol , pachorrentamente deitados na grama do recinto . Em cativeiro , eles não precisam desenvolver a incrível velocidade que lhes permite caçar os mais rápidos antílopes . É que todo dia os tratadores entregam de bandeja a carne fresquinha e o pescoço de frango que constituem a dieta dos felinos , cuidadosamente balanceada para que , bem alimentados , os animais venham a procriar.
Os dois guepardos ou chitas , como são chamados na África do Sul . Vieram para o Zoológico de Pretória , dentro do programa mundial para preservar cada espécie que está ameaçada na natureza. A proposta dos cientistas é que os melhores Zoos do mundo recebam casais de guepardos , para que o constante estudo eu manejo adequado levem ao nascimento de muitos guepardinhos, que mais tarde podem ser usados em programas de repovoamento.
Em contrapartida , O Zoo de Pretória recebeu um tamanduá bandeira e um lobo guará nascidos no Zoo de São Paulo e que serão reproduzidos na África , dentro do mesmo objetivo : evitar a extinção das espécies.
O guepardo , ou chita , é um parente do gato , do leão , do tigre e do leopardo , como membro que é da família dos felídeos . Tem o tamanho aproximado de uma onça . Sua grande velocidade é conseguida graças às suas longas e musculosas pernas . Tem cabeça pequena em relação ao corpo . Ao contrário de outros felídeos , suas unhas não retráteis . É um animal sociável , facilmente amestrado . Há casos de guepardos que se afeiçoam muito ao homem que os criam desde filhotes .
Os guepardos vivem nas savanas quente e secas da África e da Ásia , em busca permanente de cervos , antílopes , zebras e girafas . Com o acentuado desequilíbrio provocado pela ação predadora do homem , todos esses animais se encontram ameaçados de extinção .
Caçam isolados ou em grupo reduzido . Como todos os demais felinos , quando abatem uma presa - somente para comer , nunca pelo prazer logo rasgam o ventre e devoram as vísceras . Há uma explicação : ali se encontram restos vegetais com nutrientes que eles necessitam.
A passo de tartaruga
É como se diz quando se considera que alguma coisa andou muito devagar. De fato . Ao se deslocar na areia das praias , onde depositam seus ovos na época da procriação, as tartarugas são muito vagarosas e por isso vulneráveis. Mas , quando nadam livres nas águas dos mares ou dos rios , as tartarugas são mais rápidas e conseguem fugir dos predadores . Sua velocidade alcança , então , cerca de 5 quilômetros por hora .
Velocidade máxima de alguns animais
Perto do guepardo , que faz 112 quilômetros por hora , do leão , capaz de fazer 80 e mesmo da modesta andorinha , que voa a 60 km /h , o homem tem um desempenho muito fraco , pois o máximo que um campeão olímpico conseguiu fazer foi 3 quilômetros horários .
Guepardo 112 km/h Pato selvagem 95km/h Leão 80 km/h Cegonha 70 km/h
Cavalo 70 km/h Zebra 65 km/h Hiena 64km/h Andorinha 60km/h
Golfinho 59 km/h Peixe voador 56 km/h Girafa 50 km/h Rinoceronte 45km/h
Elefante 40 km/h Truta 37 km/h HOMEM 37km/h
Perdiz 21 km/h Carneiro 17 km/h Carpa 12 km/h
Fonte - JORNAL VERDE pág 3 número 39
Plubicação da JORNAL VERDE COMUNICAÇÃO ECOLÓGICA LTDA
Devoção ao Rosário manteve o Cristianismo no Japão
Um significativo documento dos primeiros tempos do Cristianismo no Japão foi descoberto no Museu Sawada Miki Kinekan, na cidade de Oiso , onde se conservam muitos objetos relacionados com a história do Catolicismo no país .
Trata-se de um rolo de vinte e dois centímetros de largura por três metros de comprimento, feito de papel washi . Nele estão retratadas quinze encantadoras cenas da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santíssima Virgem , representando os Mistérios Gozosos , Dolorosos e Gloriosos do Rosário. Também aparecem ali orações em latim escritas em caracteres fonéticos japoneses , e no fim do rolo lê-se a inscrição “ 1592 anos desde seu nascimento “ . Segundo os especialistas , este último dado revela que a obra pode ter mais de quatrocentos anos de antiguidade , indicação confirmada pelo teste de carbono-14 , que data sua elaboração entre o fim do século XVI e o início do século XVII .
O diretor do museu , Osamu Inoue , assegura tratar-se de uma das pinturas católicas mais antigas do Japão , ou talvez a mais antiga , por ter sido realizada em estilo tradicional japonês , como os fiéis do país utilizavam em suas devoções , reproduzindo pinturas ocidentais .
Se a datação do carbono-14 é precisa , o documento remonta a um período de cruel e violenta perseguição contra os mais duzentos mil católicos que viviam no Japão . O fato de os desenhos representarem os Mistérios do Rosário comprova como esta devoção se converteu em ponto central para a perseverança e fidelidade em que sequer havia sacerdotes entre eles .
Fonte - Revista Arautos do Evangelho - pág 45
Janeiro de 2019
São Martinho de Tours
QUAL A ORIGEM DA PALAVRA " CAPELA " ?
No Rito da Comunhão , da Santa Missa evocamos palavras ditas pelo centurião romano a Jesus em Carfanaum . " Senhor , eu não sou digno que entreis em minha morada. Dizei uma só palavra e meu servo será curado " ( Mt , 8,8 ) . Contudo , não é ele o único soldado romano recordado com frequência nas igrejas ..
Em meados do século IV , encontramos Martinho de Tours ( 316 , 397 ) , jovem militar romano , alistado na cavalaria imperial . Filho de um oficial superior do exército era catecúmeno da Igreja Cat e se preparava para o Batismo . Chegando às portas de Amiens , na Gália , num dia rigoroso inverno , deparou-se com um mendigo desabrigado em situação de grave risco .
Seguindo literalmente as palavras do Divino Mestre , Martinho partiu ao meio a sua capa e deu a metade ao necessitado . Naquela noite apareceu-lhe em sonhos , Nosso Senhor Jesus Cristo coberto e a parte da capa por ele dada ao mendigo . Assim lhe agradeceu o Divino Redentor seu ato de generoso .
Martinho foi batizado mais tarde , tornou-se Bispo de Tours . Sua familiaridade de santidade era tal que a metade da capa que lhe restara - denominada capella , ou seja , capinha - foi posta no oratório onde melhor podia ser vista e venerada pelos fiéis . Não tardou o oratório a ser chamado de capella e no decorrer do tempo este termo , acabou designando todo lugar de culto de pequenas dimensões .
Revista - ARAUTOS DO EVANGELHO - pág 38
Junho, 2016 - ANO XV , nº 174
COMO FAZÍAMOS SEM … CARTEIRA DE IDENTIDADE
Quando não havia fotos e assinaturas que atestassem que você é você e outra pessoa é outra pessoa, os registros mais comuns determinaram apenas suas nacionalidade ou a quem você pertencia. O método mais usado consistia em marcas feitas com ferro em brasa - como as que identificam o gado hoje. Na Rússia do século 16 , os escravos eram feridos com barras incandescentes no rosto. O costume perdurou na França entre os séculos 7 e 16 . Uma flor de lis , o símbolo da monarquia, assinalava a pele de criminosos.
Esse árduo procedimento não resolvia o problema da identificação individual. Na Idade Média , os reis europeus e suas famílias o solucionavam com brasões e sinetes – as chancelas que autenticavam documentos.
No Brasil, até a proclamação da República , em 1889 , quando foram criados os primeiros cartórios a solução vinha das certidões de batismo emitidas pela Igreja Católica. Durante cerca de uma década, o registro civil conviveu com os documentos emitidos pelos párocos. Em 1898 , os primeiros documentos de identificação começaram a seguir o método antropométrico criado em Paris , em 1879 , por Alphonse de Bertillon. Nome , altura , peso e cor dos indivíduos eram registrados .
Apenas no governo de Rodrigues Alves , em 5 de fevereiro de 1903 , foi instituído o método de identificação por datiloscopia, que usa como parâmetro as impressões digitais iguais“, diz Antonio Mattei de Arruda, professor de direito processual civil da PUC-SP .
Fonte - AVENTURAS NA HISTÓRIA - pág 23
Edição 12 - Agosto de 2004 - Por CYNTIA DE MIRANDA
PARA VIAJAR NO TEMPO
Código de barras
Lembra que os supermercados “ fechavam para balanço “ ?
Supermercados precisam estocar milhares de produtos de marcas e tamanhos diferentes. Manter a contabilidade de quanto se tem de cada um deles é uma tarefa ingrata, mas absolutamente necessária para a sobrevivência da empresa. Durante a maior parte do século 20 , a única forma de saber o que havia dentro de um supermercado era literalmente fechar as portas do local por um dois dias e contar um a um os produtos que estava lá dentro . O procedimento, caro e cansativo, era feito usualmente mais de uma vez ao mês e servia de base para os gerentes das lojas fazerem a estimativa de quanto deveriam comprar ou não de um certo produto.
Durante os balanços, os funcionários faziam a contagem manual dos produtos , item por item. Cada mercadoria era contada duas vezes, por duas pessoas diferentes. Se houvesse discrepância entre os números, a conta era refeita por uma terceira pessoa. Mesmo assim, sempre havia erros, muitos erros nas contas e nunca o que estava no papel correspondia ao que havia dentro do supermercado. Resultado: pesadelo diário para os gerentes e um prejuízo que chegava a 2,5 % do estoque. Sem falar no trabalhão que chegava a tomar um fim de semana inteiro de trabalho.
O famoso “ fechado para balanço” só começou a desaparecer nos supermercados na metade da década de 90. Até então, cada setor da empresa tinha um código interno usado para fazer a contabilidade. Muitas vezes havia código de barras no produto que vinha da indústria, mas aquelas barras esquisitas eram ignoradas no caixa: o operador registrava de cara o preço do produto. E o único jeito de saber se um produto estava vendendo bem era examinado se as prateleiras estavam vazias.
Nos tempos de inflação alta, o problema piorava. Como os preços mudavam às vezes diariamente, havia um exército de funcionários destinados apenas a etiquetar os preços em cada pacote de biscoito, cada garrafa de refrigerante, cada pacote de papel higiênico.
A solução para evitar tanta recontagem etiquetagem seria inventar algo capaz de contabilizar automaticamente quanto de cada mercadoria entra e sai da loja. Era justamente isso que o presidente de uma cadeia de supermercados pedia ao diretor do Instituto de Tecnologia Drexel na Filadélfia , Estados Unidos . A conversa de corredor foi ouvida pelo estudante de graduação Bernard Silver, que contou tudo ao amigo Norman Joseph Woodland sobre o caso. Woodland ficou fascinado pela ideia. Largou o instituto e foi morar com seu avô na Flórida, para se dedicar integralmente a criar o tal sistema. Após alguns meses de trabalho, Woodland teve a ideia de fazer um código de barras semelhante ao que é utilizado hoje e a apresentou a Silver. Os dois começaram a trabalhar em uma patente e no dia 20 de outubro de 1949 fizeram o pedido de patenteamento. As barras era linhas circulares concêntricas que ficaram conhecidas como bull’eyes ( “olhos de touro “ ).
Três anos depois, Silver e Woodland construíram o primeiro leitor de código de barras. Ele tinha o tamanho de uma cadeira e precisava ser enrolado em um pano preto para evitar que a luz do ambiente estragasse a brincadeira. Na época Woodland trabalhava na IBM e a empresa se ofereceu várias vezes para comprar a patente, mas a dupla resistiu. Em 1962 , a PHILCO ofereceu um valor irrecusável e eles venderam a ideia. Depois a PHILCO revendeu a patente para a RCA, que se juntou a várias indústrias para estabelecer regras para o desenvolvimento do código. No ano seguinte RCA fez a primeira demonstração pública de seu bull’seye, mas o sistema tinha problemas na leitura. A IBM, que tinha em sua equipe Woodland, resolveu tentar desenvolver um novo sistema. Aí nasceu o código de barras que conhecemo hoje, com as linhas verticais, chamado Código de Produto Universal. No dia 26 de junho de 1974 , às 8h01 , o código de barras de uma caixa de chicletes foi um escaneado pela primeira vez em um supermercado da cadeia Americana Marsh’s em Troy, Ohio. A caixa pode ser vista até hoje, no Museu Nacional de História Americana de Washington.
Fonte - Revista AVENTURAS NA HISTÓRIA
Edição 19 - MARÇO DE 2005 - Por ALESSANDRO GRECO
ELA BATIZOU UM PLANETA
Se os pais ficam em dúvida ao escolher o nome dos filhos , imagine como deve ser difícil batizar um planeta. Em 1929, os astrônomo Clyde Tombaugh descobriu o nono e mais distante planeta do Sistema Solar . Cientistas pensaram sobre seu nome durante semanas e mais de 100 pessoas enviaram sugestões . Uma delas foi a inglesa Venetia Burney , de 11 anos . Ela acabara de estudar na escola os planetas e os personagens da mitologia greco-romana que os batizavam . Marte , por exemplo, é o deus grego da guerra . Então , sugeriu o nome : Plutão . Por quê ? Plutão é o deus grego da escuridão e das profundezas . Tudo a ver com o planeta , que como é , o mais distante do Sol , é também o mais escuro.
UM ALFABETO DE PONTINHOS
Louis Braille nasceu em 1809 na França , e ficou cego aos 3 anos , ao se ferir com uma ferramenta . Aos 10 anos , começou a estudar numa escola para cegos , onde os alunos liam as letras em alto relevo. Funcionava , mas era demorado . Pouco depois , um militar mostrou ao diretor a “ escrita noturna “ , um método que criara para soldados em que vários pontos em relevo indicam um som . O problema é que as palavras ficavam grandes .
Aproveitando a ideia , Braile criou um alfabeto com bolinhas em alto relevo : uma bola queria dizer A , duas B , e assim , variando a posição das bolas em um retângulo de seis pontos , criou 63 sinais para letras , números e símbolos . Estava criado o método Braile , hoje usado no mundo todo .
Fonte - GLOBINHO - pág 5 CAPA
Sábado, 5 de outubro de 2005
Loucos por Ciência
A história dos adolescentes que inventaram a televisão e a escrita braile e da menina que batizou um planeta
Philo Farnsworth tinha 12 anos quando viu luz elétrica pela primeira vez. Ele crescera com quatro irmãos numa casinha de madeira sem eletricidade no estado de Utah, nos Estados Unidos. Até que seu pai mudou-se com a família para o estado de Idaho, em 1919.
Em sua nova casa , além da luz elétrica , Philo encontrou pilhas de revistas sobre eletricidade e ciências, que devorou em semanas. Em pouco tempo , ele inventou um motor para a máquina de lavar roupa da família , que na época era manual .
Na escola , Philo convenceu o professor de química a ensiná-lo mais, antes e depois das aulas. Até que um dia, Philo desenhou um sistema elétrico para projetar imagens. O professor convenceu-se de que a invenção poderia dar certo, mas nenhum dos dois tinha dinheiro para provar . Construir o equipamento custaria milhares de dólares.
Aos 18 anos , Philo teve de abandonar os estudos pois seu pai morrera ele precisava sustentar a família . Decidido a tornar sua invenção uma realidade , revelou seus planos aos seus chefes. Valeu a pena ! Eles investiram suas economias para Philo montasse sua televisão . A primeira tentativa não deu certo . Philo aperto o botão e ... BUM ! A geringonça se transformou em cacos . Felizmente novos investidores apareceram e , em 1927 , Philo conseguiu transmitir a primeira imagem televisiva: uma linha reta. Mas naquela época ele tinha um rival: Vladimi Zworykin que também vinha elaborando o projeto de uma televisão. Um dia, Zworykin foi visitá-lo e Philo mostrou-lhe seus desenhos. Zworykin melhorou seus desenhos e os apresentou a RCA, empresa para qual trabalhava .
A partir daí , os dois passaram a travar uma batalha pela autoria da invenção. Mas Philo tinha os desenhos que fizera na época do colégio para provar que inventara o aparelho antes . Em 1934 , o escritório Americano de Patentes confirmou que Philo era o autor da invenção. Então por que ele foi esquecido ? Bem na época Philo fechou contrato com a Philco, a melhor fabricante de rádios do país . Mas até 1936 , só 50 aparelhos de TV foram comprados . O motivo ? A invenção era tão recente que não havia muito a que assistir . Baby Dolores , uma bailarina –cantora de 4 anos , era uma das poucas atrações da TV .
Bem , veio a guerra ( a Segunda Guerra Mundial ) e a produção de Tvs foi interrompida . Depois da guerra quem investiu na fabricação de TVs foi a RCA , que espalhou que Zworykin era o inventor . E Philo foi sendo esquecido . Só depois de sua morte teve o reconhecimento que merecia : em 1990 foi erguida uma estátua em sua homenagem , em Washington , a capital americana . A inscrição diz : “ Philo Farnsworth , inventor da televisão “ .
Fonte - GLOBINHO pág 4 CAPA
Sábado , 05 de outubro de 2005
O QUE SÃO PARÁBOLAS
Nesse mês aprofundaremos o discurso das parábolas apresentado no capítulo 13 do evangelho de São Mateus
O semeador ( 13 , 3b -9 )
Jesus quer recuperar a confiança das pessoas e, sobretudo, dos discípulos. O faz com esta parábola que podemos chamar de parábola da confiança. Não obstante o repetido insucesso, existe uma semente de fruto abundante. O semeador que espalha generosamente os grãos e o próprio Jesus. Ele quer assegurar aos seus que haverá fruto, apesar dos grãos perdidos.
Por que falas com parábolas ? ( 13, 10-17 )
Ele fala com parábolas à multidão para que ela não ouça e nem compreenda por causa do seu comportamento negativo.
Explicação da parábola do semeador: o acento cai sobre as diversas disposições morais dos homens que escutam a palavra de Deus. Esta se encontra ameaçada neles por forças externas: Satanás, crises, perseguições, preocupações do mundo e riquezas.
O grãozinho de mostarda (13, 31-32)
Ela parece ser um apelo à confiança, apesar tudo, e constitui um convite implícito a mudar da mentalidade .
O fermento ( 13 , 33 )
A imagem do fermento evidencia a força transformadora da missão de Cristo em relação ao mundo, para que seja penetrado na realidade do reino; podemos também dizer hoje, que nós cristãos somos chamados a ser fermento no mundo, dando o nosso testemunho de vida.
Explicação da parábola do joio e do trigo ( 13,36-43 )
Aqui também é sobre a paciência, esperar o joio crescer para depois separar. Significa você não fazer justiça com as próprias mãos.
O tesouro e a pérola ( 13 , 44-46 )
Significa abandonar as coisas supérfluas, se possível de modo radical, até vender as coisas para seguir Jesus. O reino que vem requer do homem uma escolha radical de conversão.
A rede de pesca (13, 47-50)
Exorta os impacientes à paciência: ainda não é o tempo da separação, a hora de Deus é que vai trazê-la. Traz uma descrição alegórica do juízo final, procurando precaver contra a falsa segurança.
O mestre da lei que se tornou discípulo de Cristo (13, 51-52)
Os discípulos, diferentemente da multidão, compreenderam a palavra de Jesus reveladora da realidade secreta do reino de Deus. Por isso, podem ser definidos como novos mestres da lei: novos porque discípulos de Cristo e, como tais, participantes da revelação última do Pai feita por Ele.
“Ao achar uma pérola, o negociante vende tudo o que tem e a compra“.
(cf, Mt 13 , 45-46)
Fonte - Revista O MÍLITE
MARIA DO SOCORRO D. FERREIRA
MISSIONÁRIA DA IMACULADA - PADRE KOLBE
Qual é a origem da festa de Corpus Christi ?
A festa de Corpus Christi, expressão latina que significa Corpo de Cristo, tem sua origem no século XIII. Dois acontecimentos extraordinários motivaram a instituição desta festa que celebra solenemente o mistério da eucaristia: o milagre eucarístico de Bolsena , na Itália , ocorrido por volta de 1263 ( um sacerdote teve dúvidas de que a consagração fosse real e no momento de partir a hóstia, viu sair sangue dela ) e as visões de Santa Juliana de Mont Cornillon, monja agostiniana nascida em Liége , na Bélgica. Santa Juliana tinha uma grande veneração pelo santíssimo sacramento e esperava muito que houvesse uma festa dedicada a Ele. Em suas visões ela viu a Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha escura. Tal mancha foi interpretada como sendo a ausência de uma festa dedicada à eucaristia, no calendário litúrgico.
Em 1230 , a festa começou a ser celebrada na Paróquia de Saint Martin, em Liége, com a procissão eucarística somente dentro da Igreja. Em 1247 aconteceu a primeira procissão pelas ruas de Liége e depois se tornou festa nacional na Bélgica.
Em 1264, aconteceu seis anos após a morte de Santa Juliana, o Papa Urbano V , que havia as revelações de Santa Juliana em 1230 , estendeu a festa de Corpus Christi a toda Igreja. Sua morte , porém , ocorrida logo em seguida ( 2 de outubro de 1264 ) , prejudicou a difusão da festa e somente meio século mais tarde, por iniciativa do Papa Clemente V , esta festa assumiu seu caráter universal definitivo.
A procissão é um dos aspectos marcantes da festa de Corpus Christi e seu objetivo é manifestar a fé na presença real de Cristo no sacramento da eucaristia. Em uma de suas homilias por ocasião desta grande festa , nosso querido e saudoso Papa João Paulo II dizia : “ - acompanhemos o sacramento eucarístico ao longo das ruas da cidade, ao lado dos edifícios onde o povo vive, se alegra, sofre; no meio dos negócios e escritórios nos quais se desenvolve a atividade cotidiana. Levá-lo-emos em contato com a nossa vida insidiada por mil perigos, oprimida por preocupações e sofrimentos“…
Corpus Christi é uma festa móvel, ou seja, não tem data fixa no calendário litúrgico. Ela é celebrada na quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade, que ocorre no domingo depois de Pentecostes. A comemoração acontece na quinta-feira santa, quando foi instituída a eucaristia. Os textos litúrgicos usados ainda hoje durante a celebração foram preparados por São Tomás de Aquino.
No Brasil , ele chegou com os portugueses e se tornou uma das nossas festas mais tradicionais . Passou a integrar o calendário religioso de Brasília em 1961. Em muitas cidades existe a tradição de se fazer tapetes nas ruas por onde passa a procissão, utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida , bora de café , tampinhas de garrafa , folhas , papel , grãos , etc. , para fazer os desenhos relacionados à festa. Esta tradição surgiu em Ouro Preto -MG .
Revista - O MÍLITE PLANTÃO DA FÉ - pág 21
MARLETE ALVES DE LACERDA - MISSIONÁRIA DA IMACULADA -
PADRE KOLBE - CAMPO GRANDE
A ciência da
pipoca
FOI PARAR NA
UNIVERSIDADE
Ela estoura a 180° e
‘ salta ‘ como o fruto
da maria-sem-vergonha. Você
sabia?
Cientistas franceses descobriram que a temperatura ideal
para “estourar “ a pipoca e de 180° C.
Ao atingir este limiar, o invólucro do
milho se abre, seja qual for o tamanho
e o formato do grão - e todo o processo
acontece em centésimos de segundo. A
pesquisa, publicada na revista “ Royal
Society Interface“,
também investigou a maneira como a pipoca “ pula “ e o som que emite quando o
vapor de água é repentinamente liberado.
Os físicos Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenko estudaram
cada etapa do cozimento em detalhes para compreender sua base científica. Usando câmeras de alta velocidade que
gravam 2.900 quadros por segundo, eles
observaram a pipoca sendo aquecida em um forno e foram aumentando a temperatura
em 10° C ao longo de cinco minutos.
BARULHO NA PANELA
TEM EXPLICAÇÃO INSÓLITA
Foi observado que a umidade no interior do milho começou a
virar a vapor, quando a temperatura
passou de 100° C. A 170° C, apenas 34 % dos grãos de pipoca tinham estourado, mas
, a 180 ° C , 96 % do milho
haviam virado pipoca .
Ao observar os “ saltos “ da pipoca, os cientistas repararam que a primeira
coisa a surgir a partir do casco fraturado do milho é uma estrutura apelidada
de “perna“. A análise revelou que
essa “perna“ de amido é o que impulsiona o núcleo do milho para o ar.
- A forma como a pipoca pula é extremamente singular. É uma mistura de plantas “explosivas“, como a maria-sem-vergonha ( cujos frutos se abrem ao toque, lançando as sementes ao ar),
com o próprio pulo de um animal , como o
de um ser humano - afirmáramos
pesquisadores no estudo .
Por fim , o som : ele nada tem a ver com o “ pulo “ do grão
no ar. Em vez disso, os pesquisadores concluíram, está mais relacionado com a repentina
liberação de vapor de água do núcleo do milho. Depois da “ explosão “, uma
queda de pressão transforma cavidades no interior do milho em ressoadores
acústicos.
E voilà ! A pipoca
está pronta para comer .
APRECIADA HÁ NOVE
MIL ANOS
O alimento é mais antigo do que se imagina. Há nove mil anos já havia pipoca no México, e nos milênios seguintes ela se
espalhou pelas Américas Central e do Sul. Caroços de milho oriundos de pipocas datando de 4.700 e ali foram
encontrados em sítios arqueológicos como os Paredones e Huaca Prieta, no Peru. No que hoje é o estado do Novo México, nos Estados Unidos, há
evidências de pipocas desde 3.600 a.C..
Nos EUA, chegou-se
a perpetuar um mito de que os colonizadores ingleses conheceram o alimento por
meio dos índios no século XVI, mas os
achados dos historiadores desmentiram essa versão.
Fonte - Jornal
O GLOBO pág 23
SOCIEDADE
Quinta-feira , 12
/02/2015 Paris
Regional
Povos indígenas buscam
reparação histórica
Há 515 anos atrás,
já vivia em sociedade por estas terras hoje chamada Brasil, um grupo muito grande de pessoas, subdividido em várias etnias, culturas e crenças, respeitando a natureza, em harmonia com o seu meio ambiente. Mas o
homem é o lobo do homem e desde a colonização deste território que já era
ocupado, foi dominado, invadido e
explorado ao benefício do conquistador,
e parece que até hoje este ciclo não se encerrou. Devemos quanto a nação buscar profunda
reflexão afim de fazermos verdadeiras reparações históricas.
E os povos da floresta dentro de sua riqueza multiétnica
merecem nosso devido respeito em memória de todos nossos ancestrais mortos em
combate pela permanência de seu povo nestas terras.
História Guarani
Um dos líderes desta resistência foi Djekere A‘Dju ou como era mais conhecido pelos jesuítas das
Missões como Sepé Tiarajú, que após ter
sua tribo dizimada, aos dois anos de idade foi resgatado e criado pelos
guaranis das Missões de São Miguel.
Estudou com padre jesuítas, líder nato, foi elevado a
cacique da nação guarani e comandou a
resistência dos índios contra o império Luso Espanhol .
O líder guarani foi o primeiro grande herói destas terras e
é considerado como símbolo de luta e resistência para 215 nações indígenas
espalhadas em território nacional.
Sepé lutou pelo direito à terra , a cultura , a língua e pelos costumes do
povo guarani. Sua imagem ficou
associada ao homem da terra que diz não ao opressor.
Em carta aos que queriam tomar as terras dos índios, Sepé escreveu : “Não queremos dar nossas terras. E não queremos andar e viver onde quereis
que andemos e vivamos. Jamais pisaremos
vossas terras para matar-vos ou empobrecer-vos, como fazeis aos índios guarani e o praticais agora “ .
O primeiro herói brasileiro foi assassinado em 07 de
fevereiro de 1756, na chacina de
Caiboaté, perto de onde hoje é
Bajé, RS. Sepé Tiaraju foi sepultado
às margens do rio gaúcho Vacacai. Antes do massacre, havia 150
mil índios guarani apenas nas missões.
Hoje, em todo Brasil, eles soam 41 mil almas, vivendo em 7
estados: Mato-Grosso do Sul, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São
Paulo.
Fonte - Jornal Regional pág
03
Abril de 2015
Colaborador - Luis Karai
Jecupé
Um passeio diferente: visita à nascente do Tietê
Quando os jesuítas fundaram a cidade de São Paulo, no Planalto de Piratininga, o rio Tietê ficava muito longe do Pátio do Colégio, local que deu origem à cidade. Era necessário percorrer a cavalo mais de uma hora para poder chegar à barracas do grande rio que era chamado pelos índios de Anhembi. Nessa época, o rio era tão rico em várias espécies de peixes que, os moradores da antiga cidade de São Paulo, conseguiam substanciosos reforços enriquecer a sua alimentação com o produto da pesca.
Além disso, durante muitos anos, o Tietê foi a única estrada para o interior do Estado. Os portos tinham instalações simples com trapiches rústicos e o transporte das mercadorias, era realizado por canoas feitas de troncos e cascas de árvores.
Nos séculos 16 e 17, quase todo o transporte era feito pela via fluvial, isto é, pelo rio Tietê que funcionava como se fosse uma estrada com movimento intenso. Era pelo rio Tietê e pelo Tamanduateí que se podia chegar ao colégio de São Paulo.
No século 18 houve a descoberta de ouro em Minas Gerais, Mato-Grosso e Goiás; São Paulo foi elevada a categoria de Cidade e se tornou o centro de onde partiam as grandes expedições organizadas pelos bandeirantes paulistas, que entravam pelo sertão em busca de riquezas.
Na época da República, surgiram os primeiros clubes de regatas e o rio foi cenário de festas e competições que se tornaram famosas.
Mas muita coisa mudou dessa época até os dias de hoje: a mata foi derrubada, muitos caminhos foram abertos, surgiram as vias de ruas e avenidas, e com tudo isso o rio morreu.
E você sabe como um rio morre? Através da poluição.
O Tietê é uma bacia hidrográfica de cerca de 75 mil quilômetros quadrados, banha mais de 200 municípios, ou seja 1/3 de São Paulo.
Somente na capital, o rio recebe 1200 toneladas de esgotos por dia, dos quais 900 toneladas são esgotos domésticos e 300 toneladas são esgotos industriais. Esses esgotos não são tratados, são todos despejados diretamente no rio e causam essa terrível poluição. Quando o rio Tietê cruza São Paulo, perde completamente a vida e volta a renascer novamente em Barra Bonita.
Atualmente a população parece estar mais consciente e para resolver o problema foram criadas inúmeras associações em defesa do rio, entre elas o Núcleo União Pró-Tietê, que visa apoiar projetos e qualquer ação em favor do rio.
E agora que você já sabe como o rio Tietê é importante vai a nossa dica: a nascente fica no Vale do Paraíba, na cidade de Salesópolis a 95 quilômetros da cidade de São Paulo.
Fonte -
Vocabulário do pescador
Conheça o significado de algumas palavras:
ARRANQUE - porção de linha ligada à linha principal, com bitola maior, para torná-la mais resistente.
BICHEIRO - gancho, de diferentes tamanhos, utilizado para içar o peixe ao barco.
BITOLA - grossura da linha.
CARGA DE RUPTURA - peso máximo suportado pela linha sem partir.
CARRETILHA - peça com carretel horizontal e manivela, que serve para enrolar a linhada.
CHUMBADA - peso, geralmente de chumbo, amarrado à linha, para fazer o anzol afundar.
ENCASTOAR - reforçar a linha, próximo ao anzol , utilizando-se de um arame .
GIRADOR - pequena peça adaptada entre a linha e o anzol, para que a linha não embarace.
ISCA ARTIFICIAL - peça de diferentes materiais que atraem o peixe pelo formato e movimento.
MOLINETE - peça com carretel frontal e manivela que serve para enrolar a linhada.
PUÇA - espécie de peneira ou rede para recolher o peixe preso ao anzol.
SAMBURA - cesto de fibra para guardar peixes, inclusive dentro de água do rio.
Fonte ............... 2003
Neblina ou nevoeiro
Você já reparou que, às vezes, pela manhã, o céu está “embaçado “ e não conseguimos enxergar o topo dos
prédios ? Na verdade, isso que vemos é
neblina, nome dado à suspensão de
partículas de poeira fina e / ou fumaça no ar. Nesta edição do Aprenda com o Objetivo Júnior você vai descobrir a
diferença entre neblina e nevoeiro.
Invisíveis a olho nu, as partículas reduzem a visibilidade e são suficientemente numerosas
para dar um aspecto opaco ao céu.
Névoa e neblina são muito parecidas. Névoa é um conjunto de microscópicas gotas
de água suspensas na atmosfera. A névoa
não reduz a visibilidade como neblina e o nevoeiro.
O nevoeiro é uma massa de minúsculas, mas visíveis gotas de água suspensas na
atmosfera, próximas da superfície da
Terra.
O nevoeiro reduz a visibilidade horizontal para menos de mil metros. É formado quando a temperatura e o ponto de
condensação do ar tornam–se os mesmos ( ou quase os mesmos ) e suficientes
núcleos de condensação estão presentes.
A ciência que estuda a atmosfera e os fenômenos do céu e o que acontecem
nela é meteorologia. Algumas áreas da
meteorologia abrangem estudos sobre agricultura aplicada, astro meteorologia, aviação, dinâmica,
hidro meteorologia operacional e sinóptica, entre outros.
Fonte - Jornal O ESTADO DE
SÃO PAULO ESTADINHO
29/05/2014 - Aprenda OBJETIVO
Júnior ( da educação infantil à 8ª série
)
Poder da escrita
Edição limitada das
canetas Montblanc
Homenageia o Papa
Julius II
Há tempos uma Montblanc não pode ser classificada apenas
como uma simples caneta. Devido ao seu
design sofisticado, feito com materiais
da mais alta qualidade, a marca atingiu
o status de obra de arte da escrita, em 1992 completou seu centenário. Sinônimo de poder e estilo começou a
produzir suas concorridas edições limitadas a partir de 1992, com coleção Patrono das artes, uma homenagem às grandes figuras que
incentivaram a cultura. Nomes como
Lorenzo Médici , Louis XIV e Catarina,
a Grande, já receberam suas versões de
canetas – tinteiro, cujo último
lançamento foi esta belíssima peça em homenagem ao Papa Julius II.
Considerado o clérigo mais influente no desenvolvimento das
artes durante o Renascimento, Julius II
apoiou muitos artistas , como
Michelângelo e Raphael, os autores dos afrescos da Capela Sistina. Durante seu curto pontificado, Roma foi considerada a capital cultural da
Europa, época em que foi construída a
Igreja de São Pedro, até hoje a maior
do mundo.
A inspiração para este lançamento veio das formas das vestes
papais. O corpo da caneta é emoldurado
por uma delicada trama dourada, feita
de laca na cor creme, e cuja pena é de
ouro de 18 k, gravada com elementos
sacros presentes nas estolas de Julius II. Um luxo limitado a 4819 felizardos, sendo que no Brasil receberá apenas 60 unidades, vendidas a R$ 12.500,00.
Quando os três amigos alemães, Claus–Johannes Voss , Christian Lausen e Wilhelm Dziambor, se uniram em 1906 para fabricar “a melhor caneta do mundo“, com certeza não esperavam que sua
marca, mais do que sinônimo de canetas
se transformasse em um verdadeiro lifestyle.
Com modelos clássicos que custam 300 euros até edições
limitadas que chegam a 120 mil, a
Montblanc busca precisão absoluta ,
produzindo artesanalmente suas penas, o
que leva até um mês para ser finalizado.
Outra curiosidade é o número 4.810, gravado na pena de todas as canetas–tinteiro. A escolha corresponde a altura da montanha
Montblanc, localizada nos Alpes, e que desde 1910 é o símbolo máximo dessa
Power pen.
Fonte - Revista
Luxe / Cobiça
JAQUES JANINE
O rosto do Faraó
A face da múmia de Tutancâmon é exposta pela primeira vez ao público.
Restos mortais agora estão em urna transparente
É uma das múmias mais famosas do mundo. Todo mundo já ouviu falar em Tutancâmon. Mas até hoje , desde que foi descoberta , há 85 anos, ela só tinha sido vista por 50 pessoas. A grande novidade aí está: no início desta semana , o rosto de Tutancâmon foi exibido ao público pela primeira vez na História.
Segundo o chefe do Supremo Conselho de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, os restos de Tutancâmon estão sendo expostos para serem protegidos do calor e da umidade causados pelo grande número de turistas que visitam sua tumba, no Vale dos Reis, em Luxor, no Egito. Os restos mortais foram retirados do sarcófago de pedra e colocados em uma urna transparente e climatizada.
Tutancâmon virou rei aos 9 anos de idade e governou o Egito de 1333 a 1324 a. C. Ele foi um faraó menino, que morreu há mais de 3 mil anos, aos 19 anos.
As causas da sua morte não são certas, mas alguns cientistas dizem que ele teria sido atingido por uma flecha no crânio. Outros afirmam ainda que ele foi assassinado porque tentou fazer o politeísmo ( crença em vários deuses ) de vota para o Egito.
A múmia de Tutancâmon ficou famosa porque sua tumba estava intacta, quando foi descoberta, em 1922. O corpo mumificado estava coberto de amuletos e jóias e protegido por uma máscara de ouro. Em 2005, os cientistas reconstruíram o rosto do faraó por computador.
Fonte - Jornal O GLOBO GLOBINHO
Notícias miúdas - Sábado , 10/11/2007
O conde Haritoff, a rica Nicota e a negra Regina
Morreu no dia 25 de junho, na Santa Casa de Barra do Piraí, Iwann Haritoff. Tinha 92 anos, não deixou um centavo e levou consigo o testemunho de um curioso episódio de vulnerabilidade daquilo que se gosta de chamar de elite brasileira e da beleza da vida nesta terra. Iwann, foi filho do conde russo Maurice Haritoff, um dos rapazes dourados da corte de Napoleão III em Paris. O conde veio ao Brasil em 1866 acompanhando uma irmã que se casara na aristocracia cafeeira do Vale do Paraíba. No ano seguinte Maurice Haritoff casou-se com a sobrinha do comendador Joaquim de Souza Breves, que foi o homem mais rico do Brasil de todos os tempos. Juntou 52 fazendas e mais de cinco mil escravos. Haritoff tinha 25 anos e Ana Clara ( Nicota ), sua mulher, 17. Conversavam em francês.
Quando estourou a Guerra da Criméia, Haritoff alistou–se nas tropas russas. Retornou trazendo para a mulher um magnífico xale para noites de gala. O casal encantou o grão duque Alexandre em sua passagem pelo Brasil. O palácio em que viviam em Laranjeiras (no terreno onde hoje funciona a Escola José de Alencar) foi o salão da Imperial granfinagem. Suas portas abriam-se às terças–feiras ( “Le Mardi de Mme. Haritoff “ ). Vestiam os criados como cossacos.
Maurice e Ana Clara não tiveram filhos. Ela morreu em 1894, com 44 anos. Viveram aquilo que seria um conto de fadas europeu nos trópicos. A esse conto de fadas seguiu–se a História brasileira, bagunçada e bela.
Diz a lenda branca que Nicota morreu de desgosto, obrigada a conviver com o romance de Maurice com uma mucama. Precursora da Nega Fulô do poeta Jorge de Lima, a negra Regina nasceu escrava em 1867.
Tendo sabido ser rico e conde, Haritoff soube empobrecer como um cavalheiro. Casou-se com Regina em 1906. Nessa época, já tinham dois filhos: Boris e Alexis. Boris foi o único mulato pobre da nobreza russa. Existe uma fotografia de Regina com as duas crianças, usando um lindo vestido provavelmente colhido espólio de Nicota.
Iwann Haritoff sustentou–se como pequeno comerciante e biscateiro. Como um tio russo, perdia tudo nas cartas. Pouco falava da história de seu pai e chegava a duvidar que fosse verdadeira. Enterram–no em cova rasa, por não ter “parentes próximos“, apesar de o andar de cima nacional estar cheio de descendentes dos Breves.
Nascido na decadência do café, Iwann viveu o descaso que assombra o patrimônio histórico nacional. A Fazenda do Pinheiro, onde Ana Clara e Maurice Haritoff se conheceram, foi doada ( repetindo, doada ) ao governo federal. Hoje é vergonhosa ruína. A Universidade Federal Fluminense e o Ministério da Agricultura dividem a irresponsabilidade da destruição da casa–grande e das suas terras, invadidas por baixo por favelados e por cima por condomínios. A Igreja do Grama, onde os Breves planejaram descansar em criptas nobiliárquicas, foi saqueada. Levaram o sino, o assoalho e a escada do púlpito. Depois que a polícia varejou–a à procura de um corpo desaparecido (o da ricaça Dana de Tefé) os moradores foram transferidos para o cemitério da Barra do Piraí. A juventude do pedaço transformou a igreja num point sobre natural. Dizem que Joaquim Neves anda por lá à noite, de japona. Há rapazes que se divertem deitando-se no jazigo do comendador.
Os ícones da Santa Rússia e os orixás do Vale do Paraíba imploram ao poeta Affonso Romano de Sant'Anna que não abandone a história do conde Haritoff e suas duas mulheres. Explica-se: ele se interessou pela história e já acumula dezenas de fotografias, cartas e documentos relacionados com a vida de Maurice, Nicota e Regina. Ainda não se comprometeu a escrever sobre o assunto. Trata-se de um caso raro de samba-enredo que nasceu pronto.
Enquanto o livro do poeta ( ou o samba–enredo ) não vem, deve-se ao advogado Aloysio Clemente Breves Beiler um persistente esforço de preservação da memória de sua família, mantendo um excelente sítio na internet.
Fonte - Jornal O GLOBO pág 16 Domingo , 8 de agosto de 2004
O PAÍS - ELIO GASPARI
A História do Historiador
Egiptologia na alma
IR AO EGITO ERA UM SONHO DISTANTE para qualquer pesquisador brasileiro solitário na década de 1970. Era uma época em que não se pensava em Internet, o luxo dos documentários via TV a cabo era inimaginável e a Egiptologia chegava até nos por intermédio de algumas livrarias , pequenos eventos e conversas. O museu Nacional era um dos poucos lugares de salvação“.
O fascínio pelo Egito Antigo é algo meio inexplicável , independente do mistério que o cinema e a literatura fantástica têm criado. O que acontece é que somos tocados na alma por alguma coisa. É um momento mágico quando verbalizamos nossa decisão: “É isso que vou estudar ! “ Em 1976, aos 15 anos, iniciei essa jornada.
Pesquisei muito, li tudo e fiz todos os cursos que podia sobre o tema. Meu fascínio não era as pirâmides, mas as práticas religiosas; não era a riqueza dos faraós, mas a vida naquela época e a sua magia. Em 1995, quase vinte anos depois , fiz minha primeira viagem ao Egito.
Olhar as construções milenares no horizonte foi fascinante, e lembro bem que, quando estava diante da Grande Pirâmide, me senti engolido por sua “monumentalidade“. Os livros e documentários não tem como transmitir tamanha magnitude: é preciso estar lá. Dentro da pirâmide, muitas coisas me vieram à mente. Eu a conhecia, sabia onde estava tudo, podia explicar e falar das teorias sobre o monumento e suas câmaras. Mas os livros não fazem com que você sinta o toque na pedra, o frescor do ar, a dificuldade de se locomover, a sensação de grandeza , a atmosfera de paz e de aventura – é inevitável sentir-se uma Indiana Jones.
Esta sensação se repetiu em várias partes do Egito. O complexo templário de Karnak – seguindo para Luxor no sul é de deixar qualquer um desconcertado. Não só pela altura das colunas, mas pela dimensão e complexidade da área construída, a quantidade de capelas, templos e obeliscos. É fascinante sentir o clima e a atmosfera locais, que também não podem ser totalmente apreendidos nas fontes tradicionais de estudo.
Visitei sozinho a tumba do faraó Mer-em-Ptah, meu objeto de estudo na época . Ele era filho de Ramsé II e ficou conhecido pela “Estela de Israel“, inscrição na qual cita a conquista dos israelitas. Enquanto descia, via as paredes com figuras e inscrições. É incrível poder ler parte delas e reconhecer divindades e cenas familiares. Estar só, descer dezenas de metros à meia-luz e chegar à câmara do sarcófago foi muito emocionante. Sentei em uma pedra diante do sarcófago e ali fiquei por uma hora.
Tentei, na medida do possível, levar estas sensações para os meus estudos e para as minhas aulas. Hoje, em dia, em um projeto que estuda Egiptomania - o uso de elementos egípcios em outros contextos, desde a Antiguidade até a modernidade – e Egiptosofia – o uso das práticas religiosas egípcias pela modernidade – tentamos compreender o fascínio que esta civilização desperta em nossas mentes. Será o mistério das lendas ? Esse mistério é gerado pela mídia, pelo cinema, pela literatura ou pela grandeza dos monumentos ? Será que existe algo que não conseguimos apreender ? Talvez eu ainda seja querendo encontrar uma resposta para o meu encanto pelo Antigo Egito.
JULIO GRALHA É PROFESSOR DE HISTÓRIA ANTIGA E MEDIEVAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMNENSE (UFF – PUCGCAMPS )
E AUTOR DE DEUSES, FARAÓS E O PODER LEGITIMIDADE E IMAGEM DE DEUS DINÁSTICO E DO MONARCA NO ANTIO EGITO (1550-1070 A.C) (BARROSO PRODUÇÕES , 2002 )
SEGREDO DO HOMEM
MAIS VELOZ DO
MUNDO
Inhame: o preferido
de Bolt
Alimento melhora o sistema imunológico, limpa as impurezas
do sangue e ainda
previne contra alguns tipos de doença
Marronzinho por fora e nada atraente à primeira vista, o inhame tem conquistado lugar cativo no
cardápio de atletas por sua propriedade fortificante do sistema imunológico e
sua capacidade de aumentar a energia de explosão numa competição. Mas a glória do tubérculo veio agora: segundo a família do jamaicano Usain Bolt,
uma dieta em inhame é o “segredo“ de tamanha disposição do homem mais veloz
do mundo. E, apesar de ele confessar
que não aguenta mais comer inhame, a mãe
do atleta não abre mão de preparar o prato especial.
Mesmo para quem não precisa de tanta velocidade, incluir o tubérculo na dieta é uma grande vantagem. O inhame é um carboidrato que ajuda a
eliminar as impurezas do sangue através da pele, dos rins e dos intestinos.
Vitaminas e ferro
Segundo o nutricionista esportivo Rodrigo Vilhena, o inhame é rico em vitamina C, betacaroteno, cálcio, fósforo e
ferro. E ainda contém as vitaminas do
complexo B:
- Por ser uma rica fonte nutrientes, o inhame é bastante disseminado como
alimento imprescindível na dieta da primeira infância e dos atletas. Como o tubérculo é muito energético e
calórico, ele ajuda o esportista a
desenvolver maior explosão. Mas quem
não pratica atividade física regularmente deve evitar consumi-lo em
excesso.
Autora do livro “Boca feliz, inhame, inhame“, Sônia
Hirsch explica que os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar
os gânglios linfáticos, que são os
postos avançados de defesa do sistema
imunológico. Ela ressalta que o
alimento tem propriedades capazes de prevenir contra a dengue, a malária, a febre amarela e viroses.
- A presença dos nutrientes do inhame no sangue permite uma
reação imediata à invasão do vírus da dengue, neutralizando o agente causador da doença antes que ele se espalhe
pelo corpo - explica a autora.
Fonte – Jornal Extra -SAÚDE - BEM
VIVER - pág 4
Domingo , 30/08/2009 - MARIANA MULLER
CORRIDA - SÃO SILVESTRE
Para uns, é um sonho
a perseguir; para outros,
um desafio a enfrentar, uma punição a sofrer,
uma promessa a pagar
QUANDO EU era guri,
já lá se vão várias décadas, a
comilança do Réveillon na casa de minha avó só era liberada depois da São
Silvestre. O televisor preto e
branco, com a antena devidamente
turbinada com chumaços de palha de aço,
dominava a sala, e a netalhada toda
ficava acompanhando aqueles caras correndo como doidos em algum lugar distante. Deviam ser muito importantes, pois sem eles não tinha Ano Novo.
A São Silvestre sempre foi mais do que uma corrida. Para alguns, é um sonho a perseguir; para outros, um desafio a enfrentar, uma punição a sofrer, uma promessa a pagar. Ou um farol que não só anuncia a mudança de
ano mas também convoca o vivente a mudar de vida, a se renovar, a enfrentar a preguiça, a virar atleta.
Pois são atletas todos eles que se metem a enfrentar o verão
paulista, o asfalto derretendo, o fedor das avenidas, a subida interminável, os quilômetros que se arrastam.
Reclamações de todo o tipo, mas a cada ano eles estão lá de novo, e com eles outros tantos que se achegam, tateando, tentando ver se conseguem, se
podem, se são capazes.
Aposto que você também já se perguntou isso. Pois está a resposta: você pode, você consegue, você é capaz de
correr a São Silvestre. Digo isso
baseado em consultas que fiz com vários especialistas em corrida, treinadores de sujeitos comuns, amadores, e de corredores profissionais, atletas olímpicos.
Se você estiver bem de saúde, ainda que um pouco gordinho e fora de forma, estes cinco meses e pouco que faltam até a
São Silvestre, do dia 31 de dezembro,
são suficientes para você levantar da cadeira, treinar um pouco e ficar na ponta dos cascos para, pelo menos, completar a prova do tempo–limite.
O mais importante,
me dizem os técnicos , é você estar muito afim de conseguir isso. Estar disposto a mexer no seu ritmo de vida
e a encarar os treinos com seriedade e determinação. E ter consciência de
que, mesmo assim, não há garantias de que o objetivo será
alcançado. O que não é exatamente um
problema, pois você terá começado a
construir uma nova perspectiva de vida.
Para começar, dê o
primeiro passo. Os treinadores que
consultei contribuem com dicas preciosas para curiosos, debutantes e experientes ( leia no meu
blog: maiscorrida.folha.com.br ).
Use a São Silvestre como pedra fundamental de sua revolução. e meta o pé no asfalto que ele é seu e
ninguém tasca.
Fonte - Jornal FOLHA DE SÃO PAULO - equilíbrio
pág 11 terça-feira
12/07/2011
Rodolfo Lucena , 54 ,
é editor do blog + Corrida ( maiscorrida.folha.com.br )
ultramaratonista, autor de “
Maratonando , Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes“ (Record )
OLHA SÓ
Você conhece essa estátua ?
Se os brasileiros acabaram de eleger seus prefeitos esta semana, os norte americanos também foram às urnas, só que para votar para o presidente do seu país. Por falar em Estados Unidos, um dos monumentos que melhor representam a nação é a Estátua da Liberdade, que fica na cidade de Nova York. Ela está localizada na Liberty Island ou Ilha da Liberdade, na baía do porto da cidade. Lá está a escultura de uma mulher que segura uma tocha na mão direita, indicando que a chama da liberdade ilumina o mudo. Por isso, seu verdadeiro nome é “Liberdade iluminando o mundo“.
Na coroa da estátua há sete pontas que representam os sete mares e os sete continentes da Terra. Em sua mão esquerda há uma tábua onde está escrito “4 de Julho de 1776 “. Nesse dia, os EUA se libertaram do domínio da Inglaterra e seu povo passou a ser independente. Cem anos depois, em 1876, para comemorar o aniversário de Independência dos EUA a fortalecer a amizade com o povo desse país, a França decidiu presentear os americanos com um monumento.
Surgiu, então, a ideia de construir uma estátua em homenagem à liberdade. Dez anos mais tarde, em outubro de 1886, a Estátua da Liberdade foi inaugurada. Em 1924, ela virou Monumento Nacional dos Estados Unidos.
A Estátua da Liberdade é gigante e pesa 225 toneladas ou 225 carros populares juntos. Do chão à ponta da tocha, a estátua tem 93 metros de altura - o equivalente a um prédio de 22 andares. O seu suporte de sustentação é feito de aço e a estátua é revestida por chapas de cobre.
Sempre aberta à visitação, a Estátua da Liberdade era um dos pontos mais freqüentados de Nova York até os atentados de 11 de setembro, quando as torres gêmea do World Trade Center foram ao chão. A partir dessa data, o monumento ficou fechado para o público. Com o sistema de segurança reforçado, o monumento foi reaberto no dia 3 de agosto de 2004.
Fonte – Jornal O Estado de São Paulo - Estadinho P 3 06/11/2004
Consumo de pizza - Pesquisa
Na cidade São Paulo,
a pizza se popularizou e se transformou num dos mais apreciados pratos em todas
as camadas da população.
As pizzarias se dividem basicamente em quatro tipos: pizzarias restaurantes, que atendem o
cliente no próprio salão; pizzarias–delivery; casas que servem pizzas em pedaços, e rodízios de pizzas.
As pizzas são encontradas nas casas especializadas, em alguns restaurantes, em bares, em
lanchonetes, em rotisserias, e padarias, em lojas de conveniência e
supermercados, que costumam vender
discos de massa gelados ou congelados para acabamento domiciliar, ou pizzas já
prontas geladas ou congeladas.
Foram apontadas, na pesquisa, mais de 230 variedades existentes de pizza, entre salgadas e doces. Os tipos consumidos são:
1º) lugar:
Mussarela
2º) lugar:
Marguerita
3º) lugar: Quatro queijos
4º) lugar: Calabresa
5º) lugar: Portuguesa
6º) lugar: Chocolate
Produtores e Vendedores
Quem mais vende pizzas na cidade de São Paulo são as casas
especializadas. Depois vêm as padarias, os restaurantes, os supermercados, as
lanchonetes e as lojas de conveniência.
Os números relativos aos locais que vendem pizzas são os
seguintes :
- 6.800 pizzarias
- 2.500 padarias
- 2.000 restaurantes
- 600 supermercados
- 500 lanchonetes
- 150 lojas de conveniência
Consumo
O consumo mensal de pizzas
em toda a Grande São Paulo é de:
- pizzas completas :
38.520.000 unidades
- pizzas congeladas :
3.424.000 unidades
- discos de pizzas : 856.000 unidades
O total de consumo mensal de pizzas na Grande São Paulo é de
42.800.000 unidades.
49% das pizzas são consumidas no local onde são feitas, o que corresponde a 49% do total.
Nos supermercados são compradas 10 % das pizzas, e os
deliveries respondem pelo restante, ou
seja, 41 % das pizzas.
Produção
As pizzarias produzem 54,18 % das pizzas consumidas; as padarias produzem 19,92 %, os restaurantes 15,93 % , as rotisserias
5,18 % e a indústria de congelados e
discos produz 4,79 % do total.
Consumo
Na cidade de São de Paulo, apenas 30 % dos habitantes não consomem pizzas. O consumo médio mensal é de 7 unidades por
mês.
Principais problemas
Os principais problemas deste setor são: gerenciamento,
mão de obra, embalagens,
transporte ( motoqueiros sem treinamento, caixas
térmicas inadequadas, motos sem adaptação traseira apropriada ),
falta de know–how nos deliveries,
planejamento e logística, equipamentos informatizados
e treinamento dos atendentes.
Revista - Salada Paulista nº 22
pág 44 e 45
Marco Polo, o inventor da pizza
Segundo os historiadores, a famosa pizza não surgiu na Itália, como muitos imaginam. A massa teria sido saboreada na China pelo aventureiro Marco Polo, em seu périplo pelo Velho Mundo. Só faltava essa, dirão os italianos empedernidos. Mas, indagarão outros, o que não surgiu na China ?
Polêmicas à parte, o certo é que na Itália a pizza ganhou notoriedade e fama, tornando-se um dos pratos principais do país e, por que não dizer, de outros países também. Seria o caso, por exemplo, do Brasil, que não só assimilou a receita como “roubou“ os segredos da arte. Juram alguns que a pizza brasileira é até melhor que a similar italiana.
Na verdade, a tal iguaria há muito vem freqüentando o cardápio culinário dos brasileiros, tendo, inclusive, se tornado programa indispensável dos sábados e domingo à noite. Responda depressa: quem nunca foi comer uma pizza após um cinema, teatro ou show? Quem nunca passou numa pizzaria e levou aquela forma de papelão quentinha para casa?
Fonte: O Jornal Gazeta de Pinheiros
Caderno Z - 05 à 12/11/88
ÚLTIMA MODA
WU HUUU
ESTILISTA JASON WU, QUE SE TORNOU O PREFERIDO DE
MICHELE OBAMA, CRIA SAPATOS PARA A MELISSA
Nada como cair nas graças de uma primeira-dama poderosa para chegar ao topo do mundo da moda. O taiwanês Jason Wu, 26, que o diga.
Graças a Michelle Obama, “a rainha“ da Casa Branca, que elegeu o designer como seu favorito para ocasiões especiais - do baile da posse a viagens diplomáticas importantes - , Wu entrou para o primeiro time do estilo.
Em setembro deste ano, ele se aproxima das consumidoras brasileiras com o lançamento dos dois modelos de sapatos ( um salto e uma sapatilha ) que criou para a grife brasileira Melissa.
Wu, que mora em Nova York há dez anos, falou à Folha sobre a parceria e sobre Michelle: “Faço parte da história dos Estados Unidos".
Folha – Como conheceu a primeira-dama dos EUA ?
Jason Wu – Nos conhecemos numa festa, quando ela doou o vestido que usou na posse do presidente Obama, criado por mim. Felizmente, ela se tornou uma grande fã do meu trabalho. Sou sortudo: faço parte da história dos Estados Unidos.
Por que acha que é o estilista predileto dela?
A primeira-dama tem estilo próprio e gosta de looks atemporais e elegantes. Acredito que minhas roupas oferecem esses elementos para seu guarda-roupa.
Sobre a parceria com a Melissa, o que achou de usar plástico para criar peças de luxo ?
Quis aproveitar as vantagens do material para criar peças funcionais, à prova d'água, e, ao mesmo tempo, mantê-las sofisticadas.
O que pensa sobre a moda brasileira ?
Vejo o Brasil crescendo no cenário internacional, inclusive sua indústria fashion. O estilo de vocês é vibrante, colorido e eclético. Estou ansioso para levar ao Brasil a sensibilidade do design americano, pois acho que a mistura resultará em algo curioso.
Tem uma musa inspiradora ?
Diane Kruger, sem dúvida, pois tem um senso estético apurado e consistente. Sempre nos divertimos criando looks para ela usar em festas de gala [neste ano, a atriz usou um vestido criado por Wu no baile do Met].
E se fosse para escolher uma “miss do estilo americano“, quem seria ?
Acompanho [ a modelo ] Karlie Kloss há alguns anos e fico abismado que, mesmo com a pose de top de passarela, ainda mantenha o jeito de garota de Saint Louis [ cidade do Meio – Oeste americano ].
O que acha dos figurinos de cantoras americanas como Lady Gaga e Beyoncé ?
São divas que sabem explorar seus limites da moda.
Fonte - Folha de São Paulo E4 Ilustrada sexta-feira
15/07/2011 VIVIAN WHITEMAN
Aluno nigeriano resolve equação que estava há 30 anos sem solução no Japão
Ekong obteve as notas mais altas em uma universidade japonesa dos últimos 50 anos
Um estudante nigeriano alcançou as maiores notas em uma universidade japonesa desde 1965. Mas esse não foi o único recorde quebrado por Ufot Ekong. Em seu primeiro semestre na universidade, o estudante conseguiu resolver uma equação matemática que estava há 30 anos sem solução.
Ekong estuda engenharia elétrica na Universidade de Tokai, em Tóquio. As informações são da jornal britânico "The Independent".
Ao longo da sua carreira acadêmica, ele já recebeu seis prêmios de excelência acadêmica. O aluno também fala inglês, francês, japonês e iorubá (idioma falado em parte da Nigéria) e ganhou um prêmio de língua japonesa para estrangeiros.
Para pagar as mensalidades da faculdade, ele já teve que trabalhar em dois empregos. Atualmente, Ekong trabalha na Nissan e já tem duas patentes de carros registradas em seu nome. Ele deve concluir a faculdade em 2016.
A Universidade de Tokai é particular e direcionada a carreiras de ciências e tecnologia. A instituição foi fundada em 1924.
FONTE: Do UOL, em São Paulo 08/06/2015
Moda
Breve história do blue jeans
Origem operária; modo igualitário de vestir; quebra de tradições; e tendência à proletarização: características dessa “calça Americana" que vai se transformando no uniforme tribal da sociedade pós–moderna
O jornalista George F. Will , do “Whashington Post", publicou em 16 de abril de 2009 o artigo Demon denim [O demônio do blue jeans ]. Analisa a influência exercida pelo blue jeans sobre quem o usa ; e também sobre quem a ele se conforma, mesmo sem usá-lo.
George Will cita uma recente colaboração do escritor norte-americano Daniel Akst, publicada pelo “ Wall Street Journal “ , segundo o qual o blue jeans é sinal da profunda contradição de um aspecto da sociedade ocidental, sobretudo da burguesia: “Como é possível que a burguesia se vista de um modo que não representa o que ela é ? Esse modo igualitário de vestir representa para os norte-americanos , ora o uniforme infantil da nação, ora os paramentos sacerdotais dos sequazes do catecismo democrático que prega a igualdade entre todos“ .
Demon denim mostra efeito nivelador e igualitário do jeans. E Daniel Akst, com a clarividência habitual de sociólogos norte-americanos, termina afirmando , de modo admirável, a existência de uma linha direta entre a queda da Bastilha e o blue jeans .
Que linha direta é esta entre um acontecimento político tão antigo e um modo atual de se vestir ? Os revolucionários franceses , ao derrubar a Bastilha , proclamavam entre outros erros da igualdade total entre os homens: “Liberté , égalité , fraternité “. Visto que o blue jeans tornou-se um uniforme , “de um modo igualitário de vestir “ , Akst viu logo que linha é essa.
As “calças azuis“ : origem no ambiente operário
O blue jeans surgiu no mundo operário. Jakob W . Davis , trabalhador nas minas de Comstock , em Nevada ( Estados Unidos ) , é reconhecido como o criador das “ calças azuis rebitadas ” , no fim dos anos 60 do século XIX. Ele criou uma roupa resistente usando o mesmo tecido das tendas de acampamento, com um tipo de costura aparente utilizada então para selas e arreios.
O operário das minas era frequentemente rústico, sem religião , admitindo poucos princípios morais. Colado ao corpo , revelando formas anatômicas , o blue jeans teve desde o início a expressão de força de trabalho e de juventude sexualmente ativa. A revolução sexual portanto, estava presente em suas formas de 1935 a propaganda passar apresentar também mulheres vestidas com blue jeans .
Anna Schober é doutora em Filosofia , escreve sobre História da Arte e vive em Viena . Publicou recentemente os resultados de sua investigação sobre as calças azuis, um volume intitulado Vom Leben in Stoffen um Bildern [Vida , tecidos e modelos ] . Surpreendeu-a a constatação de que a história dessa calça é a de um imenso esforço publicitário para impor uma moda: o blue jeans. O processo da difusão das calças azuis se confunde com a história das técnicas de propaganda religiosa e ideológica, através de programas radiofônicos, filmes revistas , painéis publicitários. Num desses painéis, de 1946 , aparece Marilyn Monroe vestindo blue jeans , já com o ventre à mostra – moda que só se fixaria 50 anos mais tarde.
O esforço da propaganda obteve resultado. A calça com rebites deixou o mundo do trabalho e tornou–se símbolo de grupos sociais. Nenhuma outra peça indumentária foi , no século XX , tão propalada; a tal ponto que , em certo momento ela se tornou um dos símbolos do século.
Tendências contraditórias despertadas pelo blue jeans
Qual o efeito psicológico causado pelo blue jeans ? Que tendências desperta ? Cria ele um ambiente revolucionário ? Pesquisas de opinião revelam que as duas primeiras tendências despertadas por essa roupa são: vontade de ser igual a todos e de sumir na massa, tornando-se imperceptível ,portanto sendo “ como todo mundo “ . Entretanto , se esse traje dá a quem o usa a sensação de imperceptibilidade , contraditoriamente causa impressão de notoriedade . ao realçar as formas do corpo.
Inicialmente, durante a fase de lançamento , o blue jeans atraiu os espíritos apaixonados por inovações, em razão da ruptura com o gosto dominante , com a formalidade e com a tradição. Vesti–lo , importava numa crítica radical à sociedade vigente. Imperceptibilidade e proeminência , eis a misteriosa contradição suscitada por essa calça. Ela parece proclamar : “ Queres ser diferente ? Padroniza–te “ .
Ao lado destes dois estímulos psicológicos há um terceiro: ela evoca uma “ simpática “ proletarização da sociedade . Esse efeito de proletarização requintou–se mais tarde nos modelos sucessivos apresentados pelos fabricantes, primeiramente desbotados e depois rasgados e esfarrapados.
Blue jeans : rumo ao uniforme tribal da sociedade
O modo de trajar , diz Plínio Corrêa de Oliveira , denota uma preferência por certos princípios expressos simbolicamente pela formas do traje; e as almas são influenciadas muito mais pelos princípios vivos , contidos nos ambientes e nas modas, do que pelas teorias filosóficas expostas nos tratados.
Segundo Anna Schober , o símbolo atua particularmente na vida quotidiana , impregnando os espíritos com o princípio simbolizado. E a ideia que a calça suscita é a proletária , e de um mundo em contradição consigo mesmo. Ela habitua assim as mentalidades ao igualitarismo de sabor marxista e ao absurdo próprio de comunismo.
Os trajes exprimiram infalivelmente , através dos tempos ,a mentalidade de quem os criou e usou. A disseminação das “ calças americanas “ revela um prodigioso processo de despersonalização dos povos. O blue jeans tornou–se um uniforme. Setores inteiros da sociedade passam a se padronizar, levados inicialmente pela rebeldia contra a mediocridade do mundo burguês. De início imposto como a indumentária da era industrial, passou em seguida a evocar o gosto juvenil pela liberdade absoluta. Hoje , sua atração totêmica se exerce sobre todas as idades e o transforma aos poucos no uniforme tribal da sociedade pós–moderna.
Fonte - Revista Catolicismo págs 20 a 22
fevereiro de 2010 Nelson Ribeiro Fragelli
GRIFE do RIO exporta cangas
Com estampas descoladas
Uma vida sobre as águas é a melhor definição para a história do carioca Eden Dias Filho, de 41 anos, que transcendeu o signo sonhador de peixes para seu ascendente empreendedor de Áries. Depois de ter sido campeão sul-americano de natação três vezes, tornou-se 2º tenente da Marinha de Guerra até desistir da carreira militar para vender aos brasileiros apreciadores do mar cangas importadas da Indonésia. Transformou sonho em realidade há 16 anos e a Bali Blue já distribui 800 mil peças por ano a butiques, lojas de surfwear e cangueiros de praia por todo o país, além da França , Itália e Argentina.
Dias Filho é formado em Ciências Navais, graduação reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). O investimento que a Marinha faz nos estudos dos oficiais é abatido 20% cada ano de prestação de serviço militar. O empreendedor serviu durante três anos e precisou quitar o restante da dívida com a Marinha.
- Em 1992, Collor abriu o mercado brasileiro para os produtos importados. Aproveitei a oportunidade e abri uma empresa de comércio exterior.
Em 1992, montou a primeira loja Bali Blue em Copacabana, mas faltou dinheiro para fazer as compras na Indonésia e formar o estoque. O empreendedor pediu então, empréstimo a sua irmã e a um amigo, no total de US$ 5 mil.
- No início, foi difícil de vender, porque tinha concorrentes conhecidos em lojas de shopping, mas estava pagando as contas. Depois de nove meses, os números começaram a crescer. Hoje, são nove importadores no Brasil de cangas de praia e a Bali Blue é a mais antiga.
A empresa de comércio exterior chegou a ter sete lojas próprias, mas Dias Filho preferiu o negócio de distribuição das peças no atacado, e, agora, tem dois pontos-de-venda; o segundo, em Ipanema.
- Tirei o foco do varejo, que representa 2 % do faturamento, e fui para o atacado, que responde 98 %.
A marca Bali Blue se inspira na cultura brasileira para caracterizar suas milhares de cangas. Lançou modelos de sucesso, como a canga com fitas do Senhor do Bonfim.
O empreendedor desenvolve todo o trabalho de arte no Brasil e conta com um parceiro comercial na Indonésia, que tem uma fábrica. Juntos, viabilizam os projetos. Dias Filho faz duas viagens por ano a Bali, onde costuma ficar um mês e meio.
A primeira coleção feita por encomenda foi para a Redley. No ano seguinte, a marca foi pioneira na apresentação de estampas de golfinhos e peixes, lançando a primeira coleção de cangas com referências trazidas da viagem do nadador à Fernando de Noronha.
A Bali Blue desenvolve produtos com desenhos do Flesh Beck Crew, imagens do cartunista carioca Marcelo Peixoto, imagens do fotógrafo Paulo Ferraz, desenho animado da Betty Boop e embalagens do tradicional e também carioca Biscoito Globo.
Coloridas, engraçadas, em estilo vintage e até infantil, Betty Boop tinha um jeito de garota independente e provocadora, com as pernas de fora. Carioca usa maiô, pega onda e sempre leva seu cachorrinho à praia.
Fonte – Economia Negócios & Serviços + Viagem domingo 30/09/2007
Jornal do Brasil edição 47 Raquel Abrantes
Salgueiro 1993
Carnaval como Fenômeno social e cultural
Cristalizou-se na imprensa e em muitos trabalhos de acadêmicos contemporâneo uma espécie de consenso, afirmando que o carnaval pode ser definido somente como um momento de loucura, de inversão de valores, de exageros e caricaturas. De acordo com esta forma de pensar, o evento carnavalesco poderia estar presente em qualquer momento da história da humanidade e em qualquer lugar do planeta. Onde houvesse festa, exagero, descontrole, bebedeira e , principalmente, inversão da estrutura social, haveria, por conseqüência, carnaval. Muitos estudos e pesquisas foram realizados “ confirmando “ esta premissa. Com isso , as bacanais , lupercais e saturnálias do mundo grego romano, adquiriram status de virtuais “ origens da festa carnavalesca “. As descrições de bebedeiras , exageros , inversão de papéis e descontroles presentes nestes rituais orgiásticos foram tomadas como “ provas “ definitivas da ascendência remota do carnaval. Outros estudos foram mais longe , no tempo e no espaço , e apontaram como marcos iniciais da festa carnavalesca , os cultos egípcios em louvor ao boi Ápis , as Sacéias da antiga Babilônia ou mesmo as remotíssimas festas de colheitas realizadas nas primeiras sociedades agrárias. A difusão desses conceitos no contexto do crescimento das pesquisas antropológicas na segunda metade do século passado abriria caminho para novas inferências que apontavam a existência de festas carnavalescas na cultura judaica, na China ou até mesmo entre os índios da Amazônia. A cristalização da ideia de que para haver carnaval bastava existir inversão , loucura e descontrole levaria a duas questões paradoxais. Por um lado, tornava–se plausível classificar como carnaval qualquer tipo de comemoração que contasse com a presença de bebedeiras, inversões de valores e exageros, tais como bailes funks nos subúrbios cariocas, festas juninas no Nordeste ou até mesmo certas comemorações de casamentos ou aniversários. Por outro lado , muitas das manifestações características dos carnavais do Brasil e do mundo , dificilmente poderiam ser consideradas como realmente carnavalescas. A notável organização do espetáculo das escolas de samba cariocas, a visível segregação dos circuitos carnavalescos de Salvador, as apresentações altamente regulamentadas dos Gilles, na Bélgica ou os carnavais “ folclóricos “ dos cantões suíços são alguns exemplos.
O que gostaríamos de ressaltar é que, apesar de intelectualmente confortável, o estabelecimento deste conceito “ milenarista “ do carnaval é bastante problemático . A festa carnavalesca , tal como a compreendemos atualmente - ou seja , uma série definida de eventos que ocorrem em dias pré-determinados - é produto da sociedade ocidental cristã que estabeleceu um período de penitências a quaresma - anterior à Semana Santa. A reunião de diversas comemorações nos dias imediatamente anteriores à Quarta feira de Cinzas – início das privações – acabou–se cristalizando no período conhecido como o de “adeus à carne“ , do "carne vale “ e , mais tarde , do “ carnaval “. Marcados por uma grande diversidade de comemorações, de acordo com o lugar onde se desenrolavam , estes “ dias de carnaval “ foram um campo fértil para as primeiras pesquisas folclóricas na passagem do século 18 para o 19 , adquirindo , a partir de então , a condição de festa popular por excelência e , por conseqüência , assimilando a ideia, muito difundida na época , de sua origem remota , longínqua , perdida em tempos imemoriais.
A ideia de um carnaval milenar é , portanto, um discurso construído com base num pensamento evolucionista, fundamentado pela chamada burguesia vitoriana. Entender a festa carnavalesca a partir desta construção é reduzi–la a uma série de causas e conseqüências que se iniciaram no início dos tempos, passaram por um período de esplendor e dirigem-se a uma decadência inexorável. Justifica-se, desse modo , a multiplicidade de discursos contemporâneos acusando os carnavais de decadentes, vulgares, excessivos e afastados de suas “ raízes verdadeiras “, sejam eles no Rio de Janeiro , em Nova Orleans, em Salvador ou em Nice, na França.
Nossa proposta é deixarmos de lado estas antigas formas de pensar e passarmos a compreender o carnaval como um fenômeno ligado à sociedade e à cultura nas quais ele se manifesta. Um fenômeno definido não somente pela presença de processos inversão, exagero e caricatura, mas principalmente pelo interesse da sociedade em investir na construção de um espaço/tempo festivo onde os conceitos de inversão, exagero e caricatura estejam em constante negociação. As diferentes formas de carnaval, em diferentes espaços e tempos, deixam de ser compreendidas como momentos numa seqüência linear , e passam a ser vistas como expressões da ação de múltiplos sujeitos e da tensão entre diversos olhares. As escolas de samba, por exemplo , são compreendidas não como o ápice das manifestações carnavalescas cariocas, em decadência a partir de uma época dourada situada por volta dos anos 60, mas como expressões sempre legítimas e privilegiadas de uma sociedade em constante transformação. A ascensão de novas escolas “ espetaculares “ e o apego de antigas escolas aos conceitos de tradição e raiz são expressões destas batalhas conceituais e partes de uma dinâmica que envolve interesses contemporâneos.
O chamado “ renascer “ do carnaval de rua carioca por sua vez , não pode mais ser descrito como uma simples reação popular contra a espetacularização do carnaval das escolas de samba mas como expressão de uma série de interesses – da imprensa , do turismo e , é claro , dos foliões das ruas , entre tantos outros – que lançam seus olhares sobre formas de brincar , que existem no Rio de Janeiro desde meados do século 19.
A sociedade e cultura são, deste modo , não o caldo ou o lócus das manifestações carnavalescas, mas metáforas das forças que agem e fazem existir o próprio carnaval.
Fonte – Revista Samba em revista / Revista do Centro Cultural Cartola - Agosto de 2009 Ano 1 n° 2 pág53 , 54,55 - Felipe Ferreira
QUE OUTRO ESPETÁCULO PODE SE DAR O LUXO DE EXIBIR UMA PROCISSÃO CARNAVALESCA EM QUE OS DESFILANTES POBRES E RICOS PAGAM SUAS PRÓPRIAS FANTASIAS ?
O desfile encanta o mundo inteiro exatamente por exibir o lado avassaladoramente dionisíaco e solar, numa época em que a maior parte da humanidade proclama–se lunar, sombria e triste, apesar de próspera - o caviloso drama dos países do chamado Primeiro Mundo, que eles próprios teimam em não reconhecer.
Mas , verdade seja dita , o show é mostrado no Sambódromo para um público privilegiado de turistas. Povão mesmo ( a não ser em parcela mínima, na cabeceira da pista ) não tem condições de disputar ingressos tão caros e cobiçados. Explico e justifico de imediato: a lei de oferta e da procura será sempre imutável, até porque os lugares são limitados pela essência do desfile, necessariamente curto em extensão. Muita gente reclama - e com certa dose de razão – que bom mesmo era o desfile antigo, em que todos podiam participar e no qual o povo comandava a festa. Outros , ainda mais saudosos , como por vezes eu mesmo, clamam aqui e acolá pela volta das fontes do samba ; pela expulsão das vedetes modernas e das top-models de fugaz arribação ; pela restauração do samba mais cadenciado; enfim , pela pureza do desfile. Tudo bem , tudo bem. Só que ninguém se dá conta , inclusive este renitente ( e imprudente ) saudosista, de que um show popular, quando atinge o patamar das escolas de samba do Grupo Especial ( a até do Grupo de Acesso ) , transforma-se em outra coisa . O inexorável caminhar do tempo configura outra realidade, que passa a não depender de certos valores. Isso pela cândida razão de existir um entrelaçamento de interesses que passa a ser intransponível, consolidado e interdependente: o turismo, a indústria de arte do carnaval ( que emprega milhares de pessoas ), a televisão , os patrocinadores , a rede organizacional das próprias escolas. os discos dos sambas de enredo, tudo isso .
Outra coisa: afirmar-se que as escolas de samba se constituem em poderosa ferramenta de inclusão social e de integração do negro na sociedade nunca me pareceu risível , nem muito menos inexato. O fato é que desde seu início, a escola de samba foi integradora. E o foi por um singelo motivo: ela era constituída exclusivamente por negros e mulatos. Ou seja, ela era a própria configuração da raça miscigenada carioca. A partir dos anos 70, a classe media do Rio começou a abrir os olhos e corações, quase sempre voltados apenas aos modismos, para o fenômeno que emergia das escolas de samba , conferindo-lhes a primazia das atenções nos desfiles públicos. O desfile das escolas de samba cresceu , como era de se esperar. E a classe média , que passou a apoiá-las , não se contentou apenas em ver a escola passar. Quis também integrar-se a ela.
O objeto de inclusão , portanto , passou a ser a classe média carioca. A comunidade negro-mestiça , proletarizada e majoritária nos desfiles por séculos , começou a admitir , a princípio lisonjeada e orgulhosa , os novos e até então estranhos brancos ( de classe média ) no samba. Este fenômeno, o de adesão do segmento social mais rico ao mais pobre, não me parece teoricamente nocivo . Ao contrário: propõe um pacto social , uma interinfluência conjuntural que fez o desfile das escolas crescer a um nível de maximização que observador algum , em sã consciência , poderia ter esperado décadas antes.
É claro que ninguém é tão ingênuo a ponto de imaginar que a manipulação das cifras astronômicas dos super desfiles possa permitir riscos aqui e acolá. Sim , há riscos. E sérios, como em todos os grandes empreendimentos . Afinal, as cifras dos desfiles envolvem dezenas de milhões de dólares, entre direitos de transmissão televisiva e ingressos caríssimos para admissão na arena do espetáculo. Mas o maior dos riscos , é claro , será o excesso de admissão – e inclusão – dos “ turistas “ ( em sentido amplo ) nas escolas, o que lhes subtrai o jogo estimulante da necessária explosão do duo canto-dança de quem desfila. Quanto à outra inclusão , a de destaques de luxo em carros alegóricos , tudo bem ( cabe observar , contudo , que negros ou brancos , personalidades das comunidades locais ou estrelas de televisão , ficam todos quase sempre imóveis ante o peso das roupas e adereços ).
Para concluir , quero registrar , que esta integração democrática fez brotar o seguinte comentário de dois sociólogos da Sorbonne, a quem ciceroneei anos atrás , no segundo desfile do Sambódromo , a pedido do meu amigo Darcy Ribeiro , então vice-governador do Estado do Rio: “ Um povo capaz de se organizar neste radioso desfile das escolas de samba , pelo puro exercício de dar-se apenas o prazer , será sempre um povo capaz de outros grandes feitos civilizatórios “, disseram em coro. Um exercício de futurologia , mas que todos nós esperamos que um dia se realize.
Fonte: Rio, Samba e Carnaval - 40ª Edição - 2011 - págs. de 33 à 36
por Ricardo Cravo Albin
PISO NA CASA BRANCA
Salário mínimo para
As filhas de Obama
- Washington -
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua esposa, Michele, tiveram empregos em que ganhavam salário mínimo antes de se formarem em direito: uma experiência, segundo eles, formadora de caráter que eles também querem que suas filhas adolescentes compartilhem. O presidente serviu sorvetes em loja da rede Baskin and Robbins, foi garçom em um condomínio para idosos e trabalhou como pintor. A primeira–dama foi atendente em uma loja de encadernação de livros.
- Acho que as crianças devem sentir na pele como é fazer este trabalho duro de verdade - disse Michele, em entrevista à Revista Magazine, que será publicada neste domingo. – Estamos buscando oportunidades para que elas sintam que ir trabalhar e ganhar um contracheque não é sempre divertido, não é sempre estimulante, não é sempre justo. Mas é assim que a maioria das pessoas faz todo dia.
Mas, se na juventude Michele e Obama moraram na casa da mãe da primeira–dama, dependiam do crédito estudantil para terminar a universidade e dirigiam um carro de US$ 1.000, conforme lembraram na entrevista, as filhas do casal vivem no conforto da Casa Branca apesar do esforço dos pais para manter Malia de 16 anos, e Sasha, de 13, longe dos olhos do público.
O presidente e a primeira–dama deram a entrevista para promover um encontro que a Casa Branca realizará no domingo para discutir políticas para ajudar famílias de trabalhadores.
Em fevereiro, Obama anunciou uma ordem executiva que elevaria o salário mínimo federal de US$ 7,25 por hora para US$ 10,10. Em abril, no entanto, a oposição republicana bloqueou a medida no Senado. Esta semana, o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) recomendou que os EUA aumentassem o salário mínimo para reduzir a pobreza no país.
Fonte – Jornal O Globo - sábado 21/06/2014
HISTÓRIA
O
Tratado que dividiu o mundo
Quando Cristóvão Colombo regressou de sua primeira viagem à
América, esteve em Portugal e informou ao rei D. João II que havia atingido as
Índias.
O soberano português desconfiando que essas terras já fossem
conhecidas pelos portugueses resolveu preparar uma expedição para percorrê-las.
A expedição entretanto, não chegou a partir. As duas nações entraram em acordo
e resolveram assinar, em 07 de junho de 1494, o Tratado de Tordesilhas.
Pelo Tratado de Tordesilhas ficou estabelecido que os
domínios portugueses seriam separados da
Espanha pelo mesmo meridiano situado a 380 léguas a oeste do arquipélago de
Cabo Verde.
Assim, as terras a leste desse meridiano pertenciam a
Portugal e as que ficassem a oeste da linha seriam da Espanha. O meridiano
chamado Tordesilhas passa pelo Brasil e corta seu litoral, ao norte, no lugar
onde depois foi fundada Belém, capital do Estado do Pará. Ao sul, o meridiano
passa em Laguna, no atual Estado de Santa Catarina.
Quando o Brasil foi descoberto, 6
anos depois da assinatura do Tratado de Tordesilhas, possuía um território
menor que o atual, pois a maior parte de
suas terras ficava a oeste do meridiano e portanto, pertencia à Espanha.
As bandeiras paulistas
ultrapassavam os limites do Tratado de Tordesilhas e, conquistaram para o
Brasil os atuais Territórios de Goiás, Mato-Grosso, Paraná, Santa Catarina ,
Rio Grande do Sul e parte de Minas Gerais.
Anos mais tarde, através de outro
Tratado, o de Madri, foram reconhecidas as conquistas dos bandeirantes e as
terras daqueles Estados passaram a pertencer ao Brasil.
Fonte Globinho junho de 1993
GASTRONOMIA
A AZEITONA
"A azeitona e a fortuna, às vezes muita, e às vezes
nenhuma“. Elas são quase uma
unanimidade. Grandes, pequenas, com ou sem
caroço, recheadas, verdes, pretas. Para muitos são o ponto alto de empadas, bolinhos de bacalhau e outras iguarias
portuguesas, saladas, na decoração de coquetéis. Se você já teve a oportunidade de colher
uma azeitona diretamente do pé, no
entanto, sabe que o sabor de azeitona in natura é intragável, bem
diferente a que estamos acostumados.
Antes de se transformar no ingrediente que enriquece nossos
pratos, o pequeno fruto da
oliveira ( que pode ser colhido verde ou
deixado amadurecer no pé, tornando-se
de cor escura ) é tratado para remover o sabor amargo original, enxaguado e curtido em salmoura por cerca
de 90 dias, com concentração de sal a
10% e depois a 6%.
Originária do Oriente Médio, sua história antecede os tempos bíblicos. Os gregos e egípcios consumiam grandes
quantidades de azeitonas. Na mitologia
grega, a deusa Atena ensinou os homens
a cultivar a oliveira e a apreciar seus frutos, extraindo deles o azeite. Os romanos difundiram a oliveira para todos
os países do Mediterrâneo, onde até
hoje o azeite de oliva tem papel de destaque na cozinha e 93% das azeitonas são
empregadas na produção do azeite.
Apesar de pequena, a azeitona é bastante
calórica, pois é composta de 25% de óleo.
Na região do Mediterrâneo estão hoje os maiores produtores
de azeitona, com destaque para a
Espanha. Parte das azeitonas que
consumimos aqui no Brasil, entretanto
vem de países como Argentina e Peru.
Entre as variedades de azeitonas encontramos a argentina
Arauco, a grega Kalamata, as espanholas Manzanilla, Picual e Hojiblanca e a peruana
Azapa, de textura macia e cor
roxa.
Além de ajudar a aumentar os níveis do bom colesterol no organismo, prevenindo doenças cardiovasculares, as azeitonas são ricas em vitaminas A e E, potássio e cálcio.
Fonte – Correio Carioca
20/06/2014
Nádia Lamas
O SANDUÍCHE
“BAURU"
Numa tarde de 1939,
um certo Casimiro Pinto Neto, mais conhecido por Bauru (nome da cidade onde morava), estudante da
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, saiu da escola louco por um sanduíche.
Tomou o rumo,
então, do velho “Ponto Chic“, restaurante de São Paulo, local de encontro da maioria dos
estudantes.
Chegou no balcão e,
ao invés de um sanduíche qualquer,
orientou o cozinheiro com esta inédita receita:
- Me faz aí um sanduíche. Mas, escuta, eu quero um sanduíche assim: quero queijo derretido,
rosbife e tomate.
Pronto. Estava
nascendo o bauru do Bauru. Os
frequentadores, experimentando a
invenção, passaram a imitar Casimiro
Neto. Chegavam no balcão e pediam: “Quero um sanduíche que nem o do Bauru“. O cozinheiro, claro, já sabia como prepará-lo.
Aos poucos o “sanduíche bauru“ foi sendo vendido não só nos
bares e lanchonetes de São Paulo como também nas outras cidades do Brasil.
Com o tempo, o
sanduíche sofreu algumas modificações.
O tipo mais comum leva o presunto no lugar de rosbife, acrescentando-se às vezes uma folha de
alface.
E você, já
comeu “um bauru“?
Fonte - Folha de São
Paulo Livro 4º ano
Débora Pádua Mello
O futebol desprezado
Os donos do século XX foram os EUA. Donos de tudo; do refrigerante ao cinema,
da segunda guerra à lua, mas sabiam pouco ou quase nada da jabulani da época – a bola do futebol. Na década de 20 – além das guerras, os países se enfrentavam nas olimpíadas, e o
futebol era apenas um detalhe nessa competição. Assim que terminaram os jogos
olímpicos de 1928, já estava estabelecido que a próxima competição, em 1932,
seria realizada nos EUA porém, a baixa
popularidade desse esporte naquele país fez com que o comitê organizador do
evento excluísse a modalidade das olimpíadas. Em razão disso, a FIFA, que já existia desde 1904, decidiu
que o futebol teria separadamente a sua confraternização quadrienal. Pronto, estava lançada a PRIMEIRA COPA DO MUNDO, que
aconteceu no Uruguai, em 1930, e os EUA – mandando em tudo, porém, sem
histórias nos campos de futebol, participaram e surpreenderam e chegaram até as semi-finais.
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A Jabulani não foi a
Primeira bola da discórdia
A Copa do Mundo da África não foi o primeiro torneio mundial em que a bola foi motivo de
muita polêmica. Na primeira Copa do Mundo, ainda reinava o amadorismo. Para se ter uma ideia, o país que entrava em campo, teria que
levar suas próprias bolas. No dia da grande final, entre Argentina e Uruguai, não se chegava
a um consenso sobre qual pelota utilizar, a trazida pela Federação Uruguaia
ou da Federação Argentina. O árbitro da
partida decidiu que no primeiro tempo seria utilizada a bola da Argentina e no
segundo rolaria a uruguaia. O
interessante disso foi que o primeiro tempo terminou 2x1 para a Argentina, e quando mudou a bola, mudou-se também o
placar a favor do Uruguai, que venceu a partida por 4x2, sagrando-se o
primeiro campeão mundial.
Fonte – Folha Zona Sul setembro/2010 pág. 19
DI Gianne Nunes
A HISTÓRIA DO RELÓGIO
O "despertador" mais antigo do mundo sempre foi o galo, essa ave esperta que, sabe-se lá porque, é capaz de cantar na mesma hora, logo de manhãzinha.
relógio de sol
Mas como precisavam saber as horas e carregar um galo não era lá muito prático, os homens começaram a inventar relógios. O primeiro deles foi o relógio de sol: a sombra do tronco de uma árvore vai mudando de lugar e dá uma ideia do passar das horas. Logo depois, em vez da árvore, alguém teve a ideia de fincar um bastão no solo: foi o primeiro medidor de tempo conhecido pelo homem. O aperfeiçoamento desta ideia foi gnômono: um obelisco (de pedra em geral) fixo num lugar certo e cuja sombra (criada pelo sol ou pela lua) se projetava no chão e marcava as horas, porque o solo fora dividido em períodos. Esse chão marcado teria sido o primeiro marcador do relógio.
relógio de azeite e relógio-vela
Para permitir a medição do tempo em intervalos menores e sem depender do sol ou da lua, o homem inventou o relógio de água: um líquido contido em um vaso ia escapando, gota por gota, através de um pequeno buraco. Na mesma época surgiu a ampulheta ou relógio de areia, que trocou a água por areia fina, que caía de um recipiente. E ainda com funcionamento parecido existia o relógio de azeite, formado por um recipiente de vidro, cheio de azeite, com uma escala horária. Quando aceso, o óleo ia sendo consumido e o seu nível, ao descer marcava as horas. Este relógio, além de marcar as horas, servia para iluminar as salas. Um outro relógio desse tipo era o relógio-vela, composto por uma vela com escala horária - as horas vão sendo indicadas conforme a vela vai diminuindo.
Pelo ano 850 da nossa era foi construído o primeiro relógio puramente mecânico que consistia em um conjunto de engrenagens movido por peso. E só em 1500 apareceu o primeiro relógio de bolso - na mesma época em que o Brasil foi descoberto.
Por volta de 1820 surgiram os primeiros relógios elétricos; logo depois, vieram os relógios com cordas automáticas.
Na busca de uma precisão cada vez maior para controle do tempo surgiram os relógios a cristal de quartzo. Estes relógios oferecem uma tal precisão que a diferença máxima que pode acontecer é de poucos segundos. E finalmente o homem fabricou o relógio atômico que é destinado a observatórios que não erram nunca - ou quase - e transmitem a hora exata para todo o mundo.
Fonte: Stela Lachtermacher
Folhinha de São Paulo
AS ESCOLAS DE SAMBA: O SIGNO DA BRASILIDADE
É este quadro cultural que dará origem ao que hoje é considerado um dos mais belos espetáculos da Terra - as escolas de samba, as quais, para além do espetáculo que oferecem, representam uma importante forma organizativa das camadas populares.
O termo "escola" é polêmico: o compositor e sambista Ismael Silva teria declarado ser o criador da primeira Escola de Samba, no Estácio de Sá. Inicialmente bloco, depois teria sido denominado "escola" por sua proximidade com a Escola Normal, antiga Escola Normal da Corte. Outra interpretação é que o nome "escola" derivaria não só da popularidade das vozes de comando dos tiros de guerra (Escola, sentido!), como da circunstância de se aprender e cantar o samba. Outra versão ainda é de que as escolas de samba teriam nascido para "ensinar o samba" e há, ainda, aqueles que acreditam que naqueles espaços haveria verdadeiros "mestres do samba", o que explicaria o nome "escola".
Para entender as possibilidades educativas da organização das escolas de samba, Arruda considera que a produção do saber e da cultura é um momento práxis social, parte do fazer humano de classes sociais contraditórias. E esta luta pela construção do saber e da cultura é um modo que encontram as classes populares para entrarem na história como sujeitos e cidadãos, já que as elites dominantes, como lembra o autor tentam reduzir os espaços educativos das classes trabalhadoras aos poucos anos que estas permaneceram na escola formal. Referindo-se às possibilidades de educação das classes trabalhadoras fora do espaço exclusivo da escola formal, nos espaços informais educativos, afirma Arruda:
"Há uma pedagogia em marcha. Na prática social enquanto prática produtiva, organizativa, se faz cultura, o povo se educa e se forja, se torna ser social consciente. Hoje há todo um vigor na sociedade brasileira, uma energia política que tem uma dimensão pedagógica e cultural."
Marcos Arruda
Metodologia da Práxis e Formação dos Trabalhadores
Rio de Janeiro
Extraído do livro " O SAMBA CONQUISTA PASSAGEM" de Cristiana Tramonte
O papel da cultura implícito em cada troca social.
A inteligência da complexidade deve ser capaz de promover os encontros, de aceitar as mestiçagens de ideias, culturas e raças no sentido de repelir os fechamentos, as disjunções e de promover o que Morin chama de "simbiosofia" - ou a sabedoria de viver junto. Também tem sentido essa capacidade proposta como Tolerância (lembrando Maffesoli) e Solidariedade, conceitos esses prontamente aceitos e compreendidos mas, ao mesmo tempo, de difícil realização na prática do cotidiano, onde são inúmeros os exemplos que assim os demonstram, dos mais inocentes e talvez até inconscientes, até os deliberadamente maldosos e agressivos.
A inteligência da complexidade deve ser capaz de promover os encontros, de aceitar as mestiçagens de ideias, culturas e raças no sentido de repelir os fechamentos, as disjunções e de promover o que Morin chama de "simbiosofia" - ou a sabedoria de viver junto. Também tem sentido essa capacidade proposta como Tolerância (lembrando Maffesoli) e Solidariedade, conceitos esses prontamente aceitos e compreendidos mas, ao mesmo tempo, de difícil realização na prática do cotidiano, onde são inúmeros os exemplos que assim os demonstram, dos mais inocentes e talvez até inconscientes, até os deliberadamente maldosos e agressivos.
Diálogo, palavra chave na alternativa para combater a barbárie, a crueldade, a miséria humana, no seu sentido mais autêntico, como propõe Buber. Autenticidade, que é a condição essencial para vivenciar o amor que é capaz de contaminar o outro com a verdade de cada um, onde é possível encontrar a verdade através da alteridade. Há, conforme salienta Morin, um valor inestimável na relação afetiva, sobretudo nas intercomunicações, que se desenvolvem continuamente e contribuem para o desenvolvimento da inteligência, através das trocas que proporcionam.
Edgar Morin, do seu livro "Terra Pátria" (1995)
Martin Buber, Yo y Tú (1969)
"Caminho do Saber Plural"
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