Uma reportagem publicada em revista de grande circulação nacional, chama a atenção pelas primeiras linhas.
Diz assim: O Brasil é do bem. Em dois anos o número de pessoas que dedica parte do tempo livre a trabalhos voluntários mais que dobrou.
Continua dizendo: Este batalhão de gente disposta a trocar horas de lazer pelo auxílio ao próximo não para de crescer! Estima-se que hoje, 2, em cada 10 brasileiros, são voluntários.
Raramente lemos notícias boas assim em nossos jornais e revistas.
Infelizmente essas notícias não vendem tão bem quanto as desgraças e as fofocas. Assim, acabamos ficando sem saber de dados importantes como esse.
Numa primeira leitura parece uma manchete de um jornal do futuro, de um futuro distante, quando nosso país e nosso mundo estivessem melhores.
Porém, descobrimos, com alegria, que isso está acontecendo hoje. As mudanças já estão aí, operando–se nos corações humanos, e fazendo da Terra um lugar melhor para viver.
Certamente que temos diversos problemas ainda, mas por vezes só falamos deles, só lemos a respeito de desgraças e mais desgraças, e isso vai nos deixando desanimados.
Há necessidade de saber também de tudo que vai bem, tudo que está melhor, tudo se transforma positivamente.
Enquanto apenas nos interessarmos em saber detalhes mórbidos desse ou daquele crime, desse ou daquele escândalo, é o que iremos ler e reler nas notícias.
A intenção não é a de nos mantermos ignorantes do que acontece, na realidade, como alguns poderiam argumentar, mas apenas a de equilibrar um pouco as coisas.
Toda essa enxurrada de notícias horripilantes e tristes tem gerado um efeito colateral nas almas humanas: o de deixá-las amargas, cabisbaixas, depressivas.
Noticiamos mortes violentas, assassinatos, mas, por vezes, esquecemos de noticiar as vidas salvas, as vidas que nascem exuberantes , as vidas que se renovam.
Noticiamos roubos, desvios de dinheiro, golpes. Porém, esquecemos de noticiar os gestos de filantropia que se multiplicam pelo mundo, as doações anônimas que promovem o bem estar humano.
Divulgamos as separações conjugais, o casa-descasa das personalidades famosas, mas deixamos de lado as histórias de amor sincero, as uniões duradouras, o verdadeiro amor de família.
E tudo isso vai nos dando uma ideia falsa de que o bem não existe, e de que o mundo está cada vez pior.
O bem precisa aparecer ! O bem precisa fazer alarde e quebrar esse vício humano de cultivar a desgraça.
Que possamos dar um basta ao sensacionalismo tolo, à fábrica de notícias ruins da televisão.
Sejamos os que fazem o bem, e também os que desejam saber do bem, e não apenas do mal que ainda existe como ferida exposta de ser curada.
Fonte - Revista SAARA informa - Momento de Reflexão
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