quinta-feira, 29 de junho de 2023

Tempo bom que não volta mais



Tempo  bom   que  não  volta  mais 

Sentir  saudades  e  voltar  no  tempo  e  reviver  momentos  que  marcaram  memória  e  ação 

Hoje  acordei  saudosa .Um desconforto , o tempo … Pessoas … Me senti  só  neste mundo de  agora . Minhas  referências  de  vida  vão desaparecendo . Lugares modificam-se . E  por  onde passei meus pés já não passarão mais .E outras coisas ,outro lugar ! Me peguei com uma enorme  saudade de  Hebe Camargo . Ligo a TV , onde  está  aquela  festa  que  era  o  programa  dela ?    Não  tem  mais …  E onde está  o Flávio Cavalcanti , tão estranho , tão eternamente  indignado ? Dedo  em  riste :  Um  instante ,maestro ! “ E o  arrastão  levou também  Elis Regina , moça de  talento maior , que não aguentou ser  ela  mesma  - era  muita  intensidade !  Saudade … Muita      saudade de  uma  TV  ingênua ,porém  decente .Tenho saudades dos  tempos educados ,em que o auditório era de  senhores e  senhoras ,e não de  galera .Tenho  saudades  de  Chico Anysio e sua  competência . De  Jair  Rodrigues  e  sua  inconsequência , que  faz  tanta falta ! 

E como  não tem  mais  graça a  Fórmula 1  sem  Ayrton  Senna . Que  em  vida , não sei por que , me lembra um  guerreiro  medieval .

E tenho uma  imensa  saudade  de uma  moça , meio caipira , ingênua , bonitinha , que  acreditava  nas  pessoas ,no  país ,acreditava até em  ter  coragem e  capacidade para  mudar  o  mundo.Tenho saudade de  sua  gargalhada  , do  brilho  do  seu  olhar … Era uma valente pessoa ! Tenho saudade , muita  saudade , dessa  jovem  que  era  eu . Que  tinha  um  futuro , que agora  , velha , só  tem  o  passado . Sim , tenho  saudade . 

Fonte  -   Revista  Ana  Maria   -   Crônica  da  Xênia 

16  de  janeiro  de  2015   -  pág  8











Berço da medicina mineira




 Berço da  medicina  mineira

Primeira  maternidade  de  Belo  Horizonte  será  restaurada  e  abrigará  centro memória  com  aparelhos  cirúrgicos  antigos 

O  PRESIDENTE  JUSCELINO  KUBITSCHEK  ( 1902 – 1976 )  e  os escritores  Guimarães Rosa  ( 1908 – 1967 )  e  Pedro Nava  ( 1903 -1984 )  foram  alguns dos  muitos médicos que já trabalharam na  Santa Casa de  Misericórdia de  Belo Horizonte .Mas a  história do complexo hos- pitalar começou ainda no século XIX . Para relembrar essa  trajetória , o prédio da  Maternidade Hilda Brandão , primeira da cidade , será completamente restaurado e abrigará um  centro de me- mória a partir de 2011 . Fotografias , documentos , aparelhos cirúrgicos , mobiliário  hospitalar  e  plantas arquitetônicas da época fazem parte do  acervo . Uma prévia será exibida até o dia 3  de outubro , durante a mostra de decoração  “ Morar mais por menos “, que está sendo realizada no local . 

O  prédio , em estilo neogótico , foi construído em 1916 . Ele se assemelha a um dos  primeiros hospitais conhecidos : o  francês  Hotel de  Dien , de 1443 , da Ordem  dos  Cavaleiros de  Malta . Tombado  pelo  Instituto estadual do  patrimônio  Histórico e Artístico de  Minas Gerais  ( Iepha ), estava desocupado desde 2006 , quando a  maternidade foi transferida para  o Hospital Emygdio  Germano  . “ A construção estava  decadente , com problemas hidráulicos e elétricos . Havia  in-filtrações , tinha  inundado tudo lá  dentro . Sem contar um dos forros do teto que quase caiu em cima dos bebês" , conta  Moema de Sousa  Carneiro , coordenadora da restauração e da organi -zação do centro de  memória . Segundo ela , um  elevador a  manivela , da época da construção, também sumiu , mas ainda antes de o edifício ser desocupado .

A  história da  maternidade e da  Santa Casa se confunde com a da  inauguração de Belo Horizonte , em 1897 . Segundo a  historiadora e vice - presidente do  Iepha , Maria Marta de Araújo , a  capital mineira era ocupada de forma irregular já nos  primeiros anos . “Isso fez com que doenças  se espa-  lhassem pelas ruas .A  iniciativa de criar a Santa Casa surgiu nessa época , mas foi  ideia dos  mora - dores , dos médicos “ , conta a  Historiadora . A alta mortalidade de  mães e  bebês também era um  problema , pois os partos eram feitos em casa .A maternidade deu  maior conforto às  mulheres,mas era destinada apenas  à população carente . “ As  pessoas mais  ricas não seriam atendidas ali , mas ajudaram na arrecadação de  recursos para a  construção , Dona   Hilda Brandão , esposa  do  pre- sidente do estado ,foi a principal incentivadora .Tanto que a  maternidade leva o nome  dela  “ , diz  Maria Marta  .

A  Santa Casa começa a buscar  patrocínio  para as  obras de  restauração a partir  de  outubro , após a  mostra de  decoração . Mas algumas  reformas já  foram feitas  nos  banheiros , na parte elétrica , na  escada e nas colunas do interior . A  fachada também está  o  tom terroso original . Para dar um  gostinho  das  próximas  restaurações ,  há  raspagens nas paredes do  hall que mostram  pinturas do início do  século  XX , feitas também no  anfiteatro ,onde eram dadas as  aulas  práticas de  cirurgia . 

Fonte  -  Revista  Em Dia -  pág 11 

Setembro de 2010


sábado, 24 de junho de 2023

Os feitos de Dr Arnaldo

 



Os  feitos  de  dr . Arnaldo  e  seus  seguidores 

Faculdade  de  Medicina  lança  livro  em  comemoração  aos  seus  100  anos  de  atividades  em  favor  da  saúde  pública 

Como parte do centenário da  Faculdade de  Medicina da  USP , foi lançado no dia de 6 de junho um  livro que retrata a  história e a  memória da  instituição , com  farto material iconográfico e histórico . A obra mostra a  própria  evolução da medicina no  Brasil  “A  Faculdade de Medicina  da  Medicina da  USP  teve  papel decisivo na formulação de políticas  públicas na  área  da  saúde , no desenvol -vimento de  novas  técnicas e na  produção do conhecimento  científico  nacional ,  tornando-se  o maior e principal centro  formador de  recursos  humanos em saúde no  Brasil  “ , afirma  o gover- governador Geraldo Alckmin , no  prefácio do livro .

A  publicação reúne , em seus  dois volumes  (  Da Faculdade de  Medicina e Cirurgia de São Paulo à  Faculdade de Medicina da  Universidade de  São  Paulo 1912 – 2012  : Conjunturas e Contextos e Departamentos da Faculdade de  Medicina da Universidade de São Paulo :  Memórias  e  Histórias) , uma  pesquisa  histórica detalhada , com  imagens  preciosas e  narrativas que  mostram o percurso  desta  instituição .

Organizado por  Maria  Gabriela Marinho e André Mota , o livro apresenta  diferentes olhares sobre  o projeto de institucionalização do  ensino  médico , da  pesquisa  científica e da  assistência à popu- lação no  Estado de  São  Paulo  e no País  e traz material inédito sobre o  Hospital das  Clínicas .

Para o  coordenador do  Museu Histórico da  Faculdade  de  Medicina , historiador  André Mota , trata-se de um projeto que nasceu da  conissão durante o ano realizou  pesquisas históricas e ico- nográficas para a edição do livro , como também criou uma  organização junto aos  departamentos para que estes pudessem escrever a sua própria história ,no segundo volume . " A ideia  foi  mostrar  interpretações oficiais , como também trazer material  historiográfico inovador sobre a  história da faculdade  " afirma . 

O reitor da USP, João Crandino Rodas , ressaltou a importância da obra, que leva o leitor a refletir sobre os  desafios enfrentados ao longo de um  século  , destacando o  papel decisivo dos protago- nistas dessa  história para superá-los em cada  conjuntura , e a  beleza desse projeto  visionário que hoje tornou-se  referência internacional . 

O  evento de  lançamento contou com a  presença do  secretário  estadual  de Saúde , professor  Giovanini  Guido Cerri , que na sua atuação como diretor da faculdade foi quem deu início à ela- boração do  livro . Osecretário aproveitou a  comemoração do centenário para lançar o Instituto de  Álcool e Drogas ,que será incorporado à unidade da faculdade de Medicina no bairro de Perdizes ,que hoje é um hospital auxiliar e será totalmente  renovado . " Com um novo prédio teremos um  centro de treinamento para  profissionais de  saúde e  uma unidade especializada para atendimento de usuários e dependentes químicos , como também um  centro de  formação de  recursos humanos para  a área de  dependentes químicos .Esse  centro já está em  fase final de projeto executivo e a unidade começa a ser  construída ao segundo semestre . " 

Outra  incorporação apresentada pelo  secretário é o  Instituto de  Oftamo e Otorrinolaringologia .Será um centro localizado atrás do  Prédio  Ambulatórios , próximo ao  Instituto de Psiquiatria da Facul - dade de Medicina .

A proposta para a  construção já  foi incluída na parceria  público-privada  do  Estado de São Paulo . O secretário  Cerrires - saltou que até o  início do segundo semestre deste ano já haverá um plano traçado e definitivo para o novo instituto.

Memória  - Comemorar o  centenário da  Faculdade de  Medicina da  USP é reconhecer a  figura central do  professor  Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho na organização do campo médico em  São Paulo , seja pelo longo  caminho trilhado em órgãos públicos ou pela sua  capacidade de liderar a  implantação das  instituições que  fundou  ou  dirigiu .

Entre  1916 e 1931 , a pedido do  dr. Arnaldo , a  Fundação Rockfeller  desempenhou um  papel fundamental na  organização da  vida científica do  modelo de  ensino e  pesquisa implantado como em  relação à sua infraestrutura  física e laboratorial . Nesse período a  escola concebeu e executou , com  recursos da   fundação e sob a  orientação de  dr . Arnaldo , a construção de um dos mais mo-  dernos centros de  ensino médio da época . 

Até o seu falecimento , em  1920 , aos 53 anos , víitima de  septemia , a escola dispunha de razoável autonomia no relacionamento com a  fundação ,decorrente de seu prestígio pessoal .Sua ausência abriu um período de grave crise institucional , com a  indicação de  sucessivos  nomes que se reve- zavam no  cargo por    curtos períodos .

A Casa de Arnaldo , como é conhecida  carinhosamente , foi criada em  1912 e implantada em 1913 . Tinha como principal objetivo se tornar , antes de  tudo ,um dispositivo  formador das elites e para tanto inserir nos   indivíduos que ali  ingressavam  conteúdos científicos e políticos .Segundo orien - tações de Dr. Arnaldo , o ensino deveria ter  base científica e experimental , com destaque para a  pesquisa e os  estudos  laboratoriais ,em contraposição ao modelo que predominava nas outras fa - culdades de medicina do País , com  aulas teóricas e ênfase na  clínica. No entanto , o prédio onde ocorreriam as  aulas práticas não  saía do papel .

O texto conta que as  memórias de  dr. Arnaldo , escritas pouco antes do seu falecimento , em  tom confessional e  amargurado ,consignavam as  derrotas e fracassos que se fizeram  presentes - quando das  tentativas de  viabilizar os projetos . Para ele , a construção das  chamadas  " clínicas "  viabi-  viabilizaria a  observação relativos às diversas  áreas do  ensino médico . Enquanto isso não ocorria , utilizavam -se as  enfermarias da  Santa Casa de Misericórdia . Em  1913 , no início das  atividades  ,  dr . Arnaldo preocupava-se com o  curso  de  Clínica  Médica porque não  existiam  instalações -propriadas para ministrá-lo .

Somente em  1931 foi  inaugurado o  prédio da  Faculdade de  Medicina , construído mediante re- cursos da  Fundação Rockefeller . Contudo , o  Hospital das Clínicas permanecia uma  incógnita .

Em meio a  cortes e restrições orçamentárias , deu-se o  lançamento  da  pedra fundamental do  HC em  18 de setembro de  1938 ,sendo inaugurado em  1944 .

Departamentos  -  As  memórias e  histórias dos  departamentos recebem pela pri-meira vez um tratamento adequado .Segundo Mota , o segundo  volume traz uma  nova  perspectiva  histórica , reunindo a  memória dos  departamentos  sobre  a Faculdade de  Medicina , em que profissionais das mais  diversas  especialidades compõem uma  nova narrativa histórica . "  Uma operação coletiva dos  aconte-cimentos e das  interpretações do  passado vista sobre  diferentes ângulos  " , reflete  Mota .

É um  material elaborado por  professores e  pesquisadores ligados a 17 departamentos , que tiveram como meta  resgatar a  história do  campo de sua  especialidade  médica a partir do surgimento da  Faculdade de  Medicina  até a inauguração do  Hospital das  Clínicas , em  1944 , alguns  marcos institucionais e de complexidade da  área do  campo do  ensino ,da pesquisa e da  assistência entre as décadas de  40 e  90 e , finalmente , um quadro da  conjuntura atual da vida departamental .


Fonte  -  JORNAL  DA  USP  -  COMUNIDADE 

De  18  a  24 de  junho de  2012   -  pág 7  - EVENTO






 

 

Adolfo Lutz

 



Adolfo  Lutz

Nasceu no  Rio de Janeiro , em 18 de dezembro de  l855 . Estudou na Suíça , formando-se  em  Medicina de  1879  , tendo realizado , também , cursos de  especialização nos principais  labora -tórios da  França , Alemanha e Inglaterra .

Recém formado ,instalou-se no  Catete ,em um prédio que servira , ao mesmo tempo ,como Escola Suíço -Brasileira e  residência dos pais . Uma das primeiras providências de Lutz  foi validar o  seu diploma , apresentando na  Faculdade do Rio de Janeiro a  tese de  Doutoramento que  acabara de defender.Depois  de uma  tentativa frustrada de se estabelecer em  Petrópolis , no primeiro semestre de 1822 ,Lutz transfere-se para  Limeira,interior do Estado de São Paulo , onde acabara de  mudar sua  irmã Luci .Nesse município ,realizaria  importantes pes -quisas e escreveria  trabalhos  pioneiros em  Medicina e veterinária . 

Adolfo Lutz chegou em Limeira ,em junho de 1822 ,e lá permaneceu até março de  l885 . Ganhou em Limeira  grande reputação como clínico e exímio diagnosticador , atendendo as fazendas e  re- regiões distantes . 

Procurou sempre não  perder o  vínculo com a  Medicina europeia e voltou -se  sobretudo ,  aos estudos de  parasitas e assim seus  trabalhos marcam o  nascimento de  helmintologia ( estudos dos vermes ) ,como  disciplina autônoma na  Medicina .

Indicado por um  professor da  Suíça e a convite do Governo do Havaí foi cercear um leprosário no  Havaí , pois já era famoso por seus estudos com  lepra.

Lá estudou também e pesquisou helmintíase em animais domésticos e resultou na sua pesquisa mais importante na área :  trabalhos sobre  Schitossomose Manzoni .

Em  março de 1885 Lutz deixou  Limeira para trabalhar em uma  clínica fundada em  Hamburgo – Alemanha , chefiada pelo  dermatologista  Paul  Jerson  Unna .   

Voltando ao  Brasil ,mudou-se de Limeira para São Paulo . No fim de 1888 já havia tratado de 250 vítimas de  lepra , acompanhando cerca de  cinquenta por longo período . Havia  cerca de  dez mil doentes no  Brasil , a maioria  em  São Paulo .

Havia  também a  febre amarela , que devastava , a  população  Brasil  adentro . Produziu em  1889 , a  vacina  antrimalárica . Durante . Durante a  epidemia quase não restavam  médicos para atender  à população . Os  que  não  morriam  fugiam  de  medo do  contágio . 

O Governo foi  obrigado a trazer de  outras cidades  médicos para  enfrentar a crise e  Lutz foi um deles . Permaneceu em  Campinas por apenas dois  meses , no  auge  da  epidemia .

Em  junho  embarcou para o  Havaí , com escola em  Hamburgo . Distraia -se fazendo excursões  para  estudar  flora e  fauna da ilha  , e  entomologia  ( estudo  dos  insetos ) , base do seu  futuro como  sanitarista . 

Amy foi  uma  enfermeira  inglesa , na  época estava nascendo o  estudo de enfermagem , que foi fazer  missões para o Governo inglês no  Havaí . A convite do  Governo foi trabalhar no leprosário junto  a Lutz.

Após um  ano casaram-se e tiveram dois filhos . Bertha ,mais taqrde  naturalista do Museu Nacional e Gualter , futuro  Professor  Catedrático de  Medicina Legal  da  Faculdade de  Medicina do Rio de Janeiro . 

Voltaram ao  Brasil em  janeiro de 1893 , com a  notícia do falecimento da mãe  Mathilde Oberteuller Lutz ,em 11 de janeiro . Seu pai  Gustav já falecera em 1891 . 

Em  18  de  março de  1893 . Adolfo Lutz foi  nomeado  subdiretor do  Instituto  Bacteriológico .

Pela  primeira vez o Governo estava interessado em  assumir o  problema de saúde da  coletividade , assim  criou o  Serviço  Sanitário do  estado de São Paulo . 

Foi  efetivado como  Diretor do Instituto em  18 de  setembro  de 1895 .  Exerceu por 15 anos até  transferir-se para o  prédio  construído ao  lado do  Hospital de  Isolamento , que até  hoje é  o  Hospital  Emílio  Ribas .

Juntamente com  Oswaldo cruz , estudou ofidismo ( estudo do  veneno de  serpentes ) e criaram a  fazenda do  Butantã ,depois  Instituto  Soroterapia de  São Paulo e  hoje  Instituto  Butantã .

Permaneceria  muitos anos na  Fazenda  Butantã . Em 18 de  agosto de  1907  foi contratado pelo Governador do Pará  ,  para ir a  Belém  estudar a  doença que afetava o  gado , conhecida como o  mal das  cadeiras , mal  das  ancas ou  quebradouro , que foi uma  epidemia  até  1886 ,  quando quase  todo  o  gado  acabou  extinto .

Em  190 , já com mais de  50 anos , Lutz  ingressou no  Instituto  Oswaldo Cruz no  Rio de  Janeiro , iniciando a  terceira fase de  sua  vida  profissional , dedicando-se  inteiramente  à  Pesquisa .

Embora  tardiamente ,esta  foi a  fase  mais  longa  de  sua  vida , pois ,nas outras ,foi acima de tudo um  clínico e passou um  período  à  frente do  Instituto Paulista.

Ficou  na  pesquisa  científica  até sua morte . Ressalta-se , também a  criação da  Sociedade  Bra- sileira de  Dermatologia emn 4  de  fevereiro de  1912 ,com  Lutz e mais  dezessete médicos do Rio de  Janeiro .

Reuniam-se  regularmente no  anfiteatro da  Santa Casa de  Misericórdia até 1922 ,para depois irem para o auditório do Colégio Brasileiro dos Cirugiões ,em  Botafogo  .

Adolfo  Lutz  faleceu em consequência de uam pneumania , pouco antes de completar 86 anos , em  6 de  outubro de  1940.

Três semanas após seu falecimento , o  Instituto  Bacteriológico de  São Paulo , que fechara as portas entre  1925 e 1931 , foi  reinaugurado solenemente por ordem do Interventor  Dr. Ademar Pereira de Barros , com o nome de  Instituto  Adolfo Lutz .

Em  1943 os  laboratórios no  interior de São  Paulo , pertencentes ao então  Serviço de Policiamento de Alimentação Pública , tornaram-se todos laboratórios regionais do  Instituto . 

Adolfo  Lutz foi  praticamente o  introdutor da  zoológica médica , da  helmintologia , e que fez com que  a  faculdade de  Medicina passasse a  ter em  seus  quadros  zoólogos , que  na época só mos- travam  possíveis suposições  de  que  existiam  parasitas. Com  seus trabalhos toda a  evolução que se constatou na  ciência e no  Ensino  Médico foi  completamente  revisado e , em  1942 passaram a  existir  cadeiras  próprias de  parasitolóogica médica e , automaticamente , uma  disciplina de hel - mintologia sobre o  estudo  dos  vermes que causam  problemas  para  o  ser  humano . Sua  con-tribuição foi imensa  e  um  marco  na  introdução  da  Medicina , praticamente de toda  atividade  sanitária do Estado de  São Paulo .

Sempre  que houver  assunto  de  saúde  sanitária da  população  , terá  que se  citar o  primeiro  sanitarista  : Adolfo  Lutz .

Fonte   -   Folha  do  SERVIDOR  PÚBLICO  -   ACADEMIA  DE  LETRAS  ,                          CIÊNCIAS  E  ARTES   -    Dezembro  -  2016  -  pág 22 -  Edição  287 -  Por

Ary  Domingos  do  Amaral  , Cadeira   nº   4  de  Ciências



sexta-feira, 9 de junho de 2023

 



É  proibido  ser  negro e inocente 


Nas  costas  não …

Sou  inocente , tenha  clemência ! 

Estou  no  chão e  sem  entender .

Porque  esse  ódio  só  faz  crescer .


É  bem  difícil  ser  inocente 

O  nosso  temor  é  ficar  frente a  frente .

De  quem  comanda  e  não  fala  nada .

E  quem  dirige  só  passa  a  mão  na  cabeça e

não   age  com  razão .

De  quem  suplica  e  quer  atenção.


Por quê  tanta  fúria , ninguém explica .

Foi assim  é  agora  , mas  não será para sempre .

Deus  é  Pai  e  Onipotente e  está sempre presente.

Irmãos  que  lutam  pela  nossa  libertação .

Sei que um dia  nos  libertarão .

De  tanta  maldade  e  condenação .


Quem  cala  ...consente sem  dar  opinião .

O  ontem  é  agora  pra  alcançar  salvação .

São  muitos  que  se  unem  pra  romper  as

correntes  da  escravidão .

Enraizada  nas  mentes  de  quem  quer  divisão .

Vamos  mostrar  ao  mundo  que  temos  razão .

O  povo  unido  encontrará  solução .


Fonte  - Profa de Matemática  , Psicopedagoga , Gestora

de  Comunicação ,  Produtora ,  Escritora