Espaço Consciente
Diante da crise
hídrica que se alastra pelo
país, a situação
exige
Ações coletivas e
integradas, por prazo
indeterminado
Apesar da chuva que algumas regiões do Brasil vêm presenciando
nos últimos meses, pesquisadores já
constaram que estados como São Paulo,
deverão sofrer com a falta de água e o racionamento, muito antes dos períodos que se previa (conforme os históricos registrados em anos
anteriores). É claro que todo volume
de água que tem caído até aqui tem ajudado os melhores níveis dos reservatórios
e mananciais, mas nem de longe a chuva
sozinha teria o “ poder “ de regularizar todos os sistemas dos reservatórios e
mananciais espalhados pelo País. Os motivos para que essa crise tenha se
alastrado estão ligados principalmente ao desmatamento desenfreado, ao desperdício descomunal da água (que chega a 70%, somente por parte do agronegócio e das
indústrias e empresas que utilizam a água em seus produtos, conforme dados do Instituto Akatu) e a falta de investimento em infra
estrutura para retenção, encanamento e
manutenção dos esgotos e canais (responsáveis por 40% dos vazamentos).
“Ações não foram tomadas com antecedência para evitar que
se chegasse a esse ponto “, explica
Tales de Campos Piedade, professor e
geógrafo do Paraná, a respeito da
complexidade da questão. “ Sendo assim, de imediato, a solução é
racionar o abastecimento. Para
isso, é preciso que a população
pratique o uso mais racional da água,
além de buscar meios de armazená-la em suas residências “, acrescenta.
CONSCIENTIZAÇÃO
A necessidade de economizar água tornou-se imprescindível e
vai precisar ser incorporada à cultura e à educação inclusive das próximas
gerações, segundo especialista. “Todos precisam aprender formas mais
econômicas de consumir e descartar a água. Afinal, a seca vai continuar e
a falta de energia fará parte disso, já
que por parte das hidroelétricas (responsáveis por 70% da produção), a
energia passará a ser extraída da combustão de produtos orgânicos, o que repercutirá no aumento da poluição e
das contas de luz no bolso do consumidor“, afirma Gabriela Yamaguchi, gerente de comunicação do Instituto
Akatu. Não temos escolha, senão poupar!
Fonte - Revista
PACHECO pág 32
ano 2017
POR ELAINE MEDEIROS
Mudanças
climáticas e os impactos
no dia a dia
MEIO AMBIENTE
Há décadas o Planeta
Terra vem sofrendo influências em seus ciclos naturais por causa das
mudanças climáticas que afetam agricultura, o período das chuvas e as
estações do ano. Vários fenômenos naturais provocaram catástrofes nos últimos
anos como tsunamis, tufões, furacões, tornados, tempestades e a seca. Em cada lugar do Estado uma situação
climática diferente.
Nesse processo de transformação, que é resultado de várias questões, entre elas a não preservação do meio
ambiente, estamos passando por um longo
período de estiagem, com
importante impacto nas reservas de água
que abastecem a população da cidade e do interior de São Paulo.
Conforme informação do Departamento de Águas e Energia
Elétrica, “a água que estamos
utilizando tem origem dos mananciais cada vez mais escassos e distantes, sendo captada, tratada, transportada e distribuída com todos os requisitos de salubridade."
A disponibilidade renovável de água doce nos continentes pode ser estimada em
porcentagens conforme segue : África ( 10 % ), América do Norte ( 18 % ),
América do Sul ( 23 % ), Ásia ( 31,60 %
), Europa ( 7% ), Oceania ( 5,30 % ),
e Antártida ( 5% ). Em relação a essa
disponibilidade da água no mundo,
podemos ver o quanto é privilegiada a situação do Brasil; dispomos de 12 % de toda água doce do
planeta.
No Estado de São Paulo
encontra-se 1,6% da água doce brasileira.
Mesmo com números tão positivos estamos passando por um
período de preocupação em que é fundamental adotar novas posturas para refazer
os hábitos de consumo, com
direcionamento para a economia da água potável.
A economia de água deve ser uma prática constante na
residência, local de trabalho e de
lazer. A água é única para abastecer a
residência, as repartições públicas,
escolas, hospitais e também os locais de lazer. A mudança de atitude deve ser realizada por todas as pessoas, em todos lugares. Confira a seguir dados e dicas do DAEE e
SABESP.
Para economizar água no seu imóvel
- Só use a lavadora de roupas em sua capacidade total e no máximo 3 vezes por semana.
- Durante o banho, feche o registro ao se ensaboar.
- Use a vassoura, e não a mangueira, para limpar calçada e quintal.
- Use balde e pano para lavar o carro em vez de mangueira.
- Feche bem todas as torneiras da residência.
- Limpe os restos de comida de pratos e panelas antes de lava-los.
- Mantenha a torneira fechada ao ensaboar a louça.
Economize água no local de trabalho
- No banheiro, mantenha a torneira fechada enquanto escova os dentes.
- Não utilize o vaso sanitário como lixeira.
- Não aperte a descarga mais tempo que o necessário.
- Use álcool gel para a higiene das mãos.
Fonte: Folha do Servidor Público - pág. 9 - Jan/2015
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