Armadilhas virtuais. Metro Jornal dá dicas de como você pode identificar fake news e boatos que circulam em correntes e não colaborar para espalhar mentiras.
A tecnologia que serve para levar informações até as pessoas também serve, a cada dia mais, como ferramenta de compartilhamento das chamadas fake news (ou notícias falsas, em português).
Nas redes sociais, todo mundo já recebeu uma notícia mentirosa, exagerada ou mal intencionada a respeito de qualquer assunto: política, saúde, religião.
Dias após a morte da vereadora Marielle Franco, no dia 14, no Rio de Janeiro, se espalhou pela rede uma onda de boatos sobre ela – desde que tinha relacionamento com traficante até que foi eleita pelo Comando Vermelho – todos desmentidos. O tema ganhou ainda mais força a semana passada com a revelação do uso para fins políticos dos dados dos perfis de 50 milhões de pessoas no Facebook.
Neste 2018 – mais um ano eleitoral - as fake news devem se tornar ainda mais frequentes no dia a dia do brasileiro. Para ajudar na identificação de possíveis fake news. Tai Nalon (diretora executiva do Aos Fatos) e Edgard Matsuki (editor do Boatos.org) ajudaram o Metro Jornal a elaborar dicas para serem usadas na checagem da veracidade de qualquer notícia.
TÍTULO / ASSUNTO / COMEÇO DO TEXTO
Preste atenção no título dado ao texto. É algo sensacionalista? Trata-se de um assunto muito grave, ou traz palavras alarmistas como “atenção“, "alerta“, “cuidado“? Se sim, esta pode se tratar de uma notícia falsa. Vá além do título e leia a reportagem completa, afinal, uma notícia precisa de profundidade para ser compreendida e só ler a chamada pode induzir o leitor a fazer uma interpretação equivocada. Além disso, fake news costumam começar com pedidos do compartilhamento, algumas vezes acompanhados por frases do tipo “compartilhe antes que deletem“ ou “as autoridades não querem que você saiba disso“.
PESQUISA EM OUTROS VEÍCULOS DE MÍDIA
Quando acontecimentos graves, escandalosos ou de muita relevância ocorrem, dificilmente não são notificados por diversos portais. Por isso, verifique se a recebida existe em pelo menos mais dois jornais ou revistas confiáveis mesmo quando um jornalista “dá um furo“ (notícia exclusiva), não demora muito para o fato ser noticiado também em outros canais.
DATA / URL DA NOTÍCIA
Matérias compartilhadas em redes sociais costumam vir acompanhadas por links que levam a sites onde o texto teria sido originalmente publicado. Verifique se a URL, (endereço) do site é confiável – muitas fakes news são postadas em sites que têm endereços obscuros ou intencionalmente parecidos com os de veículos conhecidos, só para enganar o leitor. Além disso, também podem vir acompanhados de logos idênticos aos de jornais ou revistas confiáveis. A data da publicação também deve ser observada, já que uma notícia antiga pode voltar a circular tempos depois , fora do contexto original. Há ainda, as estratégias da ausência de data (que ajuda a fazer o boato circular a qualquer momento) e da falta de assinatura do texto.
ESTILO DO TEXTO
O estilo do texto deve ser avaliado notícias falsas costumam ser carregadas de hipérbole, adjetivos, termos pejorativos e linguagem parecida com a que escrevemos mensagens no WHATApp. Erros ortográficos e de concordância também são comuns em fake news. Isso mostra que não houve cuidado na apuração nem na escrita do texto, o que geralmente não acontece nas publicações de órgãos oficiais de de veículos de mídia.
FONTE
Confira de onde o autor afirma ter retirado informações dadas no texto, afinal, opinião não é notícia. Há fonte citada ? Se sim, é uma pessoa ou veículo com credibilidade no assunto? Muitas fake news vêm atreladas a blogs ou páginas de redes sociais sem essa credibilidade. Além disso, muitos boatos exibem números associados pesquisas – verifique se elas foram realizadas por instituições confiáveis.
Fonte - Jornal METRO - BRASIL PÁG 6
Rio de Janeiro , segunda-feira , 26 de março de 2018
Como lidar com a Nomofobia ? Você é nomófobo ? Será ?
Nomofobia é uma doença relacionada à dependência da comunicação digital, especialmente por celulares. É uma doença psíquica, que vem sendo estudada por muitos especialistas no Brasil e no mundo. O nome tem origem inglesa: No-Mo ou No-Mobile .
A nomofobia afeta vários aspectos da saúde e atrapalha diretamente o processo de aprendizagem em sala de aula, porque os alunos ficam ansiosos em receber ou postar mensagens, sem conseguir tempo de concentração suficiente para aproveitar uma explicação ou participar de uma atividade sem olhar no celular.
Alguns psicólogos ainda tratam o tema na área das relações socioafetivas dos jovens de 17 a 21 anos, que já consideram o celular como ferramenta essencial para os relacionamentos pessoais, familiares e estudantis.
A fobia causa nas pessoas medo ou pânico de ficar sem celular, com reações que vão desde suor frio até taquicardia.
Para saber se você sofre com a nomofobia, confira se tem algumas das características:
1) Deixa de realizar sua tarefa profissional, estudantil ou de lazer e opta por só ter relacionamentos on line?
2) Se esquecer o celular, volta de qualquer lugar para buscá-lo?
3) Mantém o celular na mão por 24 horas, mesmo quando dorme deixa bem perto do corpo?
4) Mantém a bateria do celular sempre carregada e tem uma reserva, caso necessite?
5) Não consegue ficar em lugares que restringem o uso de celular?
6) A cada dois minutos olha o celular?
Bom, se você tem alguma atitude acima, ou todas, cuidado porque está dentro do quadro da nomofobia, que inclui inicialmente o aumento da ansiedade, mas com o tempo traz outros transtornos tais como a falta de concentração, alterações de humor, depressão, etc.
Gostar de celular não é sinônimo da doença, a dependência sim. Para isso é necessário a intervenção de um profissional, como o psicólogo que possa estabelecer algumas medidas para evitar a doença nas crianças, jovens e adultos.
O que fazer?
Algumas medidas são comuns entre os especialistas, que serão gradativas:
1) Fazer uma atividade física sem levar o celular;
2) Criar uma agenda com atividades que não permitam o uso do celular como ir a peças de teatro, cinema, sala de aula, estudos em bibliotecas etc.
3) Traçar uma meta de ficar sem olhar no celular por algumas horas do dia.
4) Buscar ficar um dia sem celular e, nesse dia, programar muitas atividades que envolvam concentração e aprendizagem (ler um livro, participar de uma palestra).
Acima, são dicas simples de quem ainda não está doente. Quem sofre com a nomofobia precisa mesmo de acompanhamento psicológico.
Fontes : Nomofobia : Será que você tem e não sabe ? , Christine Lima ; Cadê meu celular ? Roberta Medeiros ; Revista Ppsiquê e www.academia.edu/477 1852/Nomofobia .
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