Em junho de 1983, as primeiras imagens da Manchete tinham um tom futurista, com o pouso de uma nave espacial no Rio. O slogan “A TV do ano 2000“, hoje parece ironia: a rede chega à virada do milênio em sua mais profunda crise.
A trajetória da Manchete foi marcada por idas e vindas. Sua programação ora apostava na sofisticação ora no popularesco. Nessa gangorra, a dívida só cresceu. Criadora de programas de vida curta, como Vila do Tiririca, Circo Alegre e Raio Laser, a Manchete também teve glórias. Veja a seguir, os fatos mais marcantes da emissora.
5 de junho de 83: Entra no ar a Manchete. Para atrair os públicos A e B, Adolpho Bloch investiu US$ 50 milhões em equipamentos, jornalísticos e filmes inéditos. Novelas não estão nos seus planos.
Fevereiro de 84: Bate a Globo pela primeira vez, com exclusividade na cobertura dos desfiles de carnaval no Rio.
Agosto de 84: A Marquesa de Santos é a primeira mini série da emissora, com 7 % da audiência.
Janeiro de 85: Clube da Criança, que lançou a manequim XUXA na TV, conquista o público infantil.
Abril de 85: As séries Xingu e Japão ganham elogios: a emissora investe em qualidade, nem sempre sinônimo de lucro.
Julho de 85: Estréia a primeira novela do canal, Antônio Maria, e o seriado Tamanho Família. Nenhuma emplaca.
Setembro de 85: Descontente com o faturamento e audiência, Bloch aprova programas populares, como os humorísticos do casal Carlos Eduardo Dollabela e Pepita Rodrigues e de Miéle.
Fevereiro de 86: O prejuízo da emissora desde a estréia é estimado em US$ 80 milhões. A dívida beira US$ 23 milhões.
Julho de 86: Com Maitê Proença, toque de erotismo e custo de US$ 2 milhões, a novela Dona Beija consegue feito inédito, com média de 15% dos televisores ligados. Na linha das produções de qualidade, lança Cinemania, de Wilson Cunha.
Setembro de 86: Funcionários da emissora entram em greve por salários .
Dezembro de 86: José Wilker assume a direção de dramaturgia e lança , em março , a novela reportagem Corpo Santo.
Abril de 87: Com a perda de Xuxa para a Globo, a Manchete lança Angélica , de 13 anos, no infantil A Nave da Fantasia.
Junho de 87: A linha de shows ( humor e musicais ) é desativada. Cem funcionários são demitidos.
Agosto de 87: Adolpho Bloch confirma sua intenção de vender a emissora.
Janeiro de 88: A dívida da rede chega a US$ 34 milhões.
Agosto de 88: Volta a linha de shows. Entre as 19 atrações que estreiam, estão a novela Olho por Olho e o humorístico Cadeira de Barbeiro, com Cacá Rosset e Lucinha Lins.
Julho de 89: Estréia Kananga do Japão, com Christiane Torloni e Raul Gazzola.
Setembro de 89: Com Documento Especial começa o investimento em programas polêmicos e sensacionalistas.
Janeiro de 90: Aberta a sede paulista, investimento de US$ 25 milhões.
Março de 90: A um custo de US$ 8 milhões, é lançada Pantanal. A novela, que privilegia natureza e banhos de rio, dá m bote no Ibope. Bate a Globo, passando dos 30 pontos, e o faturamento para US$ 120 milhões.
Julho de 90: O Banco do Brasil embarga os bens da emissora , para garantir o pagamento de US$ 60 milhões em dívidas. Calcula-se que, para muitos credores a Manchete deva outros US$ 60 milhões.
Dezembro de 90: Estréia a novela itinerante. A História de Ana Raia e Zé Trovão. Em dez meses percorre 14 mil quilômetros, custa US$ 8 milhões, mas não repete o sucesso de Pantanal. Chega a 16 pontos no Ibope.
Agosto de 9: É noticiada a suposta venda da emissora para o empresário Paulo Octávio, não se concretiza.
Outubro de 91: Tentando recuperar o sucesso de Pantanal, é lançada Amazônia. Seis meses e US$ 14 milhões depois, poucos notam quando a trama chega ao fim.
Junho de 92: Demissão de 670 funcionários.
Março de 93: A IBF não paga a parcela da compra nem das dívidas. Empregados em greve põem no ar slide denunciando o atraso de salários desde dezembro.
Abril de 93: Os Bloch reassumem o controle, após medida cautelar.
Julho de 93: Grevistas tiram a Manchete do ar.
Maio de 95: Os bens da emissora são novamente embargados pelo BB. Só em cheques sem fundo chega a US$ 13 milhões.
Outubro de 95: A novela Tocaia Grande marca o retorno da emissora à dramaturgia.
Setembro de 96: ”Xica da Silva “ (auge ) chega aos 14 pontos no Ibope.
Outubro de 98: Com salários atrasados, tem início nova greve. Demissão de 600 funcionários e extinção de 6 programas. Brida sai do ar. Previsão de faturamento no ano é de 20 a 30 % menor que o do ano anterior, que foi de US$ 80 milhões.
A história de outros canais
Dívidas milionárias, atraso de salários, pendengas judiciais, cancelamento de produções , pressões políticas , má gestão e incêndios. Na história das crises da TV brasileira, emissoras repetem uma rotina em que muitas são extintas.
Uma estação não morre, definha, dizia o ex-chefão da Globo Walter Clark. Essa lógica marcou casos clássicos.
Tupi
Primeira emissora brasileira, criada em 1950, foi extinta às vésperas de completar 30 anos. Rubens Furtado, diretor –geral da emissora entre 70 e 78, enumera possíveis causas de sua extinção: crescimento anormal da Globo, falta de atualização com o mercado, má gestão, crise de crédito no fim dos anos 70 e gradativa falência do impérios Assis Chateaubriand.
Á 18 anos, também especulavas-se que a ditadura olhava com desconfiança o império do dono da Tupi e não teria feito resistência à diminuição de seu tamanho, ao cancelar a concessão do canal. O canal foi repassado para Adolpho Bloch e Sílvio Santos assumiu a dívida trabalhista, de R$ 5 milhões com 700 funcionários. Até agora, deu um calote nos exs-Tupis.
Continental
Líder da cobertura esportiva nos anos 60, foi despejada em junho de 70. Ficou reduzida a um caminhão de externas. Não raro fora do ar e com pedidos de falência, acabou cassada pelo governo em fevereiro de 1972.
Excelsior
O grupo que controla a Panair ( empresa aérea ) e a Comal ( de café ) lança o canal 9 em julho de 1960 e, em 62 inflaciona produções e salários do mercado. Com o golpe de 64, tudo muda. A Panair fale e a TV afunda. Em 66, sofre o primeiro incêndio da TV brasileira. Em janeiro de 67, dois meses sem salários enfurecem seus empregados. Em 69, há 16 pedidos de falência. O grupo tenta repassar o canal e é impedido pelo governo. Em julho de 70, um incêndio destrói estúdios.
TV Rio
Lançada em julho de 55, pelo dono da Record, Paulo Machado de Carvalho, manteve a liderança até perder estrelas para a Excelsior em 62, e técnicos para a Globo, em 65. Empresa familiar, com gerência por vezes amadora ( vendeu anúncios em troca de produtos), foi mal vista pela ditadura por ter coberto o golpe de 64. Em crise desde 67, foi vendida em 71 à gaúcha Difusora, de frades capuchinhos. Em 77, saiu do ar por não pagar a dívida e um decreto cassou o canal. A concessão hoje, hoje, é da Record.
Fonte - Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO págs T8 e T9
Domingo , 25/10/1998 EDUARDO ZANELATO ( especial para o Estado )
Do Pirin–pim-pim ao Plim-plim
Em cinquenta anos, graças ao talento e coragem de nomes pioneiros, que não podem ser esquecidos, a televisão brasileira consagrou–se com uma das melhores do mundo.
Das três enormes Câmaras na inauguração - verdadeiros trambolhos - a um sofisticado equipamento digital e miniaturizado de última geração, das fantasias do pó mágico que fazia Pete Pan voar, numa inocente adaptação de Júlio Gouveia, aos “heróis“ que lutam, atiram e morrem, para o delírio dos telespectadores matinais. Dos cenários em papelão e madeira compensada , que , às vezes , balançavam em cena , à realização virtual da computação gráfica. Do “desculpem a nossa falha“ às maravilhosas ilhas de pós-produção e edições não-lineares. Esta é a síntese da televisão no Brasil, que está completando cinqüenta anos. Jubileu de ouro. Parabéns a você.
Parabéns a quem encarou a grande aventura ousada de colocar no ar a primeira televisão da América Latina , em 18 de setembro de 1950. Uma invenção maluca que os Estados Unidos começavam a exportar para o mundo e que viria, sem dúvida, a criar uma nova linguagem de comunicação. Um veículo que, para alguns, calaria o rádio e esvaziaria o cinema. Não aconteceu. O rádio com o tempo, soube se sintonizar com o que havia de novo. E o cinema, com o charme de telona, aprendeu a se aperfeiçoar.
A televisão, porém, não chegou logo com essa força toda. Veio meio tímida... Abusada, no entanto. Chegou com um equipamento do arco da velha ( nossa , essa expressão é antiga como a TV ) e poucos expectadores, afinal não havia aparelhos ainda para que ela fosse sintonizada. Apenas alguns, que tinham sido trazidos por aquele homem baixinho, sorridente, atarracado, com a têmpera de nordestino, com sobrenome afrancesado: Assis Chateaubriand, que legou ao país uma extensa rede de jornais, uma forte rede de rádio, vários títulos de revistas ( entre elas a pioneira O Cruzeiro ), e a própria televisão. Sem contar que aquele visionário, recebido por reis e princesas, milionários e poderosos, criou um cartão postal para a cidade que o acolheu: o MASP, orgulho da gente paulista.
Mas voltemos à arte da telinha.
Foi aquele início repleto de improvisações que serviu de base e aprendizado à televisão brasileira de hoje, com seus defeitos e, exageros e apelações, é verdade. Mas também de programação de alto nível, exportada para vários países e verdadeira embaixatriz do Brasil em qualquer canto do planeta.
Bem antes de pensar nessa carreira internacional, os primeiros passos foram mesmo tupiniquins, como o sorriso maroto de um indiozinho desenhado. Quando a notícia era triste, o mesmo indiozinho representava o sentimento de luto ou decepção.
Quantas histórias. Uma das melhores é exatamente a do momento da inauguração. A primavera de 50 estava para chegar quando Hebe Camargo se preparava para cantar o hino da TV. Ou pela emoção, ou por uma gripe mesmo, a responsabilidade passou para Lolita Rodrigues. Dizem até que uma garrafa de champanhe, quebrada pelo entusiasta Chateaubriand para comemorar a estréia, foi responsável por se fazer toda a programação dos primeiros dias com apenas duas das três câmaras então compradas. Tudo era festa.
Mas como seria o dia seguinte? Alguém tinha pensado nisso?
Se sim, ou se não, fica para outro responder. O certo é que com os dias, com os meses, os telespectadores foram surgindo e com eles os “televizinhos“.
Aquele aparelho esquisito ganhou lugar nobre nas residências, um símbolo de status.
O almoço era temperado com a família A Bola do Dia, um humorístico rápido com tiradas e tombos provocados por Walter Stuart, coadjuvado por David Neto, Fernando Balleroni e tantos outros. Depois a coisa era séria. E lá vinha Maurício Loureiro Gama o primeiro âncora da televisão, noticiando e comentando as reportagens de José Carlos de Moraes, o Tico – Tico, e Carlos Spera. À noite havia o Mappin Movietone, apresentado pelo Toledo Pereira, com as notícias do dia. Depois , a televisão ganhou do rádio a versão do Repórter Esso, com Kalil Filho.
À tarde já era das mulheres. O fato é que, naquela época, poucas trabalhavam fora. E ai aparecia Maria Tereza Gregori com seu programa feminino, que tinha receitas, entrevistas, dicas de economia doméstica, tudo igualzinho ao que se vê hoje.
A programação da TV não era menos atraente para a criançada. A genialidade do casal Júlio Gouveia e Tatiana Belinky trouxe a primeira adaptação do Sítio do Pica-Pau Amarelo , de Monteiro Lobato. Era o primeiro seriado, ou como poderia ser dito hoje, a primeira maxi – série. O sorriso de Júlio Gouveia abria o capítulo, relembrando o que havia acontecido no anterior e ai a telinha era invadida por Dona Benta ( Suzy Arruda ), Tia Anastácia ( Benedita da Silva ) , Pedrinho ( David José ) , Narizinho ( Edi Cerri ), Visconde de Sabugosa ( Hernê Lebon ) , e, lógico, Emíla ( Lúcia Lambertini ).
A noite, a programação era variada. Tinha de tudo. Tudo o que tem hoje, só que de uma forma nostalgicamente mais séria ou mais preocupada com o novo veículo como meio de cultura e diversão. Em 1954, os já muitos telespectadores iam dormir bem tarde para assistir a eloqüência de Carlos Lacerda se digladiando contra o governo de Getúlio Vargas. Foi assim que em 24 de agosto, o indiozinho apareceu com um semblante triste e a música nada tinha de alegre. Era a notícia lacônica do suicídio do presidente. A televisão, então, já filmava acontecimentos e mostrava logo depois ( modo de dizer ) a multidão que se acotovelava em frente ao Palácio do Catete no Rio ( o filme era trazido de avião, uma viagem demorada ).
Às sextas – feiras, o programa da família era assistir o Clube dos Artistas, apresentado pelo casal Lolita e Ayrton Rodrigues. Desfilavam, então, acompanhados pelas orquestras dos maestros Zezinho, Luiz Arruda Paes e Georges Henry, cantores como Tito Madi, Agnaldo Rayol , Cauby Peixoto e cantoras como Wilma Bentivegna , Triana Romero, as próprias Lolita Rodrigues e Hebe Camargo ( normalmente cantando fados ) ou apresentações de William Fournaut assobiando ou o piano do maestro Francisco Dorce, que trouxe para a televisão sua filha Sônia Maria Dorce. Ela acabou virando a Shirley Temple brasileira, estrelando ao lado de Heitor de Andrade uma das primeiras novelas em séria : De mãos dadas.
O teatro tinha lugar de destaque na programação. Nos domingos à noite assistia-se ao TV de Vanguarda, apresentado pela voz forte de Túlio de Lemos, que por vezes também cantava neste ou naquele programa ( e como quase todos , também atuava e dirigia ). As adaptações de grandes clássicos era feita por Walter George Durst e a televisão ganhava do rádio artistas como Lima Duarte ( que também foi câmera – man ) , Cesar Monte Claro, Vida Alves, José Parisi, Henrique Martins, Walter Forster, Lia de Aguiar, Jota Silvestre, Dioníso de Azevedo, Flora Geny, Berta Zemel, Eva Tudor, Laura Cardoso, Jaime Barcellos, Fernando Balleroni, Márcia Real, Wanda Kosmos e tantos outros.
Vida Alves, por exemplo, sempre conta a história do primeiro beijo dado na TV. Foi uma cena com o galã Walter Foster. Ousado para os padrões da época, era nada mais do que hoje se chamaria de um inocente “selinho“.
Os jovens - ainda não se falava em audiência teen - também tinham vez nos seriados de aventura. Era o Falcão Negro, cujo papel título era de José Parisi. O Falcão manejava a espada com rara habilidade . Ao seu lado , Astrogildo Filho, Luiz Gustavo e outros astros das novelas, que ensaiavam os primeiros passos para uma nova arrancada, que seria o cinema, levados por Walter George Durst, que adaptava clássicos para a televisão e posteriormente para o cinema ( é del o Sobrado, inspirado na obra de Érico Veríssimo e feito com os artistas da “ taba “, como era conhecida a TV Tupi ).
O jovem também podia assistir, nos domingos pela manhã , o Teatro da Juventude, que trouxe os clássicos juvenis em encantáveis adaptações. Os adultos assistiam os clássicos tradicionais e que eram transformados em seriados incríveis, como Dom Quixote, interpretado por Turíbio Ruiz e tendo Jaime Barcellos como seu fiel escudeiro Sancho Pança. O espectador espantava-se com o cavalo ( um de verdade ) Rocinante, em pleno cenário de madeira e papelão, lutando contra os moinhos pintados ao fundo no compensado, seguro por alguém pelo lado de trás.
Houve época em que até óperas e operetas foram adaptadas pela TV por um grupo liderado por Pedro Celestino, irmão de Vicente Celestino, o cantor de O Ébrio.
Break na programação. Vamos faturar.
A publicidade era uma atração à parte. As garotas-propaganda traziam o fetiche e o charme. Ao vivo, por vezes eram obrigadas a improvisar quando um aparelho qualquer não funcionava ou a porta não abria. O sorriso de Marly Bueno, Rosa Maria, Neide Alexandre, Marlene Mariano , Idalina de Oliveira ou Meire Nogueira faziam com que o espectador esquecesse a falha e associasse o produto à graça da apresentadora.
As improvisações nem sempre davam certo. Exigiam um talento difícil de ser encontrado na geração vídeo – tape. Certa feita, num episódio de tele – teatro, a atriz Márcia Real caiu e fraturou uma perna . Não havia como cortar a cena, nem como se afastar dela, afinal o cenário era um só. Márcia agüentou ali caída com a perna fraturada até que viessem os comerciais.
Gente a quem a televisão deve reverência. Gente como Cassiano Gabus Mendes, que aprendeu o que pôde com o pai Otávio e depois passou para os filhos. Cassiano dirigia, produzia , por vezes atuava e , sem se cansar , adaptou e escreveu novelas. Muitas.
O esporte na TV começou Jorge Amaral ensinando como manter a forma. Depois, com a possibilidade de coberturas externas, o futebol passou a reunir os homens da família nas tardes de domingo, com Walter Abrahão, Aurélio Campos , Raul Tabajara , Paulo Planet Buarque. Alguns comentários eram do convidado Leônidas da Silva, à época já aposentado dos campos, que deixara seu nome marcado na história do futebol como inventor da “ bicicleta “. Também já havia os repórteres de campo. Silvio Luiz ( filho de Elizabeth Darcy, atriz e apresentadora ) era um deles, garoto ainda, conseguia entrevistas que ninguém ousava. Assim como Reale Jr. e posteriormente Edson “ Bolinha “ Cury.
À essa altura, já tínhamos a segunda rede de televisão, criada por outro arrojado empreendedor, Paulo Machado de Carvalho, o dr . Paulo , e seus filhos. Foi um deles, o Tuta, hoje à frente da Rádio Jovem Pan, que numa certa ocasião , pressionado pela proibição da transmissão do jogos de futebol , inventou um programam que atraiu o jovem , revelou talentos , virou moda e grife. Era a Jovem Guarda. A TV já era uma mania nacional.
Nestas páginas , entretanto , não teremos a pretensão de contar toda a história da televisão, nem de criticá-la. Contentamo-nos em registrar o quanto ela nasceu forte e voltada para a cultura. E como esses pioneiros, desbravadores mesmo, foram valentes e ousados; como souberam criar e inovar. Não tiveram medo de se adaptar ao novo, dominá-lo, ousar e nos deixar uma herança que hoje faz parte do dia-a-dia de quase todos os brasileiros, de ponta a ponta, desde o barraco mais pobre até à mais rica mansão compromissada com a cultura e, como falamos no início, exportando Brasil.
Fonte - Revista Cultural págs 11,12, 13 , 14 e 15
TV 50 anos ano 2000