Eles nasceram plugados e não conhecem a vida off-line.
São generalistas, não gostam de hierarquia e querem fazer o próprio horário.
Diferentes dos Profissionais da geração Y, valorizam mais a qualidade de vida ao poder Aquisitivo.
Empresas tem grande desafio para se adaptar e reter essa mão de obra.
Eles são imediatistas, não gostam de hierarquias, querem horários flexíveis e costumam deixar claro suas condições de trabalho. Quem pensaria em contratá-los?
Esse é o perfil dos jovens que começam a entrar no mercado de trabalho. Conhecidos como Geração Z, ou Founders ( Fundadores ), são críticos, autodidatas, dinâmicos e sabem o que querem. Nasceram depois de 1995 e para eles não existe vida off-line.
“Os Fundadores nasceram em época de terrorismo , questões raciais e milhares de novas maneiras para se comunicar com o mundo. Eles são mais globais do que qualquer um de nós, já possuem contato com o mundo desde que baixam o seu primeiro aplicativo ou game. Para os Fundadores, música não é mais físico, é streaming, assim como tudo o que pensam“, descreve Paulo Crepaldi, especialista em Neuromarketing e Stiuational Leadership.
Outra característica da geração Z é que ela tem mais ambições empreendedoras e é menos motivada por dinheiro do que a Geração Y, nascida nos anos 1980. Os Founders precisam sentir prazer com o que fazem e não abem mão do seu tempo livre. Dessa maneira, sonham com sua própria start-up, de preferência na própria casa. Para eles , o trabalho não pode escravizar e precisa ser prazeroso.
Via de duas mãos
Como essa geração será absorvida pelo mercado de trabalho? De acordo com especialistas, as companhias precisam se perguntar se estão realmente prontas para essa geração. A via passa a ter duas mãos, e se as empresas não atenderem às necessidades deses profissionais, eles simplesmente podem virar as costas. Por isso, um dos maiores desafios é conseguir reter essa mão de obra.
A ausência de especialistas é outra preocupação, já que é uma geração com tendência mais generalista, que não se aprofunda em nenhuma área. Isso se dá por causa do amplo acesso à informação, facilitado em grande parte pela internet. “É uma geração que precisará muito da outras gerações para ensinar-lhes a aprofundar, a examinar com afinco os diversos temas e razões inexplicáveis da humanidade“ , salienta Crepaldi.
Para o especialista , o termo Fundadores, escolhido para defini-los, traz um peso muito grande para a geração que ainda está se divertindo. Crepaldi acredita que eles serão os responsáveis por agregar e unir tudo o que as gerações anteriores criaram para o bem-estar da sociedade. “Portanto, cuidado, eles ainda estão crescendo em um mundo cruel que espera alguma coisa deles “ , alerta.
GERAÇÃO X , Y , Z
Geração X , Y , Z são conceitos sociológicos que caracterizam as pessoas de acordo com o período em que nasceram.
GERAÇÃO X: pessoas que nasceram entre o final dos anos 60 até o início dos anos 70.
GERAÇÃO Y: pessoas que nasceram nos anos 80 até meados dos anos 90. ( alguns estudiosos consideram também as nascidas no final da década 70 )
GERAÇÃO Z: pessoas que nasceram a partir de 1995.
Fonte - Jornal DESTAK PÁG 12 22/02/2016
Rio de Janeiro CARREIRA & FORMAÇÃO - CÁSSIA CABALLERO
Pequenos geeks
Tecnologia
Conheça a geração que é capaz de programar joguinhos, Apps e pequenos robôs ainda na infância.
Pode até parecer papo de filme de ficção científica ou de algum desenho animado, mas não é. Crianças de 9, 8 e até 7 anos já são aptas a aprender a programar um aplicativo, games e até mesmo alguns tipos simples de robôs.
É o caso de Pedro Soldi, 9 que entrou num curso de robótica nas férias e, assim como seu coleguinhas, conseguiu programar e montar um pequeno robô de rodas que tem a capacidade de desviar obstáculos. “Desde os 6 anos, eu tinha vontade de fazer um curso voltado à programação robótica. Acho que pode contribuir muito, já que no futuro quero criar minha própria logomarca de produtos eletrônicos e games“, declarou o pequeno, que já pensa em seu futuro profissional.
Mas como crianças tão novas já conseguem ter essa aptidão? Talvez a resposta seja a rapidez com que são expostas pelos pais à tecnologia, seja no computador ou em celulares. Para Renato Wajnberg, sócio, professor e coordenador acadêmico da escola de programação para crianças MadCode, os pequenos precisam estar cientes da tecnologia que os rodeiam e aproveitá-la para avanços. “Acredito que nas próximas décadas a alfabetização digital será tão importante para os jovens quanto é hoje o conhecimento de uma segunda língua como o inglês“, opina.
Escolas para pequenos
Programadores
Nesse contexto estão surgindo escolas de programação direcionadas apenas para crianças e jovens. Clodoaldo Andrade é professor de uma delas, a Supergeeks, mesma escola em que Pedro fez o curso de robótica.
Segundo o professor, as crianças são muito mais dispostas a aprender esse conteúdo do que os adultos. “Os alunos são desesperados por conhecimento , querem respostas imediatas.
"Isso é bom e ruim, eles podem perder o foco, mas também têm dedicação enorme às aulas“. Andrade, pontua ainda que a maior dificuldade das crianças, inicialmente, é no manuseio do computador. “A maioria está acostumada com as plataformas touch“, explica.
Alguns alunos demonstram tanta sede por conhecimento que acabam melhorando seu desempenho nas disciplinas da escola regular. “Os pais, às vezes, entendem os cursos como forma de diversão para as crianças. Mas muito deles têm melhora na escola e também nas habilidades lógicas, e isso os surpreende“, diz Andrade.
Segundo a Supergeeks, o curso mais procurado pelas crianças é o regular, para os com 7 - desde que estejam no 2 ° ano escolar - até 16 anos. Esse curso completo tem dez fases, e cada uma dura um semestre escolar.
Embora seja produtivo, imergir crianças no mundo tecnológico pode ser também prejudicial. Confira as dicas da psicóloga educacional Letícia Marques no texto abaixo.
Nada substitui
A convivência
Expor as crianças à tecnologia tão cedo exige cautela.
As ferramentas tecnológicas fazem tudo por nós. Basta um clique e tudo está à mão. Crescer em contato com esse estilo de vida pode fazer com que a criança seja muito imediatista. “Os pequenos expostos à tecnologia são acostumados a “ter tudo na hora“ e não sabem esperar. Transferem a dinâmica dos jogos para a vida, querem tudo na hora e não aceitam um não como resposta“ , explica a psicóloga educacional Letícia Marques.
É essencial que além da tecnologia, a criança tenha um contato social com a família. Alguns pais confiam nos programas de televisão ou em aplicativos para ensinarem as crianças a falar e a se comunicar, porque são “educativos“, mas a criança, neurologicamente, precisa de interação para aprender a falar e será prejudicada caso não haja esse tipo de conversa direta.
É importante e necessário introduzir a tecnologia às crianças, mas a principal regra é monitorá-las e acompanhar suas atividades na internet e nos cursos que eventualmente fizerem na área.
Fonte - Jornal METRO pág 10
Rio de Janeiro , 20/07/2016 EDUCAÇÃO
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