Médico foi
responsável pela criação de hospitais que setornaram referência mundial.
Idealizador de um
grupo de hospitais de reabilitação física que se tornou referência
mundial - a Rede Sarah - o médico ortopedista Aloysio Campos da
Paz Júnior nasceu no Rio, mas era apaixonado por Brasília.
Campos da Paz iniciou seu legado no início de 1968, quando foi
convidado para dirigir o Centro de Reabilitação Sarah Kubistchek,
na capital federal. A partir de 1993, os hospitais se espalharam
pelo Brasil, chegando às cidades de São Luís, Salvador,
Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Macapá e Belém.
Desde o início da
carreira Campos da Paz se firmou como pioneiro. No ano de sua
graduação em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1960, passou a integrar a primeira equipe médica do Hospital
Distrital de Brasília, onde implantou a Unidade de Traumato-Ortopedia.
Sob comando de
Campos da Paz, a Rede Sarah conquistou fama internacional e, no
Brasil, tratou celebridades como o músico Herbert Viana, que
ficou paraplégico depois de um acidente de ultraleve. Políticos e
ministros também se trataram na instituição. Entre eles, o
ex-ministro do Supremo Tribunal Joaquim Barbosa, que sofre de um
problema crônico na coluna.
A presidente Dilma
Rousseff citou a perda do ortopedista em sua conta no Twitter: “Foi com muita tristeza que soube da morte do médico Aloysio Campos
da Paz Júnior, fundador da Rede Sarah. Campos da Paz dizia que
sua filosofia era trabalhar para que cada paciente fosse tratado com
base no seu potencial, e não nas suas dificuldades“.
Em nota oficial,
Dilma voltou a enaltecer o trabalho do médico: “O Brasil e a
medicina são devedores da sua dedicação e determinação. Meus
sentimentos aos familiares, amigos, colegas de trabalho e
pacientes“.
"A MEDICINA
PERDE UM TALENTO"
O ex-presidente
José Sarney, amigo do médico, lamentou a falta que fará aquele
que considera “uma das maiores autoridades das doenças do
aparelho locomotor “: - É uma perda que
não se tem como preencher. Acompanhei sua obra desde o princípio, há 40 anos, como conselheiro representante da comunidade Sarah e
testemunhando sua dedicação e valor. Estou profundamente ferido, pessoalmente, como seu amigo e como cidadão.
O chefe de
emergência do Hospital São Lucas, em Copacabana, Thiago Ribeiro, citou o legado do médico:
- A medicina perde
um talento, mas fica seu legado em prol da recuperação e saúde
dos pacientes .
Roberto
Kalil Filho, diretor do Hospital Sírio–Libanês e médico
particular da presidente Dilma e do ex-presidente Lula
da Silva, afirmou que Campos da Paz criou algo único :
- O
feito que ele conseguiu, de atender a população do SUS, tem de ser
seguido por toda instituição pública. Acabei de tomar posse como
presidente do INCOR ( Instituto do Coração ) e disse, na
primeira reunião do conselho que meu sonho é fazer do INCOR uma
Rede Sarah para cardiologia.
Também
amigo de Campos da Paz, o secretário de estado da Saúde de São
Paulo, David Uip, elogiou o espírito empreendedor do médico:
- Conheci o Dr. Aloysio por um paciente em comum. A partir daí, veio uma grande amizade e muita admiração. Ele foi o grande empreendedor em termos de
novas ideias.
Atriz
Eva Wilma externou sua tristeza pela morte do médico, citando sua
paixão pela música:
- Era
uma pessoa maravilhosa, um sábio, um homem de enorme cultura, de
um humor contagiante. E era um belo músico nas horas vagas.
Tenho um CD dele tocando jazz no trompete, lindo. Frequentei a
Rede Sarah há 13 anos, quando meu marido ( Carlos Zara ) foi fazer
tratamento lá. Depois disso, fui convidada para integrar o
Conselho das Pioneiras Sociais da rede, uma honra.
Outro
que lamentou a morte de Campos da Paz foi André Pedrinelli,
secretário-geral da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia:
- Ele
criou um novo conceito de reabilitação. Foi um pioneiro.
Campos
da Paz morreu em Brasília, aos 80 anos, de insuficiência
respiratória, deixando esposa Elsita Campos, três filhos e
quatro netos.
Fonte
_ Jornal - O GLOBO pág 12 - Rio
Segunda-feira
, 26 .1.2015
Eu Ana
Regina, tenho a agradecer a Rede Sarah, a esse pioneiro, Campos
da Paz, todos profissionais e funcionários. Graças o
profissionalismo dos médicos, fisioterapeutas, psicólogos os
pacientes conseguem uma reabilitação extraordinária. Tenho meu
irmão como exemplo, Deoclides José, ator, compositor, que
em 2012 iniciou o tratamento e acompanhamento na Rede Sarah. Foram
meses, que valeram à pena. Hoje está muito bem que nem lembramos
do (parkinson – que era um bicho de sete cabeças). Mas, vale
lembrar que o paciente recebendo alta, deve continuar com
acompanhamento médico, para se medicar corretamente, fazer as
atividades físicas recomendadas e a alimentação correta.
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