terça-feira, 8 de maio de 2018

Epidemia vergonhosa



Disse o Papa Francisco: “O corrupto irrita a Deus e faz o povo pecar… E para os corruptos, existe só uma saída: pedir perdão para não serem amaldiçoados por Deus“. 
A partir desta afirmação do Papa, Dom Orlando Brandes falou aos microfones da Rede Milícia Sat as palavras que seguem.

A CORRUPÇÃO certamente é combatida, como diz o Papa Francisco, quando nós apresentamos o perdão e a misericórdia de Deus para quem está envolvido nela. Para que mude de vida, para que se converta, não basta, portanto, combater e punir a corrupção o que é altamente necessário, mas, nós temos algo acrescentar e apresentar às pessoas vítimas ou promotoras da corrupção.

Os gestos de Jesus que foi misericordioso Zaqueu que era corrupto, com Levi e com outros ricaços do seu tempo os levou a se converter e compreender o pecado que cometiam. Corrupção é um pecado social que precisa de conversão pessoal para ser sanado. Nós temos muitos santos na nossa Igreja que eram também corrompidos antes da conversão. Então, temos a grande força e o grande poder da revolução da misericórdia, da conversão dos corações. Mas, outro remédio eficaz é a educação de nossas crianças desde pequenas para a honestidade.

Meu pai me ensinava que nem um alfinete eu devo reter comigo se ele não é meu. Então , eu aprendi a honestidade e a transparência com o meu pai

Por isso, a escola e a família devem dar exemplos e falar abertamente aos filhos a respeito deste mal que já se tornou “a gangrena de um povo“ como nomeou o Papa. A corrupção se tornou uma epidemia vergonhosa e já virou quase um costume. As pessoas se gabam dos lucros que têm por meio da corrupção. 

E o Papa também falou claramente que “a corrupção é suja e a sociedade corrupta é uma porcaria“. Se nós não nos despertarmos para a importância do nosso voto, estamos também colaborando com a corrupção. Neste Ano Santo, somos chamados a viver as obras da misericórdia, e educar para a partilha e honestidade faz parte destes gestos.

O Brasil vive daquele famoso “ jeitinho “. Isso é um perigo muito grande , pois o sétimo mandamento de Deus que diz “não furtar“ é pouco respeitado. Também devemos ir contra a mentira pois ela é que mantém a corrupção e defende os outros pecados graves. Precisamos combater a mentira e tomar cuidado com o perigo do dinheiro, pois, como afirma o Papa, ele se tornou “um deus que tudo governa“, e por isso o mundo vai mal , com tantas desigualdades sociais .

Temos remédios e caminhos para combater a corrupção e é claro apoiar a operação Lava Jato, apoiar todas as instituições e as leis que são contra esse mal incorporado nos brasileiros, essa vergonha nacional, esse mal contra a caridade e contra o nosso povo, que chamamos de corrupção. 

Fonte - Revista - O MÍLITE pág 20
Voz da Igreja - DOM ORLANDO BRANDES


Editorial
Confiança nos políticos ?

Os escândalos de corrupção e a decepção com homens públicos antes considerados exemplares têm feito muita gente perder a esperança na política e a confiança nos políticos. Bom sinal, se estamos mais realistas e alertas diante dos demagogos. Péssimo sinal, se a desesperança está nos levando à indiferença, à apatia e até ao cinismo diante do compromisso político a que somos chamado.

Se a menina ouve das mulheres adultas que “todos os homens são iguais“, não terá motivos para exigir dos jovens um comportamento exemplar, que a respeitem e a ame tal como ela deseja e merece. A jovem tem que saber que os homens não são todos iguais e que vale a pena procurar e escolher o homem certo. Do mesmo modo , os eleitores têm que saber que os políticos não são todos iguais, e devem procurar os honestos e bem-intencionados e acompanhá-los em sua caminhada pois eles não são diferentes de nós e quanto mais ficam sozinhos, mais chances têm de errar.

A Bíblia está repleta de admoestações para que não confiemos nas forças dos homens, nos poderes do mundo ou até em nós mesmos. Mas nos esquecemos dessa sabedoria e acabamos depositando confiança e esperança imerecidas na política. Depois nos decepcionamos quando nos deparamos com os pecados e os erros dos políticos.

Nossa esperança e nossa confiança estão no Senhor, não nos homens. Mas confiar Naquele que nos ama e nos dá a liberdade, significa fazer com nossos irmãos um caminho rumo ao bem comum. Jornada incerta e contraditória, como nosso coração, com avanços e retrocessos, como nossa ascensão espiritual rumo a Deus.

Os bons confessores sabem que a conversão é um caminho progressivo, pelo qual vamos tomando consciência de nossos pecados e nos tornando melhores. Também o Brasil está num caminho progressivo, em que as estruturas políticas e a ética dos personagens públicos vão melhorando pouco a pouco.

Isso não quer dizer conivência ou aceitação da corrupção, mas a paciência e a dedicação de ir construindo aos poucos um País melhor. Quer dizer: exigir que os desvios sejam apurados, os erros, corrigidos; os culpados, penalizados. Mas, também quer dizer formar os jovens, acompanhar os políticos para que não percam de vista aqueles que o elegeram, valorizar as comunidades e associações onde esses políticos podem ser ajudados a manter ou até mesmo recuperar os ideais e a ética com que começaram suas trajetórias na vida pública.

Na política, a alegria do Evangelho não é experimentada ao se encontrar políticos angelicais ou utopias perfeitas. Essas coisas nunca acontecerão nesta vida. Na política, experimentamos essa alegria ao nos descobrirmos irmãos que trabalham juntos pelo bem comum, amparados por um Pai que nos ama.

Fonte - Jornal - O SÃO PAULO pág 2
30 de junho a 5 de julho de 2016 PONTO DE VISTA


 
Abraham Lincoln


"Não criarás a prosperidade se desestimulares a poupança.

Não fortalecerás os fracos se enfraqueceres os fortes.
 
Não ajudarás o assalariado se arruinares aqueles que o pagam.
 
Não estimularás a fraternidade humana se alimentares o ódio de classes.
 
Não ajudarás os pobres se eliminares os ricos.

Não poderás criar estabilidade permanente baseada em dinheiro emprestado.
 
Não evitarás dificuldades se gastares mais do que ganhas.

Não fortalecerás a dignidade e o ânimo se subtraíres ao homem a iniciativa e a
liberdade.

Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que
eles podem e devem fazer por si próprios."


Fonte: folheto de entrega gratuita

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