Helen Keller, como é mundialmente conhecida, nasceu em 1880 e faleceu em 1968.
Antes mesmo de completar dois anos de idade, uma doença diagnosticada como febre cerebral danificou sua visão e audição e em virtude disso perdeu a capacidade de falar, ficando isolada.
Por quase cinco anos cresceu, conforme sua própria afirmação, "selvagem e sem rédeas", dando risadinhas e gargalhando para exprimir alegria e prazer; dando pontapés e arranhando as pessoas e grunhindo os gritos abafados dos surdos-mudos para indicar o contrário.
Nessa época seu pai Arthur Keller, que aconselhou a escrever para o Instituto de Cegos Perkins, em Boston.
Antes que Helen completasse sete anos, Anne Sullivan partiu de Boston para ministrar-lhe aulas especiais. Anne permaneceu ao seu lado até morrer, em 1936. Então, Mary Agnes " Poly " Thompson, que era secretária de Helen, ocupa o lugar de Anne, também até vir a falecer em 1960.
Anne Sullivan ensinou Helen a escrever e a falar, desenvolvendo seu tato e criando métodos pedagógicos bem especiais, e assim Helen pôde até mesmo frequentar a Universidade, pois Anne assistia às aulas e interpretava-as para sua pupila. Foi criada uma máquina de escrever com os caracteres em braile e, com ela, Helen escreveu vários livros, entre os quais A História de Minha Vida e o Mundo em que Vivo são os mais significativos .
Helen foi uma exemplo de pessoa que soube dominar as deficiências físicas e trabalhou em prol dos deficientes, viajando por muitos países, inclusive pelo Brasil, incutindo em todos que a ouviam o valor da vida e a alegria de estar viva e poder ajudar quem dela necessitasse.
Fonte : Enciclopédia Delta Universal - pág 29
Revista - POMBA BRANCA - Cultura
A EDUCADORA HELEN KELLER
Ela mudou o papel dos deficientes na sociedade
HELEN KELLER TINHA MENOS DE 2 ANOS de idade quando ficou cega devido a uma febre intensa. Pouco tempo depois, perdeu também audição. Ela aprendeu a fazer pequenas coisas, mas percebeu que lhe faltava algo. “Às vezes, eu ficava parada entre duas pessoas que estavam conversando e tocava seus lábios. Como eu não conseguia entender o diziam, ficava irritada. Em algumas ocasiões, isso me deixava tão brava que gritava e esperneava até a exaustão“, escreveu Keller.
Entendo bem a sua raiva. Como fui um bebê prematuro de sete meses, me puseram numa incubadora. Naquela época, costumava-se despejar uma grande quantidade de oxigênio sobre o bebê, uma técnica que, desde então, os médicos, aprenderam a usar com extrema cautela. Como resultado perdi a visão.
Foi estudar numa escola pública para deficientes visuais, mas a linguagem braile não fazia sentido para mim. Eu achava esquisito o conceito das palavras. Lembro-me de apanhar e ser insultada. Para Helen , foi ainda mais difícil , ela era cega e surda.
Posso dizer a palavra "ver" , consigo falar a língua daqueles que enxergam. Isso se deve às primeiras conquistas de Helen Keller, que provou que a linguagem pode ser a maneira de os segos e surdos -mudos se tronarem mais independentes. E como ela lutou para dominá-la. No livro Midstream, ela descreve sua frustração com o alfabeto, com a linguagem dos surdos-mudos e até mesmo com a velocidade com que seu professor soletrava as palavras , desenhando-as na palma de sua mão. Ela era impaciente e ávida por conhecê-las .
Eu me lembro de como sentia estimulada pelos livros, depois que finalmente consegui aprender a linguagem braile. Aquela escola era, para mim, como um orfanato. Mas palavras , para ela , e, no meu caso , a música, romperam o isolamento .
Keller conseguiu provar que , com a linguagem , era capaz de se comunicar com o mundo dos sons e das imagens. Sou uma das beneficiárias de seu esforço: decidi por conta própria sair da escola de cegos e pude frequentar uma escola pública comum a partir dos 11 anos. Hoje sou cantora de jazz.
Por mais milagroso que pareça o aprendizado de uma linguagem, a conquista de Keller é resultado de um trabalho conjunto com Anne Sullivan , sua professora , companheira e protetora. Sua maior realização veio depois da morte de Sullivan, em 1936. Nos 32 anos seguintes, para surpresa daqueles que apenas conhecem o seu livro The Miracle Worker, Keller atuou em muitas outras áreas. "Meu trabalho com os cegos é apenas parte do que eu sou. Sou solidária com todos aqueles que lutam por justiça " , escreveu . Ela foi uma incansável ativista pela igualdade entre os sexos e pelos direitos raciais.
Keller gostava de estar diante do público. Ela escreveu que adorava a onda do calor humano pulsando ao seu redor. Foi por isso que aprendeu a falar e discursar. Os cegos, mais do que aqueles que conseguem ver , precisam ser tocados . Olhar alguém nos olhos é o mesmo que um toque físico. Quando me apresento, tenho esse tipo de sensação com o meu público. Helen Keller deve ter sentido o mesmo - ela foi nossa primeira grande estrela .
COM A MÃO : Ela mostrou a importância do toque com as mãos para os cegos.
Fonte - Revista - pág 13 - TIME MAGAZINE
TIME 100 - DIANNE SCHUUR COM DAVID JACKSON
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