Como educar os jovens ?
EDUCAÇÃO É , SOBRETUDO transmissão de conhecimentos , de valores ,de atitudes éticasde atualização de novos conhecimentos neste novo mundo tão mutante e aceleração de hoje . A família e a escola têm papéis predominantes nesta tarefa que hoje pode ser considerada quase hercúlea e desafiadora . A família luta para não se desagregar e consequentemente poder minimizar os efeitos maléficos sobre a geração em crescimento .Mas , os filhos, ainda que muito pequenos ,percebem , ou melhor dizendo ,sentem intuitivamente que a harmonia e o entendimento entre as pessoas que lhes são muito significativas já desapareceram ou estão em vias de se esfacelar .
As consequências que podem advir são plenamente previsíveis . A escola, com raras exceções no ensino privado e tradicionalista , já se deixou contaminar pelo imedia -tismo reinante e a superfi - cialidade e pragmatismo do que se transmite aos alunos . E que valores podem estar norteando , ensinando rumos aos jovens em geral que , independentemente das características do momento atual , atravessam normalmente crises e problemas maiores ou menores no seu processo de desenvolvimento e inserção na vida adulta ?
O jovem de hoje – e eu me refiro aos jovens privilegiados de uma classe média alta , com o direito e usufruto de muitas benesses - “ não estão nem aí “ , repetindo uma expressão comum no seu vocabulário . Eles têm ânsia e pressa de viver , e engolem a vida com voracidade e des-tempero . Conflitos entre gerações não são novidade alguma . Mas o que se percebe atualmente é uma escancarada e desrespeitosa atitude de afronta e de acinte , face às novas gerações mais velhas .
É óbvio que este enfoque é generalizado e felizmente existem honrosas e dignas exceções .Há um certo quê de alienação nestes jovens , que talvez denote um descrédito , uma desesperança , um sentimento de frustração em relação aos mais velhos que estão “ pintando e bordando “ nas altas esferas governamentais , dando péssimos exemplos para os mais jovens .
Os jovens privilegiados praticam o mandamento do carpe diem , isto é , agarram e usufruem os seus dias ,pouco ou quase nada se importando com o que de importante com o que de importante , grave e sério esteja acontecendo ao seu redor .Nem sempre foi assim . Bem recentemente ,houve demonstrações de engajamento político de muitos jovens que participaram ativamente de cam - panhas esperançosas . Tenho a impressão de que eles não sejam totalmente alienados ; talvez estejam cansados e desiludidos com o estado de coisas de nosso país . E não é para estar ? A lama e o lodaçal em que chafurdaqm muitos dos nossos políticos só fazem crescer .Educar é transmitir , mas , sobretudo é fornecer exemplos .Que exemplos estão sendo transmitidos pelas ditas altas esferas ? Parece que o lodaçal que já se formou há muito tempo está se tornando gigantesco , imenso . Não dá tempo para se assimilar com um certo " conforto " tanta sujeira , tanta corrupção jamais vistas.
Os vícios , os descalabros , a incopetência , o abuso de poder campeiam nas altas esferas e parecem poder contagiar a sociedade em geral que está contaminada . É o exemplo que vem das camadas superiores que possui muita força de influência e persuasão . Aos poucos ,ao mesmo tempo em que a maioria do povo , quando questionada em pesquisa , repudia e repele a corrupção , no seu dia a dia ,ela tolera e pratica pequenas " desonestidades " . Aí está o perigo , pois de uma pequena infração , parte-se com maior facilidade para as maiores e mais perigosas .
Persiste o desafio implícito na pergunta que serve de título para este artigo . Como educar as gerações futuras nesta nossa realidade tão turbulenta e enlameada ? Tomar plena consciência desse sombrio estado de coisas ,discuti-lo com abertura de espírito e principalmente dar e executar diariamente nas atividades e nos contatos mais simples de correção , justiça e ética , já seria um bom - ou talvez auspicioso , embora modesto - começo.
Fonte - Jornal do Brasil - Opinião A 11
Sábado , 23 de dezembro de 2006 - Raquel Stivelman , escritora
Palavras , eu não acho
Nenhum poema diz
o que é que eu realmente penso .
Poeta algum
Jamais verbalizou munha experiência .
Ser teu filho (a) é uma aventura única .
E eu simplesmente
Não consigo traduzi-la em palavras .
Mas teu coração entende .
E quando fico sem jeito ,
engasgo e me atropelo ,
e te mando um cartão e algumas flores .
É quando beijo sai desengonçado ,
o abraço , meio mais ou menos ,
e o olhar envergonhado ,
porque amo e naõ sei como dizer
É bem nessa hora que eu já disse tudo ...
Ser teu filho (a) é uma aventura intraduzível .
Simplesmente , é bom demais , mãe .
Te amo do meu jeito imperfeito ,
mas te amo muito !
Fonte - Cartão dos das mães que entreguei .
À minha querida mãe
Dejanira - in memorian
Como educar os jovens ?
de Ana Regina
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