são as mais eficazes . Estratégias participativas e graduais superam rupturas radicais na redução inclusiva e sustentável da pobreza .Isso não significa que grandes transformações políticas não sejam necessárias em boa parte dos casos , mas as revoluções costumam ter resultados incertos e não trazem o almejado bem-estar-social .
As melhores soluções combinam promoção humana( escolarização,melhoria das condições de saúde e habitação ) , com desenvolvimento econômico , criando as capacitações e oportu-nidades necessárias para superar a pobreza . As economias de mercado se mostraram mais eficientes para esta combinação e foram adotadas , ao menos parcialmente , até mesmo em países comunistas , como a China .Contudo , o mercado por si só não garante justiça social nem desenvolvimento humano . O Estado precisa estar presente tanto na efetivação de polí - ticas sociais quanto na regulação dos mercados ( como na aplicação de leis antitruste , existentes até nos Estados Unidos ) .
Com base em sua longa caminhada histórica em favor dos pobres , a Igreja Católica se deu conta de que a superação das injustiças sociais não poderia acontecer sem protgonismo da sociedade civil . Bento XVI , na Caritas in Veritate ( CV 38 ) , considera que uma ordem social justa depende de três sujeitos trabalhando juntos : o mercado , o Estado e a sociedade civil , como espaço privilegiado de solidariedade . O protagonismo da sociedade civil , demonstrando de modo exemplar em tantas iniciativas do Terceiro Setor , não exime o Estado de sua função social . Além disso , o controle social eficaz é condição necessária para evitar o abuso de poder tanto por parte de governos quanto de agentes econômicos .
Fonte - Jornal O SÃO PAULO - Fé e Cidadania - pág 8
Data - 15 de outubro de 2025 - Por Francisco Borba Ribeiro Neto
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