terça-feira, 25 de setembro de 2018

A visão política de Santo Agostinho: utopia ou realidade ?




A partir da obra “Cidade de Deus“, uma das principais de Santo Agostinho, o padre Paulo Hamurábi Ferreira Moura realizou pesquisa no Brasil, na França e na Itália, a fim de desenvolver trabalho com base na visão política do santo, um dos maiores filósofos cristãos do mundo

Assim, surgiu o livro “A visão política de Santo Agostinho“: utopia ou realidade?, que foi lançado em 22 de setembro, às 9h 30, na Livraria Lumen Christi, no Mosteiro de São Bento, no Centro do Rio

De acordo com o autor, a obra do santo, mesmo com os passar dos séculos, ainda mostra a realidade dos dias atuais. “Ele faz uma definição do que é o Estado, o povo e o que pensa ser a atividade política. Temos de fazer uma atualização, porque ele viveu no século IV e nós estamos no século XXI. Mas, apesar da distância cronológica, encontramos vários elementos que podem contribuir com princípios e valores que continuam sempre atuais", enfatizou. 

Segundo padre Paulo Hamurábi, á nos tempos de Santo Agostinho, a sociedade vivia uma crise de falta de representatividade, de liderança , o que contribuiu para a queda do maior império da História: o Império Romano. “Ele viveu nua época que se parece com nosso tempo , com uma grande carência de valores , falta de referências políticas e lideranças. A obra foi escrita com o intuito de analisar as causas da derrocada do Império Romano, sendo uma delas a falta de cultivo de valores humanos, sociais, culturais e cristãos. Dentro desses valores, está sempre a pessoa humana como agente de transformação social“ explicou . 

Ainda segundo o padre, “Santo Agostinho afirma que não adianta mudarmos as estruturas , se as pessoas não se envolverem com as mudanças, se elas não se comprometerem com a História e com o bem comum. Sem essa dimensão , não é possível haver constituição de um povo e do bem social. Para ele, a verdadeira justiça, a raiz de todas, é dar a Deus o lugar que é d’Ele, é muito mais difícil falar de justiça. Ele ainda vai afirmar que não adianta falar de justiça entre os homens , se a primeira não é exercitada “, finalizou. 

Fonte  -  Jornal   TESTEMUNHO  DA  FÉ   -   ARQUIDIOCESE    - pág 6
16 a 22 de setembro de 2018  - 

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