terça-feira, 12 de novembro de 2019

Guido Schäffer



FAMÍLIA  DE  DEUS 

Filho de católicos fervorosos, Guido desde muito novo foi incentivado a seguir os caminhos de Deus. Para a mãe, Maria Nazareth Schäffer , o filho dedicou a vida e profissão ao cuidado com os mais necessitados. “Eu me sinto agraciada por Deus por ter me dado o filho que tive. Seu exemplo de vida, de uma pessoa comunicativa e prestativa, sempre com o olhar voltado para os outros, vai ajudar muitas pessoas a terem também esse olhar e um contato maior com Deus através da oração. É um modelo de como ser jovem numa cidade grande como o Rio de Janeiro nos dias atuais. Você pode ser um jovem que estude, goste de esportes e esteja ligado a Deus, pensando não só em si, mas nos outros“, afirmou.

Após se formar em medicina. Guido integrou o corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia do Rio e prestou atendimento gratuito a moradores de rua. Inclinado ao sacerdócio, ingressou no Seminário Arquidiocesano de São José em 2008. Em maio de 2009 , aos 34 anos , o jovem seminarista morreu afogado quando surfava na despedida de solteiro do amigo Eduardo Martins,  na Praia do Recreio, na Zona Oeste.

Para Eduardo, o rapaz realizava “pequenos milagres“ diariamente . “A vida nos pede uma grande  e profunda responsabilidade ao amor de Deus. O Guido tinha uma sede tão grande do amor de Deus e, de fato , buscou a Ele em tudo. Levou com muita sinceridade a Palavra de Deus para os amigos. Tudo o que fazia se entregava de corpo e alma. Por isso , a pregação dele era tão eficaz . Falava com uma propriedade e um conhecimento que vinha da experiência e intimidade com Deus. Ele era alguém com quem eu me aconselhava e tinha sempre uma palavra em qualquer situação que eu estivesse passando. O Guido estava totalmente tomado pelo amor de Deus. Nada tirava a paz dele . E conseguia transmitir isso para os amigos “ , lembrou .

Quem também sempre fez parte da vida de Guido foi o padre Jorge Luiz Neves, mais conhecido como padre Jorjão, a quem considerava como pai por ter ajudado na caminhada espiritual . Hoje presidente da Associação Guido Schäffer e autor do livro sobre a vida do jovem , o sacerdote afirmou que o surfista é um exemplo para outros jovens. “ A importância que o Guido tem é apontar no mundo de hoje, com tão poucos valores , alguém que busca um ideal alto. O mundo se conforma com a mediocridade e , por conta disso , quantos jovens perdem a vida. Quanta gente hoje acaba morrendo não fisicamente , mas para  o futuro, porque não encontrou valores, pelos quais possa pautar sua vida, referências que firmem sua  existência . A droga , o vício , o álcool e a compulsão são uma tentação muito forte. Quando vemos um jovem que tinha uma profissão, um jovem normal, que falava gírias, mas encontrou em Cristo a referência de sua vida. Percebemos que ainda há motivos para ver esperança neste mundo“, disse padre Jorjão da Paróquia Nossa Senhora da Paz, onde estão os restos mortais de Guido. 

Fonte  -  Jornal  TESTEMUNHO  DE  FÉ    pág  5 
de  24  a  30  de  Abril  de  2016


O  menino  que  viu  Jesus 

Rapaz  de  comportamento  diferenciado, como definem amigos e família, Guido Vidal França Schäffer faleceu aos 34 anos de idade enquanto surfava, no Canto do Recreio

Na ocasião, o jovem estava de folga do Seminário de São José, onde estudava para tornar-se padre. O "anjo  surfista", como definiu Manuel Arouca na biografia que escreveu sobre a vida de Guido  Schäffer , era, além de surfista e seminarista , clínico geral. Dedicou sua vida e profissão ao cuidado para que os que necessitavam.

Guido nasceu em 22 de maio de 1974, e tinha esse nome por causa do pai, Guido  Manoel  Vidal  Schäffer . O pai recebeu o nome por causa de Guido  Fontgallant, um candidato francês à santidade. No dia 17 de janeiro , durante a Trezena de São Sebastião , foi aberto na Arquidiocese do Rio o processo para a beatificação do jovem, que apesar sentir-se carioca, nasceu em Volta  Redonda , onde a avó que era obstetra , realizou o parto.

Fonte  -  Jornal  TESTEMUNHO  DE  FÉ   -  pág  4   - ARQUIDIOCESE 
de  18  a  24  de  Janeiro  de  2015   - Arquivo  Pessoal 

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