Documentos








Fóssil  preservado  de  etíope  revela  origens  da  nossa  coluna  vertebral                          Esqueleto  primitivo  mostra  estrutura  para  locomoção  eficiente

A análise do  fóssil  de  3,3  milhões  de  anos  de  um  esqueleto  bem  preservado  com  vér-tebras  , pescoço  e  tórax forma  a coluna vertebral  mais completa  de qualquer parente pri-mitivo humano . Os resultados , publicados ontem na revista  “ Proceedings  of  the National Academy of Sciences  “ ( PNAS ) , indicam que  partes de  nossa estrutura vertebral que per-mitem  movimentos  eficientes  para  locomoção  se  estabeleceram milhões de anos  mais certo do que se pensara .

O fóssil , conhecido como “ Selam “ , é um  esqueleto quase completo de um menino de 2 anos e  meio descoberto  em   Dikika ,  na  Etiópia , em 2000 ,  pelo  autor  principal  do estudo , Ze-resenay  Alemseged , professor  de  Biologia   e  Anatomia da Universidade  de Chicago. “Se- lam “ , que significa   “ paz ”  no idioma  etíope , era um  parente  primitivo  da  espécie  Austra-lopithecus afarentis , a  mesma  do famoso esqueleto de Lucy .

Desde a descoberta de “ Selam “ , Alemseged , prepara seu  delicado fóssil no Museu Nacional  da Etiópia . Aos poucos  o professor removeu  o arenito ao redor  de esqueleto, possibilitando o uso de ferramentas avançadas de imagens para uma análise detalhada da estrutura . 

Uma cuidadosa  e contínua  investigação  sobre  o  “  Selam “  mostrou que a estrutura geral da coluna vertebral humana surgiu  há mais  de  3,3  milhões  de anos , jogando luz sobre uma das marcas da  evolução  humana  –  explica  o  pesquisador .  - Trata-se  de uma informação sem  precedentes ,particulamente em um  indivíduo  jovem cujas vértebras ainda não estavam total-mente fundida .

A comunidade científica conhece  há anos fragmentos de restos fósseis de algumas es-pécies que sugeriram o deslocamento das vértebras torácicas e das lombares . Mas  “ Selam “  traz a primeira oportunidade para ver  a organização da  coluna vertebral de nossos ancestrais .

TRANSFORMAÇÃO  EM  BÍPEDE 

O fóssil seria o primeiro exemplar de uma espécie que , assim como os seres humanos modernos , tinha apenas doze pares  de costelas –  ou seja , menos  do que símios .

Esta configuração pouco habitual em um hominídeo primitivo pode ser a chave para o desen-volvimento  de cenários  mais  preciso sobre a  evolução de seres bípedes  e a anatomia mo-derna  do corpo  humano . *

Fonte  Jornal   -  O GLOBO  - pág 27  - SOCIEDADE
Terça-feira , 23. 05. 2017     







Dia  do  Folclore  - A  lenda  das  gêmeas 

No mês de agosto a tradição folclórica se destaca com as  lendas brasileiras ,com per-sonagens mágicos e  encantados , motivando a imaginação  e a criatividade dentro do
     valores de nossa  herança  cultural.

    Sou folclorista de coração e por muitos anos faço pesquisas sobre as lendas brasileiras
    e passo para  as  telas todo esse encantamento .

    Uma lenda que fala  de  amor e marca o encontro de duas  almas  gêmeas , está regis-        trada dentro , da Gruta da Ilha de Paquetá  no  Rio de Janeiro.

    Conta a lenda que  Irai ,uma linda  índia  tamoia habitava a  Ilha de Paquetá . Vivia cor-        rendo pela  mata  se enfeitando com as penas  coloridas  dos  pássaros , muito alegre ,        deixando o  povo  tamoio  encantado com  a  beleza  da indiazinha .

    Um dia estando à beira  mar conheceu um índio tribo da tribo vizinha de nome  Avitu.

    Ficou apaixonada por ele  mas  Avitu não a notava e estava sempre com outras índias  
    de sua tribo , chegando a desprezá-la .

    Irai tornou-se triste e dia a dia mais se afastava das irmãs e das índias  amiga . O pa-            jé estava muito preocupado com a bela indiazinha  .

   Todas as madrugadas  Irai subia no rochedo e cantava para  a  Lua chorando muito  pelo     amor.

As  lágrimas eram tão  sinceras  e  ardentes que perfuraram  o  rochedo e aí  nasceu uma
  gruta …

  Deram o nome a ela de  Gruta  da  Ilha  de  Paquetá .

  Certa vez , Avitu passando pela  Gruta se sentiu cansado , entrou e adormeceu . De       madrugada Irai foi até o  alto  do  rochedo e chorou por muitas horas .

 As  lágrimas passaram através  da  rocha e caíram nos olhos  de  Avitu .

 Como  por enquanto Avitu acordou e encontrou Irai chorando . Seus  olhos se encontraram   e deu-se o  encantamento  das  almas gêmeas ,  se apaixonaram …

 Esse  mágico acontecimento foi o encontro de  duas  almas que nunca mais se  sepa -   raram.

Quem visita a  Gruta  dos  Amores  da  Ilha  de  Paquetá encontra essa  lenda e faz um pedido para também achar sua  alma  gêmea realizando seu  sonho  de  amor . 

O  simbolismo dessa  lenda é a  afinidade que envolvem pessoas que às vezes encon -tramos e parece que já a  conhecemos há muito tempo , pois  afinidade é  coisa  rara  só mesmo  de  almas  gêmeas .

Essas  lendas  nos encantam …

 Fonte   -  Jornal  Folha do SERVIDOR  PÚBLICO  - pág vinte
Edição  duzentos e noventa e cinco -  Agosto/ dois mil e dezessete 






Chineses  passam  lentamente  do  nanquim  ao  computador 

Escritores decoram  códigos para processar  textos em chinês 

PEQUIM  -  Os escritores chineses estão trocando as canetas pelos  computadores  pes-    soais .“ Em  dez anosquem não souber usar um  computador não será escritor ", prevê o  roteirista de televisão  Chen Jtangong ,que tem ajudado  vários  escritores a aprender os  códigos para processar - de  textos em chinês .Ele calcula que , hoje ,um em cada quatro escritores de Pequim usa  computador  - e o mais velho deles tem  80 anos .Wang Meng , escritor e ex- Ministro da Cultura , começou a usar o  PC há  um ano .“ Sentia dores nas  costas , pulsos e dedos pelos anos que passei  debruçado  sobre a mesa  segurando a  caneta “ ,disse . “ Achava a escrita um  trabalho tedioso e  não conseguia me concentrar. Mas hoje o computador me atrai tanto que , logo depois do café da manhã , já estou tra- balhando “ .

A  maioria dos  escritores que usam  PC diz que a  grande vantagem do computador é  tê-los poupado do trabalho de editar e fazer cópias . Chen Jtangong , por exemplo, viva em  pânico quando o portador da  emissora vinha buscar os originais . Mais de uma vez eles foram  perdidos e  Chen teve que  recopiar  tudo  á mão . Mas o  PC também cria  novos problemas ,Zhao Danian ,outro escritor de  Pequim ,conta que certa vez perdeu boa parte de um  texto que esqueceu de arquivar durante um corte de  energia elétrica .

Danian também lembra com tristeza que , no final de 1991 ,teve de recusar um  generoso convite de  gerência do  Palácio de Verão para passar lá algumas noites . “  Por não poder levar o  computador comigo , perdia  oportunidade de  viver alguns dias como  imperador “.
Mas nem todos os  escritores  mudam para os  Pcs assim  tão facilmente . Gao  Hongpo , editor-chefe de uma das  principais  revistas literárias do país ,comprou um  PC e  reinou durante  dois meses no  teclado . Por fim , devolveu-o ao  vendedor . “ Não  tinha  tempo
de me familiarizar com os códigos “ , explica .

Vários  processadores de  textos chineses ,como o  Wang ,o Tianli , o Lianxiang e o  Zheng , são largamente  empregados pela  mídia , na imprensa e nos  escritórios . Mas os códigos  exigem muito da  memória humana e já  forçaram alguns  escritores  notáveis a  desistir do  PC .

Fonte  -   Jornal  O  ESTADO  DE  SÃO  PAULO  -  pág  16  - Lá Fora
Segunda-feira, 5 de abril de 1993  -  Informática  -  Li  Xing  - China  Dally








TELESCÓPIO


Uma  catástrofe   cósmica  matou  os  dinossauros ? 

Os  registros  fósseis mostram que  classes  inteiras de formas de  vida desapareceram em diferentes  épocas aos últimos  650  milhões de  anos . Um desses maiores  eventos de extinção ocorreu há cerca de  65  milhões de  anos nos limites entre as  eras  geológica Secundária e  Terciária . Nessa  época , uma enorme  quantidade de  plantas e  animais - quase  a metade de todo o  biogênero existente - desapareceu  completamente .

Em  1980, na reunião da  Associação  Americana para o  Avanço da  Ciência,  em São  Francisco, Estados  Unidos , o físico  americano  Luis  Walter  Alvarez ,  prêmio  Nobel de   Física em  1968  e seu  filho ,  o geólogo   Walter  Alvarez  ,apresentaram a  hipótese de que, há  65  milhões de anos , um  asteróide de  uma  dezena de  quilômetros de  diâmetro  e massa de quase  13 milhões de  toneladas se teria chocado com a  Terra. Tal choquealém de cavar uma  cratera de  175   quilômetros de  diâmetro, provocou uma  explosão de 100  milhões de  megatons .

Logo depois do impacto , uma marca de  poeira cem vezes  superior à do  asteróide foi pro-
jetada na  atmosfera , mergulhando a  Terra  numa noite que durou de dois  a  três anos .Essa poderia ter sido uma das causas do  desaparecimento dos  dinossauros o  mundo naquela época. Somente os  animais de   pequeno porte , capazes de se alimentaram de  raízes  , grãos e resíduos  orgânicos, conseguiram sobreviver e assim puderam rever a  luz  do  Sol.

A  hipótese dos  Alvarez tem o  grande  valor de explicar o súbito  desaparecimento dos  dinossauros de uma maneira muito  mais  lógica que as  hipóteses  anteriores , segundo os quais esses  animais se teriam tornado  inadaptáveis à  vida naquele  ambiente .A suspeita
de que esses  eventos de  extinção ocorrem regularmente foi levantada em  1977 por dois outros  pesquisadores  americanos , David  Raup e  John  Sepkoski Junior, da  Universidade da  Califórnia . Em  1984 , depois de estudar a  extinção de 600 famílias de  vida  marinha nos últimos  duzentos e cinquenta milhões de anos , eles constataram  doze  diferentes ocorrências desse tipo . A última teria ocorrido há 11 milhões de  anos

A  teoria do  impacto dos  Alvarez pode parecer em  contradição com a  teoria da  extinção cíclica de  Raul-Sepkoski  . Mas  estudos em  88 crateras produzidas na  superfície  terrestre  por  impacto dos  corpos  celestes mostram uma  interessante  periodicidade entre elas - algo em torno de vinte e oito  a trinta e um  milhões de anos. E foi com base em todas as hipóteses que os  astrônomos  americanos   Marc Davis e  Richard  Müller , da Universidade da  Califórnia , propuseram que uma  estrela  anã, muito  pequena e  densa , que gira ao  redor do  Sol em um  período de  revolução da  ordem de  26  milhões  de  anos  ,
poderia ser a causa dessas  extinções  periódicas.

Por ocasião de sua  passagem pelo ponto mais  próximo do  Sol, provocaria enorme  chuva de  cometas , alguns dos quais poderiam se chocar coma  Terra . Um dos problemas para comprovar todas essas  teorias que explicam a  extinção dos dinossauros como consequência de um  bombardeio de  meteoros era a falta de um  aparelho que pudesse medir com precisão a  quantidade de  irídio em  amostras de  rochas. O fato de o  irídio ser muito  raro na  Terra e estar sempre associado à  queda de  meteoros contribui para a suspeita de que seja um elemento   extraterrestre .

Mas recentemente os  cientistas Frank Asaro , Helen  Michel e Don  Malone descobriram novo processo capaz de determinar com segurança a presença do irídio nas  rochas terrestres . Podemos esperar para breve novas contribuições para esclarecer algumas  das dúvidas que ainda envolvem a  teoria sobre a  extinção dos  dinossauros . No passado , o IRAS - Satélite  Astronômico Infra Vermelho - detectou o  calor proveniente de um objeto a cercam de 80  bilhões de  quilômetros de distância da  Terra . Seria a  estrela  assassina  ? E essa  estrela não seria o  corpo  invisível que , periodicamente , perturba as  órbitas  dos planetas  Urano e Netuno e que os  astrônomos suspeitam seja o  planeta  X - o  décimo componente de nosso  sistema  solar ?



Fonte  -  Revista  SUPER     -  Por  Ronaldo  Rogério de  Freitas  Mourão 
O  astrônomo  Ronaldo  Rogério  de  Freitas  Mourão é diretor  do  Museu  de  Astronomia 
e  Ciências  Afins do  Conselho  Nacional  de Desenvolvimento Científico  e  Tecnológico 






DEPENDÊNCIA   DIGITAL 
Viciados em smartphones 

Há mais de 280 milhões de usuários compulsivos de celulares no mundo   , diz estudo 

Você abre apps no seu smartphone mais de 60 vezes por dia ? Se sim , está na categoria dos “ viciados em celular “ . O transtorno pode ser grave  , mas tem cura e você não está sozinho. Há mais de 280 milhões desses compulsivos no mundo  , de acordo com um levantamento divulgado pela Flurry , uma empresa de análise de aplicativos que o Yahoo! comprou no ano passado . O dado mais preocupante é o que mostra que esse índice cresceu quase 60 % em relação ao ano passado.

Os aplicativos mais acessados pelos “ viciados “ são  , na maior parte  , de redes sociais e de mensagens instantâneas, e os dependentes usam esses dispositivos com uma freqüência pelos menos cinco vezes maior que o usuário médio  .

De 2014 para 2015  , o número de dispositivos inteligentes cresceu 1,3 bilhão para 1,8 bilhão  , o que representa um aumento de 38 % de um ano para o outro  . O número de usuários medianos  , que utilizam aplicativos entre uma vez e 16 vezes por dia  , cresceu de 784 milhões para 985 milhões no mesmo período   , um aumento de 25 % . Já o número de usuários muito ativos  , que suam apps entre 16 a 60 vezes por dia  , cresceu ainda mais : de 440 milhões para 590 milhões ( aumento de 34 % ) . Mas o grupo de usuários “ viciados “ foi o que cresceu mais violentamente  , passando de 176 milhões em 2014 para 280 milhões em 2015  - um aumento de 59 % . 

Não por acaso , desde 2008 o Instituto Delete faz pesquisas sobre dependência de celular no Brasil e promove o uso consciente da tecnologia. Em seu centro de tratamento especializado em detox digital, mais de 400 pessoas já foram atendidas  . 

Eduardo Guedes , diretor de programa do Instituto de Psiquiatria  da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) , diz que o primeiro passo para a cura é saber identificar se o indivíduo é um viciado ou não. Segundo o pesquisador , isso nada tem a ver com o tempo que se passa on-line ou o número de vezes que se acessa o celular .

- O uso abusivo ocorre quando a vida virtual começa a atrapalhar a real - define Guedes  , - Por exemplo , se a pessoa deixa de viajar porque não vai ter conexão WI-FI no local , se ela fica de mau humor quando está longe do aparelho  e , em casos mais graves , se há brigas com parentes e amigos por conta da dependência.

A compulsão pode ainda gerar problemas de saúde , como tendinite nas mãos e dores  na coluna cervical ( pelo hábito de olhar sempre para baixo ) , além de piora na qualidade do sono e ansiedade . Por isso , pode ser necessário fazer um detox digital . O próprio Instituto Delete dá algumas dicas : desligar o celular ou deixá-lo no modo " silencioso " na hora de dormir , não checar o aparelho quando estiver dirigindo nem durante as refeições , criar horários específicos para navegar pelas redes sociais  etc.

Fonte    - Jornal    O  GLOBO     -  SOCIEDADE      -   pág  25
Quinta-feira 16.7.2015     -  MARINHA  COHEN   


Ficar  de  fora  é  uma   opção  apocalíptica  ? 

Na década de 60 , o multi-intelectual Umberto-Eco escreveu " Apocalípticos  e  integrados " , um clássico . Ali, ele avalia dois tipos de atitudes frente à cultura: os que a veem como atribuído aristocrático - e portanto incompatível com a ideia de torná-lo acessível às massas - e os que talvez nem se importem com a natureza aristocrática da cultura , absorvendo informação venha de onde vier e , com isso , compondo uma " cultura  popular " . Os primeiros são os apocalípticos , os últimos , os integrados . Quando o livro foi escrito , a televisão era um fenômeno cultural relativamente recente - programas ao vivo, noticiários , rock'roll , uma sensação de " tudo ao mesmo tempo agora "  , se não se infiltrava ,se consolidava no jeito de ser das coisas . Tudo porque o mundo todo começava a entrar pela janelinha eletrônica que se tornava comum nas salas de estar, primeiro nos EUA, e dali para o mundo . Claro , havia o rádio , mas as experiências , óbvio , são bem bem diferentes . 

Já se vão quase 70 anos desde que a TV foi tão relevante . Não que tenha deixado de ser , não é o que se quer dizer aqui ( até porque seria ridículo sugerir isso , ainda mais no Brasil ) .

O que acontece é que hoje temos o fenômeno das redes sociais na internet . Que já não é tão novo , diga-se ; desde a década de 90 estamos nos conectando mais e mais . Havia esperanças mais elevadas para a internet : a rede era vista como o canal pelo qual a cultura fluiria , contribuindo para criar uma humanidade mais e irmã , mais unida em um propósito de gerar paz e prosperidade . Claro que nada disso se verificou . A rede hoje é uma terra de ninguém , onde manda a selvageria  verbal ( que por vezes até vira selvageria física ) ; é um conjunto de pequenos feudos , nos quais valem pequenas leis locais , códigos e restrições implacáveis com os de fora . Essa é a posição dos aristocráticos apocalípticos , só enxergam a mudança trazida pela internet como decadência .

Já os integrados veriam a rede como a terra a se conquistar , onde vão se moldar os novos costumes , que as gerações futuras enxergarão como normal , à medida em que os costumes de hoje vão saindo de cena

Há espaço para quem não queira se incluir nessa dicotomia? Sim , há ( ao menos em países em que haja alguma liberdade de expressão ; onde não há , a categorização nem se põe) . Embrenhar-se no debate poderia ser mais produtivo , oxigenar a discussão . Mas um breve passeio pelas redes, basta para mostrar que a contribuição seria pequena. O melhor é ficar de fora . Isso faz de você é um aristocrata apocalíptico? Que seja .

Fonte   -   Jornal  DESTAK   -  pág   8
Quinta-feira , 20.072017     -  VINICIUS  ALBUQUERQUE  - Editor  Chefe








COMPUTADOR, INTERNET, VÍRUS …
COMO  SE  PROTEGER  NO  MUNDO  DIGITAL  ?

Muito tem se falado sobre segurança digital. Os crimes e os ataques cibernéticos , que são vírus digitais disseminados pelos hackers por meio de computadores e internet , estão se tornando cada vez mais recorrentes em empresas e instituições. Esses ataques cibernéticos acontecem quando são deixadas brechas na segurança dos computadores.

A intenção destes crimes virtuais é danificar informações , roubar dados , espionar , sabotar e extorquir dinheiro. Um deles e um dos mais recentes divulgados na mídia é o vírus do tipo Ransomware, que “sequestra “ informações de um computador exigindo resgate em Bitcoins, uma moeda virtual e global que não pode ser controlada pelos governos e não depende do mercado financeiro tradicional, para devolver o acesso à máquina, como aconteceu em maio deste ano, em vários países do mundo .

E isso tem redobrado as atenções das empresas e instituições para a segurança digital , e a de usuários comuns que possuem um computador em casa. Então , como nos proteger no mundo digital ? Veja aqui algumas medidas básicas de segurança :

- Instalar um antivírus e o manter atualizado.

- Fazer cópia dos arquivos , conhecido como backup , pode ser realizada em dispositivos como HD externos ou pendrives , ou ainda nas “ nuvens “ , onde o usuário tem a opção de salvar seus arquivos em servidores localizados em vários locais do mundo , acessando-os através da internet .

- Manter o sistema operacional atualizado. Geralmente em casa temos o Windows , da Microsoft , que é o sistema que mais sofre ataques virtuais em todo o planeta . Portanto , mantê-lo atualizado é crucial para a segurança de seus dados .

- Evite passar seus dados ou contas virtuais para pessoas que não são de extrema confiança.

- Bancos e instituições financeiras não costumam mandar e-mails para seus clientes . Por isso , fique atento quanto a esse tipo de e-mail , pois os hackers costumam copiar sites de bancos , o que pode confundir o usuário , que acaba passando todos os seus dados para criminosos digitais . Em caso de dúvidas , entre em contanto com seu banco ou instituição financeira .

- Não acredite em prêmios mirabolantes ou promoções extremamente vantajosas que são abertos apenas por acessar determinados sites . Com estas precauções é possível se proteger no ambiente digital .  Até próxima !

Colaboração : José  Flávio  Gonçalves , Analista de Negócios . 

Fonte   -  REVISTA  DE  APARECIDA    -  pág  36     - On  line -  Nossa  família
Julho  de  2017     -  Lívia  Mª  de  Oliveira  Silveira  Rosa       A. 12 . com 



clique na imagem para ampliar


O  místico  pavilhão 

O  firmamento  como símbolo  nacional 

O firmamento sempre exerceu fascínio e tem sido permanente fonte de inspiração para a humanidade. Muito além de uma simples questão de civismo, conhecer bem a bandeira do Brasil e o seu simbolismo é um mergulho na história. Ela é considerada um símbolo também na medida em que evoca o sentimento nacional apenas pelo olhar.

Uma bandeira tem o papel de representar um país e nela estarão todos os ícones de uma nação. Como um símbolo místico plasmado no Astral, a bandeira do Brasil irradia a força dos 72 Anjos Cabalísticos e de Emanuel, o Ano da Paz Universal. E ainda recebe a influência de astros e constelações – especialmente do Cruzeiro do Sul, Escorpião e das estrelas Prócion, Sírius, Canopus e Espiga.  

Sua função , sob a ótica mística , é vibrar toda a nação, a natureza, os governantes e o povo , no sentido de despertá-los para as grandes missões reservadas à pátria brasileira no terceiro milênio, idealizada logo após a Proclamação da República em 1889, a bandeira do Brasil, reflete as cores das matas , do ouro , do céu e estrelas representando estados. Porém, os significados não são apenas esses. Para os esotéricos estudiosos do ocultismo, o símbolo do Brasil revela muito mais. 

As cores verde e amarelo, representando popularmente as riquezas vegetais e minerais do Brasil, ligam-se também às forças telúricas. O círculo central em azul representa a esfera celeste e as grandes viagens de explorações marítimas. O azul e o branco refletem o desejo de paz e concórdia, tão característico do povo brasileiro e também o anseio de espiritualidade.

As estrelas também ganham espaço na bandeira. São três as constelações facilmente reconhecíveis: o Cruzeiro do Sul , o Triângulo Austral e o Escorpião, Sírius, a mais brilhante estrela do céu, representa o estado de Mato-Grosso, onde está localizada a região do Roncador. No centro da bandeira está representada, em destaque, a constelação do Cruzeiro do Sul, que no momento histórico da Proclamação da República passava sobre o meridiano da cidade do Rio de Janeiro, antiga da capital do Brasil.

Junto a Ursa Maior, no hemisfério do Norte, o Cruzeiro do Sul gira em torno dos pólos magnéticos da Terra. Estas constelações são verdadeiros circuitos de energia que podem direcionar a caminhada do homem para a realização espiritual. Na prática, segundo os espiritualistas, há uma conexão delas com os ossos do cérebro humano.

Além de cores e símbolos, na bandeira vem escrito " ordem e progresso ", uma referência ao mote positivista de Augusto Comte: o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim. Na "CEU" , a bandeira é exaltada em sessão solene e conta com uma guarda especial, formada por sete sacerdotes e um porta-bandeira. Durante a celebração, o oficiante presta uma singela e profunda homenagem ao pavilhão: "Eu te saúdo, símbolo místico da pátria brasileira, pedindo a Deus e aos Divinos Mestres da Falange Branca Universal toda a vibração, proteção e orientação para seus governantes e todos os homens que aqui vivem como espíritos encarnados e desencarnados. Que todos possam irradiar a tua força de paz, amor, ordem e progresso.

Extraído do Informativo Mensageiro Celeste nº 18 - nov/04 , do Centro Cultural Akenathon da Ordem Fraternal Cruzeiro do Sul - " CEU " -Centro - Rio de Janeiro 

A " CEU " é uma instituição místico espiritualista , senfins lucrativos , voltada para a ajuda ao próximo e fundamenteção em religiões orientais . 

Fonte   -  OXIGÊNIO  -   pág  7 
Janeiro de 2005 






Imperador  Trajano  se  deliciava  com brócolis

Apicius, o grande cozinheiro romano, escreveu no século 2 da era cristã o seu “Da Re Conquinaria “ , um tratado definitivo sobre a cozinha de seu tempo. Nele, cita uma receita de brócolis cozidos com 14 especiarias, entre elas coentro, cominho  , mostarda  , alho -poro  , cebola e mel. Os brócolis eram então servidos com um molho apreciadíssimo, chamado garum, feito com cabeças e tripas de peixe fermentadas por 30 dias, além vários temperos.

Esse prato , que hoje nos parece impalatável, fazia a delícia do Imperador Trajano toda vez  que Apicius  o servia.

Eles nascem naturalmente nos campos mediterrâneos, sendo consumidos graças a suas propriedades digestivas, provenientes de sua riqueza em fibras.

Ao compra-los, atente para que suas flores estejam fechadas e compactas em pequeno burguês, e as folhas brilhantes. Com o auxílio de uma faca, corte os buquês, deixando somente cinco centímetros de talo. Despreze as folhas externas e aproveite somente as delicadas folhas do interior do maço.

Lave acuradamente e, com a faca, faça um corte de dois centímetros no sentido do comprimento na direção das flores - isso vai ajudar a igualar o cozimento. Cozinhe-os em água com sal, até que estejam al dente. O termo italiano al dente indica o momento preciso em que a cocção de um alimento está ideal. 

Representa a passagem do cru para o cozido, onde o produto atinge o estado perfeito para a mastigação. Portanto, ao contrário do que alguns crêem, não se trata de servir a verdura crua ou semi-crua, mas sim no ponto justo.

Voltando aos brócolis, após cozido escorra e despeje gelo em abundância sobre os mesmos. Isso manteria sua bonita cor verde, dando um aspecto natural. O hábito que alguns restaurantes têm de acrescentar bicarbonato de sódio é execrável, pois além de passagem do ponto os brócolis perdem também as vitaminas e o sabor. 

Os brócolis são das verduras que melhor se prestam ao congelamento, conservando sua textura e sabor inalterados por pelo menos seis meses. 

No sul da Itália eles são apreciadíssimos e os sicilianos em particular possuem um repertório quase inesgotável de modo de prepará-los. Uma das maneiras clássicas de fazê-los é dourar um pouco de alho em azeite - de preferência em uma panela de ferro - e acrescentá-los, cozidos mais filés de anchovas picados e azeitonas pretas em quatro. Em fogo baixo, misture tudo delicadamente com uma colher de pau. Derrame um pouco de vinho tinto robusto, deixe-o evaporar, confira o tempero e sirva. 

Se falarmos em massas, existe uma receita que os italianos dizem que "fa ridere la nonna " ( faz a vovó rir ), o tradicionalíssimo orechiette com brócolis. Essa massa é feita com a mistura de uma parte da semolina, duas de farinha de trigo e água morna, ligeiramente salgada.

Coloque a farinha e a semolina em uma superfície lisa e vá juntando a água aos poucos até conseguir uma mistura de consistência elástica e compacta. Enrole pedaços da massa em bastões de dois centímetros de diâmetro; corte então em discos de três milímetros de espessura e , com uma faca de ponta arrendondada, dê um formato côncavo aos discos, acentuando a forma com o polegar. Deixe secar em lugar arejado por pelo menos um dia antes de usar. 

Para fazer esse prato, coloque água em abundância para ferver, escolha as flores e folhas mais tenras dos brócolis. Coloque-os para ferver dez minutos e acrescente em seguida os orechiette, deixando-os até que os dois alcancem o ponto. Escorra, reque com azeite de oliva e salpique com pimenta preta e moída na hora.  

Jornal    -         FOLHA  DE  SÃO  PAULO   - ESPECIAL
HAMILTON  MELLÃO  JR.







A  HISTÓRIA  DA  ASTRONOMIA

Você  sabe  o  que  é  astronomia 


É a ciência que estuda os astros, a sua constituição, as suas posições relativas e as leis dos seus movimentos. A astronomia nasceu como consequência das necessidades cotidianas das culturas primitivas. O homem, para um melhor aproveitamento dos períodos de semeadura e de colheita, precisava entender por que passava ora por tempos de calor ora por tempos de frio. Precisava entender, também, como se dava a sucessão dos dias e das noites  e, em uma outra escala, quais eram as fases da Lua.

A contemplação do céu possibilitou ao homem primitivo reconhecer a existência de fenômenos que por se repetirem com regularidade, permitem estabelecer padrões naturais temporais. Assim, por meio dessa análise sistemática, nossos antepassados aprenderam a prever as estações e, com a passagem dos anos, a situar os acontecimentos no tempo.

Os povos antigos, entre as quais babilônicos, chineses, maias, egípcios e gregos, possuíam conhecimentos muito rudimentares e limitados à observação visual dos fenômenos celestes e a sua aplicação com fins práticos e místico – religiosos.

Segundo Aristóteles  ( séc . 4ª.C  ), por exemplo, a Terra era o centro do Universo, ou seja, ele acreditava que a Terra permanecia imóvel enquanto os demais planetas giravam em sua volta. Era o chamado sistema geocêntrico.

Mas a astronomia, tal como a conhecemos hoje, iniciou-se com o trabalho de Nicolau Copérnico ( 1473 – 1543 ). Ele propôs, em sua obra sobre a Revolução das Esferas Celestes, o sistema heliocêntrico do Universo, no qual a Terra gira, tal como os demais planetas, em volta pôr do Sol, imóvel no centro.

Com o passar do tempo, várias outras descobertas foram feitas, como o do planeta Urano, em 1781 pelo astrônomo inglês, William Herschel  ( 1738 -1822 ).

Mas essa aventura do conhecimento iniciada há  milênios não para por aí. Ainda hoje, descobertas são feitas. Tanto que, nas últimas décadas, nenhuma outra ciência fez um progresso comparável ao da astronomia!


Fonte   -   Jornal   Estadinho   - Estado  de  São  Paulo

Sábado  , 22/05/2004   -  Aprenda   com  o  OBJETIVO  Júnior  ( sugestões e dúvidas Lilian Gonçalves )



Cosmologia  e  destino


MICRO / MACRO


Desde que o cosmólogo russo Alexander Friedmann propôs, em 1922, que a geometria do Universo não é estática  , mas sim dinâmica, o destino do Universo passou a integrar a lista de preocupações dos físicos modernos. Segundo as equações que se descrevem sua evolução, tudo depende da quantidade de matéria que há, em média, no Universo. Usando o fato de que a matéria e energia podem ser consideradas no mesmo nível dentro da teoria da relatividade, tudo depende da densidade de energia no Universo, ou a quantidade de energia / matéria por unidade de volume.

Basta saber qual é a densidade de energia no Universo e a comparar à chamada “densidade crítica “ para prever seu destino. Caso o Universo tenha uma densidade maior que a densidade crítica, sua expansão se transformará em contração em algum momento do futuro. Caso contrário, a expansão continuará para sempre. Podemos também mostrar que há relação entre o destino do Universo e a sua geometria: um universo fechado, como a superfície de uma bola, voltará a se contrair, e um universo aberto, como a superfície de uma mesa, se expandirá. ( Claro, o Universo tem três  , e não duas dimensões espaciais, como a superfície da bola).

“ Então é só isso ? “ , exclama o leitor  . Claro que não  . Primeiro  , não é nada fácil obter uma medida da densidade média de energia no Universo. As medidas atuais dizem que a densidade da energia do Universo é cerca de 30 % da crítica. Nesse caso  , o Universo teria um fim gelado.

Quando Einstein propôs o primeiro modelo cosmológico da era moderna, em 1917, usando sua teoria da relatividade, ele supôs que o Universo era estático. Na época, não havia observações conclusivas  indicando que o Universo se encontrava em expansão. No entanto, ele observou que um Universo estático e finito era instável, podendo implodir devido a qualquer perturbação  . Para remediar esse problema  , ele adicionou um novo termo em suas equações  , uma espécie de “ antigravidade “ , que gerava uma pressão negativa capaz de equilibrar seu universo. Esse termo é conhecido como “ constante cosmológica “ . Quando, em 1929 , Edwin Hubble anunciou a expansão do Universo, Einstein abandonou o termo, chamando-o de seu maior erro.

Mas a constante cosmológica se recusa a desaparecer. Dois grupos de astrônomos americanos causaram verdadeira sensação na comunidade internacional ao anunciar que certos tipos de estrelas que eles observaram de forma metódica, as supernovas, do Tipo  1, estão sendo aceleradas mais rapidamente do que o previsto pela cosmologia de Friedmann. A explicação mais popular para isso é a existência de uma constante cosmológica  ! Mesmo que ainda seja um pouco prematuro concluir que, de fato, o Universo possui uma força de repulsão cósmica, podemos ao menos explorar algumas das consequências da existência dessa força.

Talvez a consequência mais surpreendente da existência de uma constante cosmológica seja a perda da relação entre o  destino do Universo  e sua geometria. Uma vez que a constante cosmológica é incluída nas equações sobre a evolução do Universo, torna-se possível ter um universo fechado que continuará a se expandir, ou um aberto, que virá a colapsar em um grande Big Crunch, algo que, segundo a cosmologia tradicional  , não é possível  .

Para piorar as coisas  , podemos mostrar que não é possível obter informação sobre o destino do Universo por meio de nenhuma combinação de observações cosmológicas. Isso porque, mesmo que elas mostrem que a constante cosmológica  é, na verdade, nula, nada impede que ela seja apenas muito pequena. A esperança de muitos é que uma teoria fundamental da natureza venha a mostrar que a constante cosmológica deve ser absolutamente zero. Mas, até a descoberta dessa teoria  ( se ela for descoberta ), devemos nos render à ignorância de nosso destino.


Fonte   -  Jornal   - FOLHA  DE  SÃO  PAULO   pág  5

Domingo  , 25  de  Julho  de  1999   -    14    FOLHA  mais  !

futuro   - Marcelo  Gleiser  é  físico  do  Dartmouth  College  em  Hanover

(EUA  )  ,  e  autor  do  livro   "  Retalhos  Cósmicos  "  .








A  chave  para um  futuro  sustentável


Especialistas apontam a cartografia como um instrumento indispensável para coletar e distribuir informações, bem como para impulsionar o progresso social e humano.


Responda rápido: o que une Cristóvão Colombo e o motorista de uma metrópole qualquer  ? A resposta é a cartografia. A ciência dos mapas, que no século XV ajudou o navegador a descobrir a América, facilita a vida de quem usa um aplicativo de celular para encontrar o caminho menos engarrafado na hora do rush, em pleno século XXI

Seis séculos separam esses dois usuários tão diferentes da cartografia, mas não há dúvidas de que mapas conectam o mundo. E esse foi justamente o tema central 27ª Conferência Internacional de Cartografia  (ICC 2015 ) , realizada de 24 a 28 de agosto, no Rio.


- É impossível pensar num futuro sustentável para o planeta sem informação. E Cartografia é informação – afirmou Georg Gartner, presidente da Associação Internacional de Cartografia  (ICA )  , na cerimônia de abertura.


- A cartografia é uma ferramenta indispensável para o progresso da Humanidade – completou o presidente da Sociedade Brasileira de Cartografia (SBC)  , Paulo César Teixeira Trio.


Assim na abertura, a presidente do Instituto Pereira Passos  , Eduarda de la Rocque, representando o prefeito Eduardo Paes, ressaltou a importância da informação nas transformações por que o Rio vem passando nos últimos anos.


- O Rio caminha na direção do desenvolvimento sustentável. Sem planejamento, essa caminhada seria impossível. Por isso acreditamos na cartografia como um instrumento importante para coletar e distribuir informações  e,  com isso, promover o progresso social e humano.


Greg Scott  , consultor do Comitê de especialistas em Gestão da Informação Geoespacial Global da Organização das Nações Unidas  (UM – GGIM ) , é ainda mais enfático:


-  A  informação está disponível em qualquer tempo, em qualquer lugar. A cada minuto, milhões de pessoas estão produzindo informações. A Humanidade tem acesso a mais dados sobre qualquer tema do que jamais aconteceu no longo de sua História.


O consultor da ONU destacou que num mundo globalizado, problemas como fome, abastecimento  de água, esgotamento sanitário, destinação do lixo, disseminação de doenças são comuns a diversos países – e soluções também surgem por todo os lados.


- Pense num mundo sem mapas. Como nos comportaríamos em relação ao espaço que ocupamos  ? Como resolveríamos nossos problemas,  sem conseguir mensurá-los ? Sem mapas,  não vemos nosso planeta da maneira correta. O futuro sustentável do planeta passa pela disseminação de informações  . Mapas e cartografia são a chave.


- O fato é que somos todos cartógrafos  - arrematou o diretor ICC 2015, Paulo Márcio Leal de Menezes.


Fonte - JORNAL O  GLOBO   PROJETOS  DE  MARKETING   pág   3

Domingo,   30/08/2015  - ICC   2015   

- 27ª   INTERNATIONAL  CARTOGRAPHIC CONFERENCE




 
Terra é menor do 
Que  se  imaginava 
Cientista descobrem que o planeta 
Tem cinco centímetros a menos  

O mundo e cinco milímetros menor do que se imaginava. Essa foi a conclusão a que chegou um grupo de cientistas que participou de um projeto cujo objetivo era medir o diâmetro do planeta. A última medição tinha sido feita em 2000. O novo número oficial é 12.756.274 quilômetros.
Os novos dados, entretanto, não significam que a Terra tenha encolhido. Trata-se, apenas de uma análise mais precisa, obtida graças a modelos de medição mais modernos e confiáveis.

Novo dado é importante 
Para medir nível do mar 

A redução não traz grandes implicações no dia-a-dia dos habitantes do planeta. Não significa, por exemplo, que o seu trajeto de casa ao trabalho vai ser menor. Porém, em algumas áreas, como o acompanhamento da elevação do mar, a nova medida traz implicações cruciais. Quem explica é o cientista Axel Nothnagel, da Universidade de Bonn, na Alemanha
- Para o posicionamento dos satélites que medem a elevação do nível do mar, a precisão é uma coisa fundamental  - diz Nothnagel, que participou do projeto. – Se a localização das estações com as quais eles estão conectados não for precisa, todo o trabalho pode ser comprometido. 
A nova medida da Terra foi obtida através do uso combinado de três técnicas diferentes. O primeiro é um método que se utiliza de ondas de rádio que chegam à Terra vindas de distintas fontes no espaço, como, por exemplo, os quasares.
- Existe um sistema com mais de 70 satélites que recebem essas ondas  - explica Nothnagel. – Conseguimos chegar a um número usando a diferença entre os sinais recebidos. 
O segundo método utiliza raios laser para medir a distância entre a Terra e outros satélites que estão em sua órbita. O terceiro método mede a distância entre a Terra e satélites GPS. Para chegar ao novo número, que teve dados coletados até 2005, o grupo de cientistas trabalhou durante dois anos.

Fonte   -   O  GLOBO -    Domingo , 08/07/2007




A  HISTÓRIA  DOS  VIDEO-GAMES

1958
O físico Willy Higinbotham, um dos criadores da bomba atômica, cria o Tennis for Two, jogo de tênis que rodava um computador analógico. A bolinha era um ponto que piscava e os jogadores controlavam o movimento com uma linha vertical.

1962
Spacewar, o primeiro jogo eletrônico do mundo, é desenvolvido PR Slug Russell, Wayne Witanen e Martin Graetz, estudantes do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos EUA.

1969 – 1973
Nolan Bushnell inventa o Computer Space, uma máquina para jogar Spacewar! A experiência dá certo e ele funda a Atari Pong, jogo criado Poe ele, torna-se um fenômeno. 

1978 
Surge o maior fenômeno do vídeo-game: o Atari 2600. Projetado por Nolan Bushnell, é um sucesso de vendas  e, hoje, é símbolo cultural dos anos 1980.

1979 
A Nintendo aparece com o Famicom, que tem jogos famosíssimos, como Mario e Donkey Kong, e vira a maior empresa do mundo dos games. A Sega cria o Master System e o Mega Drive.

1980
O Space Invaders para Atari 2600 é lançado e as vendas explodem. A Namco sai com Pac-Man, o jogo mais famoso dos tempos.

2000
A Sony lança outra geração de vídeo-games: o PlayStation 2, que usa DVD. A Nintendo surge com o GameCube, sucessor do N64. A Microsoft, a maior empresa de softwares, lança o Xbox.

2014
Jogos evoluem em cores, gráficos, recursos e lançamentos. A nova geração tem PlayStation 4, da Sony, Wii U, da  Nitendo, e Xbox  One, da Microsoft.

Fonte  - Jornal  Joca
                           pág 5 - Setembro de 2014 




REGIONAL
Povos indígenas buscam reparação histórica 

Há  515 anos atrás, já vivia em sociedade por estas terras hoje chamada Brasil, um grupo muito grande de pessoas, subdivididos em várias etnias, culturas e crenças, respeitando a natureza, em harmonia com o seu meio ambiente. Mas,  o homem é o lobo do homem e desde a colonização deste território que já era ocupado, foi dominado, invadido e explorado ao benefício do conquistador, e parece que até hoje este ciclo não encerrou. Devemos quanto a nação buscar profunda reflexão a fim  de fazermos verdadeiras reparações históricas.
E os povos da floresta dentro de sua riqueza multiétnica merecem nosso devido respeito em memória de todos nossos ancestrais mortos em combate na resistência pela permanência de seu povo nestas terras.

História  Guarani

Um dos líderes desta resistência foi Djekere A Dju ou como era mais conhecido pelos Jesuítas das Missões como Sepé Tiarajú, que após ter sua tribo dizimada, aos dois anos de idade foi resgatado e criado pelos Guaranis das Missões de São Miguel.
Estudou com padres jesuítas, líder nato, foi elevado a cacique da nação Guarani, e comandou a resistência dos índios contra o império Luso Espanhol.
O líder guarani foi o primeiro grande herói destas terras e é considerado como símbolo de luta e resistência para as 215 nações indígenas espalhadas em território nacional.
Sepé lutou pelo direito à terra, a cultura, a língua e pelos costumes do povo guarani. Sua imagem ficou associada ao homem da terra que diz não ao opressor. Em carta aos qe qeriam tomar as terras dos índios, Sepé escreveu: “Não queremos dar nossas terras. E não queremos andar e viver onde quereis  que andemos e vivamos. Jamais pisaremos vossas terras para matar–vos ou empobrecer-vos, como fazeis aos índios guarani e o praticais agora“ ...
O primeiro herói brasileiro foi assassinado em 07 de fevereiro de 1756, na chacina de Caiboaté, perto de onde hoje é Bajé, R.S. Sepé Tiaraju foi sepultado às margens do rio gaúcho Vacacaí. Antes do massacre, havia 150 mil índios guarani apenas nas missões.
Hoje, em todo o Brasil, eles somam cerca de 41 almas, vivendo em 7 estados: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.

Fonte – Jornal  O Trevo do Litoral  ( Boqueirão )  pág 03    abril de  2015   
Colaborador  - Luis Karai Jekupé






ARQUEOLOGIA 

O dia-a-dia dos escravos no Brasil
É desvendado pelo estudo do lixo

No Brasil, o estudo arqueológico focado nos dejetos já deu seus primeiros passos, mas ainda há muito o que descobrir dentro das áreas urbanas e rurais do país. Aqui, em especial, a pesquisa arqueológica do lixo ganha importância quando se pensa na carência de estudos detalhados sobre costumes urbanos nos últimos séculos. Dos existentes, muitos são uma conseqüência de avaliações feitas antes da realização de obras nas cidades modernas. Perto do Recife, no Córrego da Batalha, um trabalho conduzido pela Universidade Federal de Pernambuco encontrou vestígios - entre eles, pratos e cachimbos  - das invasões holandesas do século 17. Apesar de a área ser tombada e as escavações terem começado na década de 1970, elas foram aceleradas porque favelas ameaçam tomar a região histórica.

Surpresa sob o asfalto 

Já em Porto Alegre, uma reforma na região central revelou áreas antes usadas como depósitos de lixo a céu aberto pelos moradores do século 19. O estudo foi conduzido pela prefeitura e rendeu milhares de peças recolhidas pela equipe do Museu Joaquim José Felizardo. Entre as descobertas feitas pela análise do material, está a dificuldade de a sociedade gaúcha da época incorporar novos hábitos de higiene. “Nas unidades domésticas, o lixo costumava ser jogado no pátio ou enterrado em pequenos buracos", explica a arqueóloga  Fernanda Tocchetto, que coordenou o trabalho em Porto Alegre. “Quando então começou a coleta de lixo nas casas, houve resistência às novas normas. Por meio de escavações é possível perceber como antigos costumes custaram a ser mudados“.
Entender esses meandros das mudanças sociais pode ser difícil pela análise bibliográfica. Isso porque muitos estudiosos preferiram se debruçar sobre movimentos políticos ou econômicos em detrimento da história  cotidiana, aquela construída no dia-a-dia dos antepassados brasileiros
A arqueologia pode suprir essa deficiência, especialmente pelo desenvolvimento de tecnologias próprias para a identificação de materiais que, a olho nu, pode não dizer muita coisa. Hoje, é possível analisar em laboratório substâncias como pólen, restos de comida impregnadas em peças de cerâmica e cascas de frutas  - desde que, é claro, haja disposição e investimento para tanto.
A pesquisa do lixo pode também esclarecer como vivia um segmento da sociedade brasileira pré-republicana: os escravos. Seu cotidiano nas cidades era uma informação normalmente mantida à parte dos registros históricos tradicionais - documentais ou materiais  - por eles refletirem a realidade dos segmentos mais ricos. “É o que se costuma chamar de “arqueologia dos invisíveis, daqueles que não deixaram rastros óbvios“, afirma a curadora da coleção arqueológica do Museu Nacional, Tânia Andrade Lima. “O arqueólogo precisa desenvolver um olhar atento para identificar os sinais“. 
Para tanto, o contexto arqueológico é tão importante quanto a peça  em si. Isso porque os escravos eram a classe menos favorecida da sociedade, apesar de numerosa. Como tal, tinham acesso apenas a materiais facilmente degradáveis na natureza, como fibras naturais e madeira, ao contrário dos objetos usados pela elite, feitos de vidro, cerâmica e metal. Os escravos eram também especialistas em reaproveitar o lixo e lhe dar um novo significado. Um caco de vidro, depois de lascado, virava uma lâmina de barbear; uma cabeça de boneca podia servir como instrumento mágico-religioso. 
Não que a vida cotidiana dos “invisíveis“ sempre tenha sido deixada de lado. Há algumas obras que focam o tema, como o livro “A Vida dos Escravos no Rio de Janeiro“, da americana Mary Karasch. Porém,  a maioria utiliza relatos de terceiros e registros como correspondências, casos jurídicos e teses médicas para traçar esse perfil. É provável que dessa forma haja desvios sobre o que conhecemos sobre o dia-a-dia dessas pessoas. A verdade, esperam os arqueólogos, pode estar no lixo.

Fonte Revista  Galileu  -Abril de 2004    pág  70




Artigo 
Atikythera, um computador da época de Cristo   

Imagine que um baú de Pedro Álvares Cabral fosse encontrado um aparelho semelhante a um telefone celular e que após anos de investigação se descobrisse que o aparelho teria servido para Cabral falar com Portugal durante sua viagem para o Brasil. Você se perguntaria: Como é possível que a humanidade, tendo descoberto a tecnologia do celular, a  tenha  “esquecido“  por 500 anos até sua reinvenção  no  século 20  ?
   
Pois bem, ninguém descobriu um celular na bagagem de Cabral, mas a elucidação do mecanismo de funcionamento de um computador astronômico, construído antes do nascimento de Cristo, demonstra  que o homem desenvolveu  tecnologias sofisticadas que foram perdidas ao longo da história.

Em 1900, pescadores de ostras da ilha Atikythera, na Grécia, descobriram os destroços de um barco romano. As moedas achadas no local  permitiram determinar que o barco naufragou por volta do ano 85 a.C. Nesse barco foi descoberta uma caixa contendo engrenagens de cobre, corroídas  e recobertas por depósitos de minerais formados ao longo de 2 mil anos.  O artefato leva o nome  de mecanismo de Atikythera. Ele contém centenas de inscrições gravadas  em suas engrenagens e está exposto em um museu da Grécia. Cientistas se associaram a uma empresa de tomógrafos computadorizados  e construíram um equipamento  capaz de determinar o que existe no interior do mecanismo calcificado. As imagens obtidas  permitiram a construção de uma réplica exata do mecanismo. De  posse da réplica, puderam determinar seu funcionamento. 

O resultado é impressionante. O mecanismo é similar  a um relógio, com 30 engrenagens. Ele tem uma manivela e diversos ponteiros que se movem sobre mostradores. O mostrador maior indica os dias do ano.  À medida que ele se move, outros ponteiros  indicam a posição do Sol, da Lua  e de cinco  planetas  a cada dia. Três características  revelam a sofisticação  do mecanismo. Usando um pino que move o eixo de duas engrenagens, o mecanismo é capaz de reproduzir a variação da velocidade de rotação da Lua ao redor da Terra ( esse ciclo se repete a cada nove  anos e se deve ao fato de o centro da órbita da Lua não coincidir com o centro da Terra ).  Outro mecanismo representa o ciclo Metônico, que se repete cada 235 meses  ( 19 anos ) e um dos projetos completa uma volta a cada 223 meses reproduzindo o ciclo de Saros que é usado para predizer eclipses.  

O mecanismo Atikythera é um computador astronômico. O impressionante é que não existe outra cópia desse mecanismo. Nenhuma versão mais simples jamais foi encontrada  e nenhuma versão posterior, descoberta. A utilização de engrenagens “sumiu“ do registro histórico por mais de mil anos, só ressurgindo na Idade Média, com os primeiros relógios. Mas, então quem construiu o instrumento?

O projeto pode ter se iniciado em Hipparchus, que  estabeleceu em 130 a.C , na ilha de Rodes, o melhor centro de pesquisas astronômicas da época. Ele foi sucedido por Posidonius, a  quem Cícero atribui a construção de um mecanismo que “a cada volta reproduz os movimentos do Sol, da Lua e de cinco plantas“. Até um mês atrás todos pensavam que Cícero tinha boa imaginação, agora sabemos o que ele deve ter visto em Rodes.  

Mais  informações em in Search of Lost Time, na Nature, volume 444, página 534, de 2006.

Fonte – Jornal Estado de São Paulo - Fernando Reinach  -  Biólogo




O  senhor Skype 

O chefão do mais sucedido serviço 
de telefonia pela internet diz que
o novo alvo do tsunami digital
é a televisão.
  
O sueco Niklas Zennström, 40 anos, casado, engenheiro com especialização em administração de empresas, não tem telefone em casa. Nem precisa. Ele é co-fundador e CEO  da Skype, empresa que permite fazer ligações e vídeo-conferências gratuitamente entre computadores de qualquer parte do mundo – desde que se tenha conexão de banda larga para acesso à internet. Criados em 2003, os serviços da Skype estão disponíveis em 28 idiomas para um crescente número de 171 milhões de usuários globais. A Skype responde por quase 5% das ligações no mundo, mas cresce mais do que qualquer outra empresa de telecomunicações. Só nos últimos três meses do ano passado, o Skype alistou 35 milhões de adeptos. Em  outubro de 2005 a empresa foi comprada pelo eBay, o líder americano de leilões on–line, que pagou 2,6 bilhões de dólares. Zennström continuou no posto de CEO. Está em testes, agora a nova investida de Zennström e sua turma: o Joost, serviço de transmissão de programas de televisão pela internet.

Fonte  - Revista Veja   7 de março de  2007  pág  9 Tania  Menai






CATEQUESE BÍBLICA 
LIVRO  DOS  PROVÉRBIOS 

Como podemos entender o livro dos provérbios?
Podemos entendê-lo como um agrupamento de dizeres, sentenças e alguns desenvolvimentos maiores. Podemos dizer que é uma síntese da sabedoria de vida do povo de Israel. Com o termo sabedoria queremos dizer o viver com intensidade as lições que a vida apresenta.

O que vem a ser um provérbio? 
Podemos dizer que um provérbio é uma frase  bem curta, bem elaborada, que aponta para uma verdade construída a partir da experiência de vida, que se impõe pela forma breve e pela sabedoria das observações. E mais, os provérbios fazem parte dos ensinamentos dedutivos da experiência que o povo tem da vida concreta. O provérbio tem como finalidade instruir, esclarecer situações  da vida que possam parecer complexas, fornecendo orientações para a vida humana, como se fossem setas de uma estrada (cf. Pr 1,1-7 ).

Qual o ambiente em que nasceu o livro dos Provérbios?
Como todo livro da Bíblia, o livro dos Provérbios não foi escrito apenas por um autor, e não faz parte de uma mesma época. A maior parte dos provérbios surgiu da vivência popular, que depois, as poucos, foi sendo coletada, trabalhada e aplicada na vida da comunidade. Muitos deles foram redigidos por escritores  profissionais da corte do rei Salomão, do ano 950 a.C. até por volta do ano 400 a.C.

Mas por que os provérbios foram atribuídos ao rei Salomão?
É apenas uma atribuição a este porque, segundo uma tradição, este rei era considerado um sábio  ( cf. 1 Rs 3-5 ), no entanto, lendo com atenção os vários temas que o livro dos Provérbios nos apresenta, iremos perceber com facilidade e distinguir nove coleções de provérbios de origem, tempos e mãos diferentes. Queremos ressaltar que os provérbios há em todas as culturas e sempre houve em todos os tempos, são como aquelas máximas do nosso dia a dia, por exemplo: “O pouco com Deus é muito e o muito sem Deus não é nada.“

Então, se este livro relata apenas ditos ou sentenças, como pode ser palavra de Deus? 
Este livro é palavra de Deus, que comunica a vida por meio das situações e acontecimentos do cotidiano, que o povo absorve, observa, reflete, intui, e logo procura expressar em sentenças muito simples, mas com muita profundidade, que podem superar os grandes e longos tratados a respeito do ser humano e sua existência. 

Conclusão 
A leitura e a meditação do conteúdo do livro dos Provérbios podem ser um convite para a valorização da vida, não apenas na dinâmica da cultura popular, mas, principalmente, para buscar perceber a experiência religiosa que o povo tem a partir de uma sabedoria que vem de Deus. Esta sabedora faz parte do coração humano e é um dom oferecido sobre tudo aos pequeninos e simples, que se confrontam com os desafios da vida com as alegrias e as tristezas; e as respostas para esses pequenos, geralmente vem de Deus. Esta sabedoria que nem sempre é entendida pelos intelectuais e doutores.

Fonte  - Revista  O  MÍLITE      pág  9  -  Novembro 2011
PADRE  FERNANDO FIGUEIREDO DE SOUSA  -  MISSIONÁRIO  DA IMACULADA -PADRE KOLBE 



Inédito - Aleph 
  
Conta-se que de acordo com uma tradição judaica, para consolidar a letra Aleph – a primeira letra do alfabeto hebraico – por não haver começado a Torá ( Pentateuco ) com ela, Deus a utilizou para iniciar os Dez Mandamentos. Além disso, quando Moisés indagou o nome de Deus, este lhe respondeu com três palavras que começam com Aleph e significam “Serei Quem Serei“. O pano de fundo dessas narrações encontra-se em crônicas cabalísticas e em compilações de interpretação da Bíblia que atribuem um poder criativo  à conjunção das letras hebraicas. Sendo um seu valor numérico e não podendo ser pronunciado quando não está acompanhado por uma vogal, o Aleph - graficamente representado por três das letras do impronunciável Tetragrammaton, o nome de quatro letras que só podia ser invocado pelo Sumo Sacerdote e cuja pronúncia desconhecemos – aponta para  o Verbo Divino que o povo é incapaz de ouvir sem mediação humana ( nesse caso, Moisés no Monte Sinai ). Em “Uma vindicação da Cabala“, Borges dedicou-se a compreender e justificar a prática hermenêutica dos cabalistas. Com “o Aleph“, forjou seu próprio símbolo, ao justapô-lo às teorias matemáticas de Georg Cantor sobre o infinito. O Aleph subjaz igualmente à vida do golem, já que, ao tirá-lo, o aborto de  homem  passava da vida enquanto verdade ( emet ) à morte ( met ), ambas as palavras em hebraico. Assim, como o gato preto que não está em Gershon Scholem, intuo essa alusiva presença no poema “O golem“. Esta letra ilustra a capa da primeira edição de O Aleph (1949 ). Mergulhados no universo de Borges, reconhecemos em seu design gráfico a linha que separa e ao mesmo tempo une as forças que apontam para o céu e a terra, para a própria noção dos arquétipos que povoam tanto seus textos. O Aleph, letra que contém todas as letras, remete a dimensões que extrapolam o comum, é símbolo de acesso à mediocridade ( Carlos Argentino Daneri ), à prostrada loucura de quem é incapaz de raciocinar  ( Funes ), a quem se refugia na alegria de entender (Tzinacán) ou ao consolo que o esquecimento proporciona (“Borges“). 

Tradução de Gênese Andrade
    
Fonte Revista Metáfora  - Por  Saúl  Sosnowski
É argentino, escritor e professor de Literatura e Cultura Latinoamericana na Universidade de  Maryland (EUA), autor de Borges e a cabala em busca do verbo
                             A vida transformada





Espiritualidade
Mês da Bíblia

"Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.”  

Para nós da Igreja no Brasil, desde 1971, setembro tornou-se o Mês da Bíblia e, já desde 1947, o último domingo do mesmo mês  é comemorado como Dia da Bíblia. Talvez nem façamos ideia,  mas a Bíblia é o livro mais  vendido, distribuído e impresso em toda a história da humanidade. Só no século XX foram impressos mais de um bilhão e meio de exemplares, em mais de 1600 idiomas diferentes, tornando-se o maior best-seller  de todos os tempos. Nunca a palavra de Deus foi tão meditada, lida e comentada como em nossos dias. Mas qual é a origem da Bíblia? Para que serve?  Como deve ser lida?  Como rezar com a Bíblia? São perguntas nesse artigo, sem a pretensão de esgotar o assunto, mas com a esperança de leva–los  a amá–los como fonte de vida.     

Qual é a origem da Bíblia?
    
Ela é a história de um povo com o seu Deus; não de qualquer povo, mas do povo de Deus, escolhido por Ele, para ser exemplo para todos os povos. Ela nasceu no meio do povo hebreu, no tempo  de Abrahão, na terra de Canaã, que em seguida chamou-se terra de Israel e bem mais tarde Palestina.  
A palavra Bíblia provém do grego biblos  e significa livros, o que bem demonstra não ser a Bíblia um único livro. Assim, quando usamos hoje a palavra “Bíblia“ nos referimos a um conjunto de livros. Nela estão agrupados 73  livros.  É uma verdadeira mini–biblioteca que destaca a aliança e plano de salvação de Deus para com a humanidade.   
E justamente por não ser um livro, mas um conjunto de livros, a Bíblia levou bem mais de mil anos para ser escrita e tomar a forma de hoje. Podemos identificar em sua gestação que ela passou por três fases.  

- Os acontecimentos antes de se tornar um livro, a Bíblia foi uma realidade vivida e experimentada pelo homem. A  essência da Sagrada Escritura não está nas palavras que ela  traz, mas nos acontecimentos salvíficos.
    
- Tradição oral : logo depois dos acontecimentos, entra em cena a Tradição Oral. Eles eram contados pelos pais e mães aos  filhos, de geração em geração. Esse período durou cerca de 900 anos. Desta forma, o povo mantinha forte em sua lembrança as fortes experiências vividas com Deus.  “Lembra–te dos dias antigos, considera os anos das gerações passadas. Interroga teu pai e ele te contará, teus anciãos e eles te dirão “ (Deuteronômio 32, 7). Assim, pois irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa “ (2 Tessalonicenses 2, 15).    

- Tradição escrita: quando possível, devido às condições políticas sociais e culturais da época, algumas pessoas   começaram a colocar por escrito as ricas e vastas experiências do povo eleito de Deus. Graças a homens inspirados pelo Espírito Santo, também chamados hagiógrafos, a Bíblia começou a ser escrita.   

Vemos, assim, que a Bíblia, ou melhor, os livros que a compõem foram escritos por homens , mas inspirados por Deus, de forma a prevenir erros. O homem foi o instrumento de Deus e foi movido e dirigido por  Ele. No entanto, cabe aqui uma importante observação: o fato de Deus ter inspirado homens a escreverem os livros que compõem a Bíblia, não significa que tenha anulado a inteligência e a liberdade deles. Veja o que nos diz o Magistério da Igreja  à respeito disso:    
“Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu, fazendo–os usar suas próprias faculdades  e capacidades, à fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles, escrevessem, como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse “ (Dei Verbum , II ).
        
Fonte – Jornal Testemunho da Fé  - ESCOLA  DE FORMAÇÃO SHALOM 
4 a 10 de setembro de 2011

A Bíblia 
    
O termo bíblia é uma tradução do latim bíblia, que é uma transcrição plural do grego ta bíblia, que quer dizer “livros“. O termo livros, sem uma qualificação, mostra a posição especial que estes livros ocupam, expressando também que a bíblia é uma coleção, uma variedade  de   livros, muito mais uma biblioteca do que uma única obra literária.    
Este conjunto de livros é reconhecido pelos judeus e cristãos, como a palavra de Deus. O número destes livros difere conforme o cânon ou norma de autenticidade, aplicado por ambas as partes.   
A bíblia hebraica, conhecida pelos cristãos   como antigo testamento (AT), é formada por 46 livros. Seu cânon foi fixado pelos judeus da Palestina pelo ano 100 de nossa era. Os judeus reconhecem somente os livros em hebraico. Excluindo os escritos em grego.   
A bíblia hebraica compreende três partes: Lei-Tora,  formada pelos cinco livros chamados de Pentateuco, nesta ordem: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os profetas subdivididos em duas grandes partes. Primeiros Profetas: Josué, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis: Últimos Profetas : Isaías,  Jeremias, Ezequiel, e  os doze “profetas menores“: Oseias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habauc, Sofonias, Ageu Zacarias e Malaquias.  
Escritos: conjunto de livros variados: Salmos, Jó, Provérbios, Lamentações, Eclesiastes, Rute, Ester, Cântico dos Cânticos, Daniel, 1 e 2  Crônicas, Esdras e Neemias.  
A bíblia cristã reconhece e aceita este cânon da lista oficial dos livros do AT. Inclui, além dos livros que aparecem na tradução grega denominada LXX ( Setenta ) - versão grega da diáspora. São, concretamente, os seguintes: Tobias, Judite, Ester, 1 e 2  Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc e Carta de Jeremias. Estes livros são chamados por nós católicos de deuterocanônicos, e de apócrifos pelos protestantes. 
O novo testamento (NT), não é reconhecido pelos judeus como sagrada escritura. É formado por 27 livros: os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, que é o centro do novo testamento, os Atos dos Apóstolos, as Cartas ou Epístolas, classificadas de acordo com o seu destinatário ou segundo o seu autor. Assim 14 de São Paulo: aos Romanos , 1 e 2  aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, 1 e 2 aos Tessalonicenses, 1 e 2 a Timóteo, a Filemon, aos Hebreus. Outro grupo de cartas, chamadas de “católicas“: de Tiago, 1 e 2 de Pedro, 1 e 2 e 3 de João, e a  Carta de Judas. Por último, o Apocalipse de João.
    
Fonte – Revista  Mílite  - fevereiro de 20 10 
Padre Fernando Figueiredo de Sousa  
                                                                                Missionário da Imaculada - Padre Kolbe 







A "Alma brasileira"
e a herança da escravidão

A Formação da "Alma brasileira"

Na edificação da nação brasileira há dois componentes básicos: o material (econômico) e o cultural (de cunho psicológico, espiritual e humano). A contribuição do negro se dá nos dois aspectos, durante e após o período da escravidão. Do ponto de vista material, o negro transforma a paisagem natural com o seu trabalho. Tudo, enfim, estava para ser construído: estradas, pontes, igrejas, hospitais, prédios, plantações etc. O braço escravo, praticamente fez de tudo.
Hoje o Brasil é um país industrializado. Esse tipo de desenvolvimento só foi possível graças ao ciclo do café que permitiu um grande acúmulo de dinheiro (capital) nas mãos dos fazendeiros paulistas. E o ciclo do café, que antecedeu à abolição, foi construído nas costas do trabalhador escravo.
Além de firmar os alicerces da economia brasileira, o negro deu o contorno àquilo que denominamos "alma brasileira". É certo que o negro não riscou esse desenho cultural sozinho. De uma certa forma, todos os grupos étnicos que para aqui vieram ou que aqui estavam, como no caso dos índios, tiveram o seu papel na formação cultural.
Contudo, a cultura brasileira; brasileira isto é: a forma de nós brasileiros sermos, pensarmos e reagirmos diante das coisas é imensamente negra. Não se trata apenas da música, mas da musicalidade e o ritmo que todos nós temos; negros, brancos, mestiços, amarelos etc... Não me refiro só à comida mas ao tipo de paladar que é característico ao brasileiro. Trata-se da religiosidade do nosso povo. Da alegria e euforia das pessoas que acontece não apenas durante o carnaval, mas que ocorre sempre que há um pretexto em qualquer lugar. Da habilidade manual e capacidade de aprendizado sempre acompanhada de uma criatividade que espanta os estrangeiros. 
Aqui, muitas pessoas, aparentemente brancas, têm uma tetravó escrava. Isto é fato em virtude dos senhores terem usado as escravas sexualmente durante os três séculos e meio em que a escravidão durou. Logo é desnecessário mais explicações sobre o imenso número de crianças que nasciam de pai branco e mãe escrava. Aleijadinho (o famoso escultor das cidades mineiras) e Machado de Assis (o grande escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras) foram mestiços; sendo que o primeiro era filho de mãe escrava. Porém a mestiçagem não percebida a olho nu é muito maior do que muita gente pensa.
No sangue, nós sabemos que o Brasil é bem negro. Quanto à nossa cabeça, isto é, a forma de nós brasileiros sermos e pensarmos, como já foi dito, não é diferente. Esses dois aspectos do legado da escravidão, fazem a alquimia racial bem urdida que somos e que torna este país um imenso porto onde a Europa e África se contracenam na ciranda real do cotidiano.
Infelizmente, o legado não se restringe apenas à parte econômica e cultural. Apesar da imensa contribuição deixada pelos antigos escravos e pelos seus descendentes, os negros são duramente discriminados e impedidos de terem as mesmas oportunidades que os demais grupos raciais.
Essa é a outra faceta do legado da escravidão: a discriminação racial contra o negro brasileiro. Uma discriminação que tem mil-caras porque ninguém a assume de frente. Ela vem sempre dissimulada. Os próprios negros ou mestiços, que são discriminados, não gostam de enfrentá-la. É como uma via de duas mãos: em um sentido temos o branco discriminando o negro, as vezes até sem perceber e, em outro sentido temos o próprio negro com a discriminação dentro de si mesmo. É a primeira mão que provoca o equívoco da segunda. O que acaba acontecendo é que, muitas vezes o negro assume os estereótipos falsos lançados contra ele; tais como: incapacidade, falta de força de vontade ou ainda de que ele não é bonito; e vai por aí a fora. A verdade é que há pessoas capazes e incapazes; feias e bonitas em todas as raças. E, se prestarmos bem a atenção, vamos perceber que o conceito de beleza varia de pessoa para pessoa. Da mesma forma, aquelas pessoas que são consideradas incapazes, são, na maioria das vezes capazes de executar diversas tarefas que não conseguimos fazer. No fundo, essas afirmações são desculpas para quem quer discriminar. Depois do 13 de maio de 1888, a, até então, população escrava foi entregue a sua própria sorte. Isso significa que não foram dadas aos negros as mesmas oportunidades no trabalho, na educação, na política e nos demais setores.
Pelo contrário, diversos artifícios foram colocados no caminho do negro para que ele não pudesse prosperar como os demais grupos étnicos, como os italianos, árabes, espanhóis, japoneses e alemães. É bom observar que todos esses grupos vieram para cá nos últimos cem anos, ao passo que os negros já estavam por aqui há quase meio milênio.

Fonte: São Paulo - Secretaria da Educação
Grupo de Trabalho para assuntos Afro-brasileiros
SALVE 13 DE MAIO?
Hélio Santos
Professor PUCCamp e Pesquisador GEIN-USP

VISTA A MINHA PELE

Vista a minha pele
Você conseguiria?
Seja negro só por um dia
Seja preto pelo menos por mim
Somando todas as minhas cores assim

Vista a minha pele
Assuma a minha cor
Seja você quem for
Capture radicalmente a minha dor
Bem lá dentro de mim
E procure me compreender melhor assim

Vista a minha pele
Eu sou igualzinho a você
Ser humano, porque
Corpo, mente, banzo, coração
Então questione racismo e discriminação

Vista a minha pele
Sou vermelho por dentro
E negro sempre cem por cento
Afrobrasilis, afrodescendente
Muito além de para sempre
Inteiramente ser humano e sobretudo gente

Vista a minha pele
Vista-se epidermicamente de mim
E procure me entender como seu igual assim
Seu irmão da humana cósmica raça
E sinta tudo o que dentro de mim se passa


Silas Corrêa Leite - São Paulo
Revista Viração - Ano III Nº 22


CARTILHA DE SEGURANÇA PARA INTERNET



A Cartilha de Segurança para Internet é um documento com recomendações e dicas sobre como o usuário de Internet deve se comportar para aumentar a sua segurança e se proteger de possíveis ameaças. O documento apresenta o significado de diversos termos e conceitos utilizados na Internet, aborda os riscos de uso desta tecnologia e fornece uma série de dicas e cuidados a serem tomados pelos usuários para se protegerem destas ameaças.

A produção desta Cartilha foi feita pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), que é um dos serviços prestados para a comunidade Internet do Brasil pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Nós esperamos que esta Cartilha possa auxiliá-lo não só a compreender as ameaças do ambiente Internet, mas também a usufruir dos benefícios de forma consciente e a manter a segurança de seus dados, computadores e dispositivos móveis. Gostaríamos ainda de ressaltar que é muito importante ficar sempre atento ao usar a Internet, pois somente aliando medidas técnicas a boas práticas é possível atingir um nível de segurança que permita o pleno uso deste ambiente.

Boa leitura!
Clique no link abaixo para fazer o download da cartilha e escolha o formato do arquivo (PDF ou ePub):




Professores, compartilhem com seus alunos a leitura e reflexão desta poesia (em todas as faixas etárias):

Oração da Criança
de Bárbara Carvalho



Senhor! Fazei que toda criança,                                     Fazei, também eu vos peço,
quer seja loira ou pretinha,                                            que sejam todas iguais...
da cidade ou lá do morro,                                              Vós sabeis que é muito fácil,
amarela ou moreninha...                                               pois todas querem somente
                                                                                     ser criança... nada mais.
Quer seja das avenidas
         dos sítios                                                             Senhor! Jamais, permitas
         seja onde for...                                                    que haja uma só criança triste,
                                                                                    sem afeto, sem carinho,
Tenha pão, tenha brinquedo,                                        porque de toda tristeza
tenha agasalho e saúde                                                 é esta a maior que existe...
tenha carinho e amor.
                                                                                    Jamais consintais, Senhor,
Senhor! Fazei também que a criança                         que nenhuma só criança
não conheça nenhum mal,                                           sob o imenso céu azul,
que todas sejam felizes,                                              desconheça da Escola
que todas Papai Noel                                                  a luz, a vida, a alegria,
visite pelo Natal...                                                       quer seja dos céus ou
                                                                                   do Cruzeiro do Sul.

                                                                                   Fazei, Senhor, que as crianças
                                                                                   de mãos dadas, cantem todas
                                                                                   a "Cirandinha Fraternal"
                                                                                   da Confiança e da Paz!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário sobre a postagem.