terça-feira, 14 de agosto de 2018

VACINAR CONTRA A IRRACIONALIDADE



O leitor que algum dia recebeu um diagnóstico que o deixou preocupado deve ter levado o médico a sério. Esperamos que um profissional como um médico saiba o que está dizendo. Afinal, o que está em jogo é só a nossa vida.

Quem viaja de avião também quer ter paz de espírito de saber que ali, na cabine, vai conduzindo a aeronave um piloto experiente, com muitas horas de voo, que domine a arte / técnica de pilotar

De um advogado espera-se habilidade na operação da lei, talento argumentativo, queremos alguém muito bem capacitado em nossa causa

Já se deve ter visto o padrão aqui, em áreas em que somos leigos, e tendo necessidade de sermos orientados em questões próprias dessas áreas, queremos gente com o máximo de capacidade possível. Gente de cujos conhecimentos específicos possamos depender, nos quais podemos confiar

É só de deixar espantado – na verdade, furioso -, então essa disposição franca, aberta e desinibida de duvidar da eficácia das vacinas, testadas, seguras e eficientes, além de qualquer dúvida razoável , contra doenças de que achávamos já estar livres. Veja-se o caso recente do sarampo. Quem dera fosse este o único caso, e só com ele  já estaríamos muito mal arranjados. Vimos uma polêmica, uma militância engajada e barulhenta que se nega a imunizar os filhos sob a alegação de que a vacina teria relação causal com a manifestação de autismo. Os defensores dessa ideia se sentem completamente à vontade para discutir com especialistas que se valem de ciência de ponta para desenvolver a vacina, segundo protocolos e com tecnologias de ponta

Sinal dos nossos tempos? O avanço da internet trouxe a falsa ilusão de sabedoria, de que toda a informação do mundo está ao alcance de alguns toques (está) e que torna todos capacitados a debater com gente experiente, dedicada a pesquisas e especializações ( não torna ). 

Temos terraplanistas, que exigem ser levados a sério. Há os criacionistas, que questionam a teoria da Evolução a sério. Quem nega a evolução mas se beneficia dos avanços da Medicina e da Biologia incorre em uma grossa contradição, para dizer o menos. 

A racionalidade não nos torna melhores que os animais não racionais, só nos diferencia. Quem dera houvesse uma vacina contra tanta irracionalidade que empesteia o ar que todos respiramos. 

Fonte   -  Jornal   Destak   - SEU  DESTAK    -  pág  6 
2.8.2018    -   VINÍCIUS  ALBUQUERQUE     - EDITOR  CHEFE



CAUSAS  E  EFEITOS  DA  POLIOMIELITE

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa altamente transmissível, mais conhecida por “paralisia infantil” ou “pólio”, que infecta crianças e adultos e pode causar paralisia muscular. O agente etiológico responsável pela doença é um vírus, chamado Poliovírus, que apresenta três sorotipos I,II,III e um período de incubação de sete a 12 dias, porém, pode variar entre três dias. O homem é o único hospedeiro, sendo assim, é uma doença erradicável por meio de excelentes coberturas vacinais, saneamento básico e água de qualidade.

Fatores  de  risco 

- Sem dúvida, a falta de saneamento básico é um fator de risco, não apenas para poliomielite, mas também para várias outras doenças de transmissão pela água e alimentos contaminados. Assim, água não tratada, alimentos mal lavados, além de fezes e secreções (espirro, tosse, saliva, etc.) são situações de risco. Por ser uma doença contagiosa, as pessoas que contraíram o vírus devem permanecer afetadas durante a enfermidade .

- Apesar de a doença ser muito conhecida por causar paralisia, estima-se que só  1% dos infectados desenvolvem a forma paralítica da doença. A grande maioria dos casos é assintomática ou exibe, apenas sinais e sintomas leves, como febre, coriza, náuseas, dor de cabeça e garganta, que podem ser confundidos com outras doenças virais comuns , como gripe e resfriados.

Prevenção 

- O vírus se encontra em fezes contaminadas, então, a transmissão está associada às condições de saneamento básico e higiene. É importante ter cuidados básicos como lavar as mãos e alimentos.

- A vacinação contra a pólio é a forma mais eficaz, segura e barata de evitar a doença.

Fonte   -  Jornal   -       METRO    - pág   2  -  FOCO 
Rio de Janeiro, 01/08/2018   -   SAÚDE  EM  PAUTA   

EDIMILSON  MIGOWSKI   - Professor  de  Medicina  e  presidente  do  Instituto 
Vital  Brasil  , Dr Edimilson Migowski escreve  às  quartas-feiras 

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