terça-feira, 14 de agosto de 2018

EDITORIAL



Vamos nos aventurar a fazer, o que entendemos, como uma oportuna reflexão, sobre a atual situação do país, onde se pretende acabar com a corrupção, mas somos obrigados a aceitar a existência de políticos e uma elite de burocratas, nos três poderes da República, com o recebimento de muitas regalias e auxílios (moradia, paletó, plano de saúde vitalício, cartões corporativos, carros com motorista e combustível, férias de três meses, e por aí vai…), numa infindável lista de privilégios, que dilapidam nosso combalido erário, criando castas que exorbitam e ultrapassam em muito os tetos salariais permitidos. Ora, se pela Constituição, todos são iguais perante a Lei, como se conseguiu criar essa elite de exceção, de primeira classe, que quase tudo pode, e relegar o povo o condição de mero pagador de impostos, e a quem é negado quaisquer dessas vantagens. Só a conivência e a pressão de pessoas poderosas, com poder decisórios nos escalões superiores dos poderes da República, podem explicar a existência e a manutenção dessas anomalias. Lógico que para a tranquilidade dos beneficiados receberam o respaldo de uma legislação criada, para sua legal, mas imoral, validação. Mas, tal fato, não justifica a manutenção dessas odiosas distorções . É preciso urgente corrigi-las, combatendo o conluio das classes políticas, sempre prontas para legislar em seu próprio interesse. Isso é uma vergonha. Acorda Brasil! Um povo que não reivindica e que não reclama pelos seus direitos, vai sempre pagar a conta. Sem as correções dessas distorções estaremos fadados à permanecer como um dos países mais desiguais do mundo. Fruto, talvez, de nossa origem colonial e , até hoje não resolvido , quando existia a nobreza e os outros. Agora existe uma democracia deturpada, que segrega seu povo, a quem cabe o ônus da manutenção da classe política e de uma elite burocrática, que está encastelada no poder e tudo comanda, sem se perceber, ou fingir não entender, que fazer política, numa democracia, é um compromisso assumido com os eleitores, de se atuar para promover sempre, e apenas, o bem estar coletivo. E nada mais. Até quando teremos de aturar isso, sem nos rebelarmos e exigirmos uma verdadeira democracia, onde as oportunidades existam para todos, e os direitos e deveres também sejam para todos. No Brasil, enquanto não forem resolvidas essas diferenças, seremos todos, infelizmente, cidadãos de terceiro mundo. Até a próxima ! 

Fonte  -   INFORMATIVO  MENSAL  SATI  NOTÍCIAS   ( impresso ) 
Junho de 2018      -     Ano  XIV    - ( circulação dirigida gratuita )
Sérgio  Canedo 

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