terça-feira, 17 de julho de 2018

JAVALIS SELVAGENS deixam a caverna



Ekkapol o técnico e ex-monge que manteve a 'galera' calma. 

Ekkapol Chantaong, 25 anos, treinador do time de futebol Moo Pa ( Javalis  Selvagens), foi o último do grupo a deixar a caverna ontem . Exausto e debilitado porque deu aos garotos sua parte de comida e água enquanto eles não eram encontrados, estava feliz pelos pupilos. Lá dentro, ele os ensinou a meditar e a conservar o máximo de energia possível até serem resgatados ontem. 

Segundo o jornal “The Washington Post“, Ekkapol ficou órfão aos dez anos e decidiu estudar para ser monge. Mas deixou o mosteiro para cuidar de sua avó doente no norte da Tailândia, onde dividiu seu tempo trabalhando como ajudante no templo de um mosteiro e treinando o então recém-criado time Moo Pa.

Ekkapol mantinha os meninos em um rígido cronograma de treinos, segundo os professores de Educação Física da escola onde treinavam. Isso incluía pedalar pelos morros ao redor de Mae Sai. No último dia 23 de junho, Ekkapol e os meninos desceram das bicicletas e entraram na caverna Tham Luang. Veio a chuva e ficaram todos presos. 

Fonte    -  Jornal  METRO      pág 08   MUNDO 
Rio de Janeiro , quarta-feira , 11 de julho de 2018 



COMO  O  FUTEBOL UNE  OU  SEPARA

Enquanto estamos vivendo dias da Copa Da Rússia, onde os olhos estão voltados para a competição de que seleção se sagrará a vencedora do torneio mais esperado no universo do futebol, vamos vendo acontecimentos que são respingos do esporte na nossa sociedade. No último domingo, pouco antes da partida entre Santa Cruza e Remo, pela série C do Campeonato Brasileiro, no estádio do Arruda, no centro do Recife, torcedores entraram em confronto a cerca de dois quilômetros de onde aconteceria o jogo, levando terror aos moradores da região. Três pessoas ficaram feridas – um deles com traumatismo craniano. 

A questão mais grave é que segundo investigação policial, tratava-se de um confronto esperado. Seria uma represália de um grupo de torcedores em função a outro ataque ocorrido anteriormente à torcida rival, em Belém (PA). Ainda que tivessem proibido a entrada da torcida paraense ao estádio, não conseguiram impedir o embate nas ruas. Ainda de acordo com a polícia, o problema é a coligação das torcidas organizadas, que tem provocado atos de violência e vandalismo em várias praças no país.

Pois bem , nesta terça-feira comemoramos o desfecho de um drama que durava 18 dias. Em uma caverna da Tailândia, 12 crianças e seu técnico unidos pelo futebol  - ficaram presos após o local ter sido inundado . Após três dias de uma delicada operação que envolveu profissionais e orações de todo mundo são cerca mil pessoas, entre tailandeses e estrangeiros, boa parte voluntariamente, os jovens corajosos dos Javalis Selvagens se saíram bem da operação. As comemorações pelo resgate serão marcadas no entanto, pela tristeza pela perda de um ex-mergulhador da Marinha tailandesa que morreu na sexta-feira durante uma missão de reabastecimento dentro da caverna. Sei que a proposta da coligação das torcidas organizadas, em teoria, é positiva. Mas se na prática isso não está ocorrendo , tem que coibir mais crimes desa natureza. Esportes devem ser exemplo para coisas boas. Tenho certeza que o caso da Tailândia foi bem sucedido, sobretudo, porque os Javalis Selvagens eram um time. E toda “torcida “ que estava unida por eles vestiu a camisa só. Se esse resgate foi feito na Tailândia, com tantas dificuldades e em meio a tantas adversidades, há muitos outros a serem feitos por aqui. E um deles é o da segurança. Há muito a ser feito. 

Fonte  - Jornal   -    DESTAK       pág     MEU  DESTAK 
11. 7 .2018                 RENATA  BATISTA   ( Editora do  DESTAK  Recife ) 

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