Ah , quem me leva aos harpãos
eu sou muito frágil
eu assovio sim eu assovio coisas muito antigas
serpentes , coisas cavernosas
Eu outro vento paz - aí
e contra meu focinho instável e fresco
pousa contra minha face erodida
tua fria face de rir desfeito ,
vento oh eu o ouvirei ainda
negro negro desde o fundo
do céu imemorável .
Um pouco menos forte que hoje
mas forte demais todavia
e este louco urro de cães e de cavalos
que ele empurra a perseguir - nos sempre quilombolas
mas por minha vez no ar
eu soltarei um grito e tão violento
que borrifar o céu inteiro
e por meus galhos espedaçados
e pelo grito insolente de minha fronte e ferida e solene
eu ordenarei às ilhas existirem .
Fonte Jornal TROHIN - “ Corps perdu “ ( 1950 ) , Cadastre , Oeuvres
Data - Junho / Julho 2006 - Aimé Césaire - Tradução : Maria de Lourdes Teodoro
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